O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
E tado nunca pode rã o tornar füo nn·rnda– vel , como é u til, a simples snrte elo pro– fe ssor pr,mari_o. Nunca a sociedade poderá pag ar os se rvi ços que rece be do protessor primario, que por ell a trabalha exclusiv1t– mente . Na sua po. içiw, o profes or não póde gran gear r iquezas, e a g loria. que póde a lcan ça r, con5Ístir:í sómen te no cumprimento de imas diffi ce i obri gações. De tinado a vei· passar a vida num tra ba lh o monotuno, a soffrt r alg umas vezes a injustiça, ou a in°-r:1tidão _da ig nora~ia , o professor se e11tnstecen1t, ou talvez succnmbiria, se nfw buscasse a co ragem e a fé numa reg ião div ersa do interesse immediato e puramente pessoal. E ' prec iso que um sentimento pro– fund o dit im portancia morn l do seus tra– balhos o a nime e fortaleça, e que o austero prnzer de te r servido os homens, e co ntri – buído para o bem publi co, sej a o dig no sa– la rio que lh e dá a conscien cia > O livr o, --eis um dos elemento impor– tantes 110 ensi no ; não é, pore rn , o unico como a mu itos e~piri tos pódc parecer. lfral– men te, convem dm· ao livro o n tl or effi ci– ente que ell e me rece, destina r-lh e na e - cola o papel a que de fac to tem direito, nun ca, ent1'etanto, Cllll ocal-o a tal ponto de preferr.ncia, com prPjuizo de outros meios efficaze~ e de valor r eal e positivo. Auxi- 1 iar directo do p rofessor, a es te cumpre, no. differentes exerc icios a pplicados, :impliar a · noções e os parngrnphos, red u zir.substitu ir e ta ou aquell a outra l hrase, em sacrifi car a obra do C'Onjuncto e a clare:rn ela icléa; comp tc>, tnrubem trnduzir o pensamento com palitvras su as, ve, tindo os a umptos estudados com vocabulos simpl es, demons– trando á cri an ça a maneira de como e quando utili sal-o. · ' Entregar um compen dio ao menin o. ,i pr i– meira vi~tn, sem o devido pre paro, é diffi– cultar a marcha regular da apprenclizagem e commetter mo ser viço exhau tivo e en– fadonho . C:·ime de l csa - educaçilo - da r- e ao estudante (como se ni ,) algurna cou a productiva , e alcitn ças e), um opuscu lo de grammatica, el e nrithmetica, de geoo-raphi a do li istor ia, para cl e-.,orar Ab olutamen– te a esco la moderna Yarreu do eu recinto e . te proce o rotineiro, bem como o pre– ceptor, pam honra do seu nome, cuida eli– minar cio abençoado templo da scola as • apostillas, os pontos organisado , que nada sfw senão verdadeiras torturas dos cérebros infa.nti . E' voz corrente, acce ite entre os que e entregam ú espinhosa tarefa el e educa r, esta asserção -os alnmnos apprendem da bocca do professor. A sim é, e as im deve ser-: terá o mes tre todo o tempo disposto /\O e~– tudo, o seu trnbalho não será inutilmente cluplicad? e os meninos não terão repul a pelo ens11,o, mesmo porque o profes or não se a)o11gará nas ex pli caçõe , dá-l ha pro– porcionalmente, desclobràndo- as em tanta licçôes quantas fôrem precisas a umil. bôa comprebensão. Sómente quando o menino estivér já ha– bituado á famil iaridade com as palavras, co– nhecendo-l hes a sig·nifi cação, in -cripto no quarto anno do cur o elementar ou no com– IJlementa r, poderá tflr os compendios con– cern entes ás diversas di cipl in as do curso JJrimario; todavia não lhe ma rca rá o docen– te o estudo pelos mesmos, dirig irá unica– mente o estudante ás pcsquizas, àe mod o a ori ental-o nas consultas. Por c te meio habili ta-se a cri ança nes– sas classes a uma dupla gymnasti ca-a de exercita r-se po r si e a de auxiliar do mes tre. Sabe apprender, porque sabe tuclar. L f, o livro, con ulta o livro, ma nho decorn o li vro! Comprebende-o; e é o bastante . Quantas vezes em aula e5tudio os alu– mnos não no- surprebendem com explanações claras e precisa , e capando á rai a~ do pro– g rn.mma '? '. l\[uitas. Se ndo o li vro de cap ital importa11 cin., 110 man u eio por professo re e alumn os das classes adiantada s, enca recida, aqui, e t:L a creaçíi.o das bibliothecas escolare . Dotados todos os e tabelecimen tos com esses requi– sitos, nórmas salutares se in screvem nos tor– neios in tellectuae . Da consulta pelos mes– tre , deri va ria a cons ulta JJelos discípulo , e jubilo amente observarí amos na esphe_ra edu– cativa novos mold e ob francos estimulo_. Para posse dessa in tituiç1to, muito faria & iniciativa particular- appellemos pa ra ell a, ap pellando parn nós proprios_. • • ~iw devemo e perar sómente das prov1de nc10.s do Governo, ó necessaric, que cor!·amos ao enc,intro da ua id éas e que, ate me mo, tenhamos as nos as, ju tas e criteri o ,ts. E es a elas bibliothecas, a bôa vontad e es tá indi cando que é mai obra no sa, profe - sores, que gesto partido dos podere publico . Exemplo do que affi rmamos j á se veri-
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