O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

94- O ENSlNO são monume ntos, hi::;toricos que, so– bre dila tarem nitidamente o pro – gresso d e uma e poca , fazem resa l– tar ao vivo essa ancic.1 de synthese que persegue a pobre intelligencia do homem. A primeira t entativa de classifi– cação pertence a Aristoteles. A base do systhema , o criterio classificador, o sa bia g rego , um dos luminares da civilijação hellena, tal– vez demasiado apegado ás suas the– orias finalistas. pôl-a no fim a qu e se d estinam as sciencias. Desde modo tripartiu-as em Sci– en.c ias Po eticas, Sciencias Praticas, t' Sciencias Espeot.latiz,as. ~~-~ A primeira classe foi subdividida em tres outras-a R ethoríca a Po– etica propriamente dita e -a 1 Dia.le– cii1.:a.. A segunda classe abarcava --a 1\1oraL , a Economia e a PoLitica. Compunham a terceira classe-a J1ttaphysica, a Physica e a Jvlathc– matica. ' Em que peze ao pou·co·profundo ao superfícia! de um tal systhern / ell e m~rca ~m p~sso agigantado na evoluça~ ·sc1ent1f1ca e deixa perce– ber um fin o e apurado espirita a·e s– co l. CREPORV FRANCO F~ANQUEZ,A DE .VELHO 'l'odos sab9m que não tenho mais as pirações no magisterio; cheguei ao termo da jornada, com uma soffrivel bé1gagem de a marguras e desillusões, possuindo-me. entretanto ~ grande ale– gria intima de ter cumpndo sempre o meu dever. E que não levem a ma i este vituperio: ,iamais Rolicitei se_não aquillo mesmo que era meu, c011qms!ado ])elo meu esforço , pelos meus serviços. Per– doem-me falar deste modo, franqueza de velho . Tenho por vezes lu c~~do m~s sempre na d efeza de meus leg1t1mos di– reitos, adquiridos em quai;;i 38 ~nnos J e porfiado labor. Ora, sendo as 1m, n3:d~ aspira ndo mais, ninguem se p_ersuad1ra que venho appl aud in~o -a ª?ça,o do _sr. Pa,ulo Maranhão, na <lirecton a do ensm_o primario, vizanclo attrahtr benevolenc1- ' s de suà parte. S. '. andr1, excellente– ment. Meu receio é que se afo<l.igue, porque as hdras nrto lhe J vem sobra,t para lar- gos r pousos. . Professor e jornalista, o tempo e de -facto preciosissimõ •parn. este homem. Praza a o. céus que não Cd.nse e mai s tarde contemplará desvanecido a sun. obra, que, pelo que tenho observado, gira dentro destes dous polos : disciplina e trabalho. Ah! a disciplina! Mantn nn. escola a alegria fecu11d 1.L do la bor, sem exageros de a uctorida rle , sem gritos, sem espa lhafato, emfim. Acabar com mil pretextos para 1.L perturbação rlo estudo, sem que desper– te no alumno resentimento algum e sem que o estimul e a mal querer-se com o l~vros, pretextos vulgares, assás conhe– cidos e dos quaes o mais commum, o ~nais sediço é aquelle da licença parê.l, 1.r /,í f or11 ou beber a.r;ua. • • • Para que esta beleça em bases bem firmes o habito de sa disoiplina, reco r– reu o sr. Maranhão avisadamente a mais rigorosa fisca li sação. Vi sita.•os gru})Os, as escolas·, todo. os estabeleciment.os .em horas incertas, sem appa1,atos, que– rendo apenas· vér o que se passa sem a preoccupa.ção ·de ser vi tu. , 1\gora - prepâra-se • para es tendei'- -o

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