O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
O .E~SINO 8H ~~--~·............ ~ ·- ,,.-..,,,- ~-..-.... -~~~ fi cou numa das casas de in s.trucç.i.o publica de Belem, ha pour.os dias. Uma prova de qJ1e a iniciativa particu– lar póde coad.iuvar os pensamentos ~o Go– verno: o bello mov imento de sympathia de doi s clubssporti vos, e da Exma. Sr.• D. Laurfl. Neno de Andrade e do sr. Luiz Martin, au– xiliando ;is Ca ixas Escolares de quatro Gru– pos Ja capital. E' o primeiro impul o, outros :;e clarfLO, meritorios e fcliz~s todos, si im– portam na conjuncç[LO de zalos pelo mais 1rn– jante neto de benrrneren cia publica. 111onotona e archaica, mas · a sole traç:1o - syllabaçiw isto é, dizer as syllabas e, quan – do se 1wtar qualque r obstaculo no cmt ' JJ– d i111cnto da crian ça, pronunciar a letra!:' re– un idas á quell es elementos. Dentre os problemas do ensino, aquell e que mai offerece difficnldades, tendo sido causa de rpiniõe~ as mais desencontra.das e div ersas é, cm duvid$1 , o da leitura. Exi – µ;e tempo e pacieucia e, quando sacrific/\– mos a hora e aquelle precioso sentimen to, em de proveito do alumno, então mn is nver– ·fto tomamos ao ens ino da leitura, indispo– mo-nos comnosco e, mais tarde com a pro– fi ssão que abraçamos. Um methodo, no entanto, se nos ctfig·tu·11 de immed iato alcance e d e racl icaes bene– ficias no apprend izado do alumno, j á n a pr onuncia, j á na fac ilidade da l~iturn cor– r ente : t' o de iniciar o en ino pelas . letra vo g nes minusculas , excepturu1do o y; conh e– cidas estas, combi11~as pa ra fo rmarem g ru– pos vocalicos e, depo is do coll egial e · t::ir bem instruído nesses sig naes, leval- o ào es– tudo das consoantes junto a vo'g aes, r e · – pe ita.ndo a ordem em qu e serão uti lis,1cla. . O tempo é um grande collaborador na evolu<;ho do s sêres. Objecto algum poderá crescer e desenvc,lver- se repent:namente. O ,oi, nado, não illuminn de chofre a 11.mplidão do mundo; o rio, vclumoso, extcn – . n, em gr.ml nasce de um fi lete dagua e, após annos de curso, é que se estendi! ter– ra n dentro, banhando e f'ertilisando o olo. No ensino, qual no rio , tudo obedece a um çurso natural, espontaneo e physio– psycholog·ico. ada de pressas! Como começar a leitura'? Eis umn pcr– g-unta. que sae dos nossos 1:i.bios. Ha mu itos meios de principi ai-a; pen a– mos ne. e ponto que, como na phra. e cli nica ·- n[LO ha doença e sim doe nt,es-dc C<"ual 111odo, 1111 campo pedagogico ntto existembme– thodos, ha alumnos, ou, noutros termos, h a methodo, e este é o profe •sor. Ao lad~ da ~edngog ia actualmente anda a pedolog ,a (sc1e11cia expe rimental da crian– <;a ) a re olver:-lhe o a sumpto · : medi O e proíess~ r se aJU tam a ,_nbns para a jornada Ptn apo io da escol a; ponsrn tc•mo · de atten– rler na p11 ericia ás índoles, meio, idade. cres– ~ im~~ to, constitui ção, alimentaçào ,_1ic~.(1.0 da. fmntlia, quonto ao de. envolvimento intell e– ctual ; p~·incipalmente o ca racter merc e .as no ·sa - v1 sUJ.s e, desta man eira , have rá n~ dif– ferentes 1~etlrndos um meio de ronc iliaçi"tn e adaptac;ao. .:\}~uns professpres opinam não se devrr a b~n.donar, pa.ra . certos meninos. a nletra– ~it '), .urto a sf)IPtrn.çã,1 prpprinm<>nt~ dit n, s l icçôes ensinadas no quadro p reto . me– lh ores resul tados pr oduzem, ou então 110!:' quadros par ietaes. As ma iusculas rese rva,m - se parn o fim . . Ha um livro calcado n esse se ntido, cujas edi ções uccessivas por todo o Brasil, ev i~ denciam a excell eucin. do processo. R' o livro Cartilh l\ Nacional, do profess or B ila– r io Ribeiro, que determina um g rn..udr. passo para o methodo aualytico. Adoptam•no mui– ta s d,:is nossas escolas, e magnifi cas fw a~ vantagens obtidas. Repillam() dos lares e das aula s es·e fo lhetos rotulados com o n ome de Cartn de . B. C., que sati , foz em unicame.nte (1 g anancia. mercantil e assassinam iis. mni ~ elementares noções pedagog icns. Preoccupando- nos co111 os methodos, de– veriarno nós, professo res, preoccuparino- 11os do me mo mndo com a crian~,a: e ll a ex ige toda a attençnn , tod•> o dcsvn ln, consoante o ·eu es t;;.do 11a sciencia. e na v ida. Dahi a ra zão, qn em sa be ·~ de os d– goristas dizerem que todos os n, etbodo sâ0 bons: a cada indo le um me io de acção. Não esqu ec: a.mo a crinu<;a, sim ; n ão es– r1ueçamol-a, urg·e interes ai-a no .es tnclo, des perta r-! he o g osto, a ,·un tade , que silo o age nte dircctos do ensino, nsperialrn e11- tc o interesse. Vario peda g og istas n ,t"ommendam os jo– µ;os como elementos de uxito na educn.<;f10 , poi. estimu lam a écle de div ersos sentidos, predi pondo-os melhor111e11te aos meios ex– t rn os. Ha jo 0 ·os motorC's jflg-os intcllP i:tu:1 :-1, jogo a.ffcctivos e jog-os artisti.cos etc. • o~ivem não olvidarmos o ç•s tudo .1•rH111t– rator1fl dns letras, '}ue ~Prá mioi -trado a.os meninos d11s 5 a.nnos, ate\ Rete .ou niÚl, lJm meio p1:11tico a seguir ê .n das · letra . ~ ~e>11
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