O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
96 O ENSINO alier~s em dados de madeira, para, pe l~ inodo recteativo, serem aquelle,; symbol0s ' conhecidos. Não é novo este procf', o, e o se u f' ni– prcgo dá cxca llen tes fructo . Prese ntemente temos sob nos a direcção um es tudante do curso complementar, cujo profes or, na idade em que o inicio!! no es tudo, após innume ras te ntativas , afim de vence r os obices apresen t:1 dos pelo alumno, e ncontrnu '111) unico recurso para. f'n sinal-o: e_ ·crever aa letras do àphabeto em carto– li_nas , e ,.e n tre tendo- se em momentos es pe– ·1aes rom o men ino, em pouco tempo, com surpresa sua vi-o conh ecend o todos os si– g uaes o-rapbicos. Existe tambem um me lhode cm "º"ª· Os s·eus ·seg-uidores ·expõem-n o, ma i:; 0 ou me nos, ni;sirn : Deve-se interessar a cri anc;:, ua leitura pr,r me io de pequenas historia ; i so feito, transmi tte- se-lhe a idéa de que tudo tem um nome; e par ticul arment ás Ietrns, para o fir1;1 em quest;10, chamam-se figuras. Dispostos os alumnos em turma, traça-se uo quadro preto um a; quando tod c,a sou– be rf'm - no e tive rem attP.n tado bcnt 11a fór– ma ,1 L letra, escreve-se urna palavra que conu~nha aquelle sig-nal -ata. por exempl o; pc~de- se aos a lumnos que inrliquem o a. J~m &eguida passa-se an o e conseguin te– mente ao i,, e, i, g raphando- os de v11 ri:;– clos tamanhos e entremeando-se os exer– cícios el e numerosas palavras em que entrem e~sas letras, j á ap resentadas pelo pro fessor, j ,~ proferidas pelos men iuos. Habi li tados no estudo das vogao , são. os e colares conduzidos ao da consonn tes, co– meçando-se pelas letras r, j, etc., rese rvan– do-se. o q para o final, notada a ci rcun tan– cia de vir semprn acompanhado do u. Referen temente BO som nasal, advertir- 1,e- á quaes os elementos pe!·to da vog-aes ífUe concon-em para formal-ü. D e pois desses ensaios é qtie se entreg-n, ,i, c ri ança o l.º li vro . Assignalam ns partidario <leste metlwdo :i necessidade que li a de se1"e 111 n notações lcx:icas e as syutacticns entC'uclida~ pelos nlumnos. Fazemos simpl s expns içilo ! A esê:rip ta el eve acompanlwr n le itura. Nilo no sent,id0 absoluto, dando-se á, crian– ça logo no prinwiro dia dr auln, •ane tn , 1111p1;1l e ponna; porem de modo rnciona l, npó a su11o convi vencia de ulp:u11s dias na ,lllla, have ndo já pre~tado reiativa atte nçi'\o á fórma da letras. A razf10 de repararmo~ em aln•uu s liv ros letras de imprnusa e letras m~nuscripta lado a lado, demou stra que,' além de ada– ptar- se a criança ao co nhec imento de am– bos os caracteres, o ensino da leitura é si– nn~l taneo com o da escripta.. Parece rá, a li– ge!ro golp~ de olh ar, que o disc ípulo ap– prende ma is depressa a ler de que a escre– ve r; nflo e inquiete o mestre com e sa 1~in_udencias,-sào' factos apparentes: _um d~a mesperadameut~ JJerceberií clle que o me• 111110 reproduz os s1g-uae a lpliabeticos com firmeza e regularidade. Desen,o lvendo-se a memoria au?iti va, a visual e a motora , ap– prende a cn ança a ler e a escn·ver ao mes – mo tempo. Nos trabalh os escriptos I\ methoclo a e rn– prehender é : habilitar o a lumno 1i fe itu– ra dos elementos constituiti,·os elas letras, o . crevendo-se no caderno, principio da linha, um de cada vez, aiim de que a criança o imi te; seguidamente passar á formai;~w das letras simples e após estas, i1 fo rmação dns compo~tas. E tes exercícios podem er lan ~:aclo tam– bem no quadro preto para o alumncs em classes traçarem-nos uos respectivos cader– uos. Guardar depois a mesm::i ordem obser– vad a no ensino da leitura, priau- iramente as letras voo-ae~, g rupos de v,1gaes e im– mediatamente, consoantes juntn á ,·ogaes; palavras faceis de coi as ci,ncrcta e de prom– pta acquisiçi)o pelas int ellige ncia iufan tis, e, assim por diante, numa ascendencia pro– porcional á idade e á aptidf1oJ escolar. Os caracteres serão escriptos no tamanho com– mum-cursivo , e niw no do bastarrl inho. O meth ocl o ji é posto cm pratica pelo profe.'– sor Manoel João .Alve , habil lente cio cal– lig raph ia da Escola Normal. Nunca exigir, nunca impôr, nã o faze r do alumno um sêr inteiramente passivo, acatar– lhe a vontade que brux:ole ia, ori enta ndo– lhe o caminho . . . E' abido o conceito pedagogico: deve– mos descer até ás crianças e não almej11r que ellas subam até nós. O seu cérebro es– tá em elaboração-é como IL tenra planta necessitada do cuidado do j ardineiro, e que não póde dar 03 fructos proprios da estação e reservados ás arvores desenvolvidas. Um grande facto 1· no ensino é a repeti– ção; repitamos sempre que for possível, re– cordemos as lioções explicadas, obrigl\11 do
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