O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
• 92 O ENSINO a hostia do Santo Ideal, a1·voremos o lim– pido ,pendão do nosso sacerdocio que ~ a !.,risa do Brasil beija e balança» e, convictos da victoria, batalhemos a ful g urante bata– lha do Dever. Não nor. arrefeça o animo nos luminosos prelios da Illustração. Il– histreino-nos. Proclamemos nna ·voce, á in– dependencia da Patria, a independencia moral da- classe, pelo trabalho e p elo es– tudo. Reunamo-nos assim, em convívios intel– Iec tuaes · como este, varias vezt~s, muitas vezes; tl_'oquemos idéas pelo livro, pelosjor– naes e pelo pensame•o - forrnemo uma . ó familia. ·Ahi está ás vossas luzes, á nossa dedi– cação, paginas abertas a todas as conscien– cias,a revista de pedagogia e literaturn--0 ENsiNo. Elia não pertence a um grupo,a um determinad9 grupo de pessôas, não, rnil ve– zes nã<i, nem faz obra de selecção e exclu– s·ivismo: é essencialment e do professorad o, ~eult.o r a Ha. na vida das n a ções, como 1m elos indi\·iduos, um culto s ingelo e s incero, que concretisa todas as g lori as e l'bune todos os louvores di gno · e que nüo fe– nece n em diminue rl e inten s idade-é o culto á, Yirtude. Valor a lgum apresen hw I os precon– ·e itos humanos, a propria in te lligencia fadada a s urtos g igantescos brilhan– tPs, não fulgirá ma is bella e mais radio– sa, s i n ão fôr circumdada com a s luze dos bons sentimentos; i a qu ell e qu e a possue não tiver no coração a bondade. Eis uns dos r efl exos da vi.rtnde - do – rn ina r e captiva r. Domina as a lma!i da– <iuelles que, tra nsvia dos, seguiam o ca,mi– nbo dos vícios, perturbando a paz da consci encia eu. paz das fam ilia ; capti– "ª a todos os sêres indis tinctamente. Qua.ntos não s e t êm sentido aco rrentados á magia da virtude, vi,·ido dn · suas bian– el irias miraculosas ! Sim, a ~,irtnde eleva o lar, dignifi ~ ca. e engrandece a sociedade. Os cida– dã.os que a cultuam tornarn -Re 1, a \'ida pugna pelos direitos, pelos interesses· da· classe; dentro dos radiosos circulas da jus– tiça e da lei, e move guerra bemdita á pra- ga do analpbabetismo. . .· Não .nos retraiamos, estreitemus sem– pre os já existentes laços -de união e con– co rdia. Eu não acredito, meus presados collegas, na desbannonia que, dizem, tra– balh'i a classe, e não é filba da sã razão. Não acredito, jurei-o. Si factos esporadicos por– ventu1·a subsistem (eu não sei de nen– hum!), busquemos á causa n.a lrnma11idade, da quai fazem parte todas as classes, e não cousideremol-os apanagio de uma só. E como não acredito, é que o trais obscuro dentre vós, meus collegas, appella pan os entimentos de cordialidarl e perennes nos vossos corações, com o objectivo de tor– narmos a classe dos professores primarios cada vez mais intellectualmente fo rte e so– bretudo moralmente unida . . publica e 11n particular verdadeiros es– pelhos da mocidade, ta.bemaculos santos, onde se albergam as mais risonhas .,spe– ranças. Home11s e famili as, sociedades e pa– trias constituem- e porlero os. vivendo <las deli cias dessa luz! Cultuemos a virtude, cu ltuemol-a,! Elia ~adi ca fuudamente a idéas de sa– crifi cio no cumprimento do Dever, qu <' as nações reservam para brilho da His– tori a os nome,; do seus filhos glorios,),;, como martvi·es e como heróes. Aureo la dos simples, corôa dos CO· rajosos e denodados, arma scintillante dos pobres, a virtude, pelo seu t ulto. for– tifica as consciencias, tornando-asstLS e criteriosas. Nada na vida ha que se lhe compa– re em poder. A riqueza esborcia }Í sua grandeza. Culto á. virtude, 11ois, seja o lernm:L da nossa d-da ! GASPAR INO S ILV A
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