O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
86 O ENSINO nbeiro, Conego Rocha, e aque lle astro que r es plandece ainda - Beze rra de Albuquer– que, cujo nome porque n ã o ful g·i1· 11:t fron– taria de um dos estabelecimentos de ensino prinrario, uo 3. 0 g rupo escolar, pnr cxem– }Jlo? Temo;; j á homenageado me recidmnente medicos, bach a reis, engenhei ros, mi litares, acerdotes, que s:c hão illu!-trado e destacado, fundando e scolas; no momento homenagee– mos a memoria do professor, max imé cio que soube alçar- se, alçando outrns. Occasii10 asada temos neste in!ante para cultuar o merito, e S. Exc. o S r. Dr. Gove rn ador do Estado col h e 1·ia mais um padrã o de glorias para o seu benemerito Governo si, abraçan– do esta a piração do professorado, r ~feren– dasse o appe ll o formulado. O PROFESSOH. E A E COLA Subindo pl:'ln. segunda vez as e ,;~adarias do Palacio g ove rnamenta l, para superin– tende r os de tinos do futuro so E stmlo ,lo Pará, S. Exc. o Sr. Dr. Lauro Sodré , as suas p rimeiras paLl.vra re.fe rentl:'s á In hucçâo Publica, de lineando um plano supm·ior, cn– thu;:; iasmaram uma bôa pn.rcell n. do magis– t~rio local. O d irector e os professore do estabelecime nto h omonyno ele S. Exc. pro- . metteram-se, mãos dadas, tudo faze r sob a perspectiva de que a t8.refa não sendo de um, caberia a todos, e somente 3ô in1 com– pensada seriam as fadig·as postas u acti– v ida de dn. Grnude Causa. O movim nto a rdoroso, i::ymptomatico de nova e ne rg ias, que se notn. agora n < vasta seara do En ino , despertou no co rpo docente do Instituto L auro Sod1·é, a cuja fr~nte e e ncontra o no. so di stinct(\ mestre dr. An– toni o l\farçal, o desejo de sahir .."t obscuri– dade, mio com o intuito de sente n c- iar opi– nioe e firmar conceitos, mas uni camente com o proposito de inte ressar- se 11 :1s mo– mentosas questões da ius trucção, animados que es tamos de nos pôr ao corre nte das 1110- dernas leis de e ns inar e apprender. J á vae lon ge o tempo e ni que a, idéas, c io as tal vez cios Jogares que a ,geravam, ficavam adstrietas ao e treito ambito do um gabin et~, ou moniam e nquadradas nas paredes de um cérebro. . . Hoje, 11ão; t.urlo q u e tem por t'eic;ã.o eluci dar e 'ngran1lecer, e capa do limite ele ,un pen ame nto pes- soai, fére outros ouvidos, outras mentes, e torna- s~, pelo principio inillndivel do prn– gTcsso, 1de11s tambem, collaboradas por ou– tros individuos, auxiliadas por outros no– mes. E' a lei de solidariedade que se mani– festa nas cousas e nos homens, em Deus e no Universo. E,tamos ~1a époc:1 de uma renascença. Renasce o vigor nacional e, qual um largo oc_cano de luz e de d~slumbramen to, pelo seio _passnm a_s Conquistas cio Direito, da Justiça, da_ L1b~rdade ele um povo, que se levanta m~10r amd~ para os maiores pleitos. Ü" g-~·and10sos pleitos da educação patria! que l', nos tempos actua.es , a inaudita de– fesa a fo7:er. i,; o Brasil seri grande, ser;i, colosso, na.o a.penas tenitorialmente falan– rlo, pc,rem moralmente, si acenar aos qua– tro pontos_cardea~s da Terra o pavilhão au– p;usto da mstrncçao! afim de que á sombra dclle possam ~e abrigar, como indicc de sua cultura; os 1U1lhões ele brasileiros que vi– vem sem escolas. E desta fórma teremos rendido, viva homenagem aos nossos pri– mevos, aquell es homens que se empenharam (começo da n~ssa histr,i·ia e do _nosso povo) a favor do ensmo ; t~remos rendido o preito do nosso reconhec1mento. Saudemol-os, a elles todos, centraliza\los no grande vulto desse typo varon il, desse santo apostolo da Catechése-Anchieta ,-por ter sido o pri– meiro que cuidara da educação na Ten1L de Santa Cru:,;, abrindo escolas e compondo li vros. :Niio sei , quiçá, de missào mais nobre, de sac-erdocio mais alevantado, cujo bem se não póde antover e julgar, porque não ha ex– tremos para analyse, do que a do profe sor consciente dos seus dP.veres. Comparamol-o a es·es arn 1 jados Bandeirantes que deixa.111 o l,1r, saude e confortos e atiram-se, cora– ção iutimo da matta, em busca das esme– rftldas e cio ouro! 'l\tmbem o faz o profes– sor, abandoua o lar e, seduzido pelas ma– ravilhas do Estudo, sacode-se pelo interior do uosso terri torin; penetrnndo a floresta negra d!t ignorancia, mais arri cada ai nda, vae com a sua palavra, que são cou elhos, desbravando as selvas da in telligencia in– cultas. Não o encanta a mag·ia seductorn do dinheiro, como seduzir poderia, meus se– nhores, si o prcíes·or annos e annos é o mesmo homem , sem ambições, sem preoc– cupações de outra especie, a niw ser aquelln
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