O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
82 O ENSINO ta res, de conselhos que formem o seu coração, de ensinamentos que tra– cem normas afim de que o seu ca– racter seja predisposto ás acções que dignificam. Eduquemos os pequeninos seres . que amanhã poderão ser uteis a si, á sociedade, á Patria e á familia. « A educação, diz um professor da universidade de Messina , é abso– lutamente necessaitia tanto para as– segurar a extensão material e moral do individuo como o seu progresso in tell ectual , moral e social. E' a familia quem desempenha a funcção educativa com a disciplina, com o exemplo , cvm o ensino. A disciplina P. o exemplo vêm p ara aperfe içoar a alma da criança, para desenvolver as tenctencias al– truísticas, para reprimir as egoístas, pa r a tornai-a apta á vida social. Quando falo em disciplina refiro– me á palavra d iscip lina , que hoj e s ig·1 ifica apenas methodo de traba– lho; 1::;to é, um conjuncto de regras a observar com o fim uni co de fa– ci litar a aprendizagem da criança. Tratando da educação das crian– ças, ass im se manifesta Emerson: - 0 infante no r egaço da mãi repre– senta a prosperidade; o que ell a ha de vir a ser, depende assencialmente do ensino e da ed ucação que r ecebeu do seu primeiro e ma is influente educad or. » Corroborando estes conce itos diz Oowley: -- As id éas incutidas em tal idade são como as semen tes es– palhadas no sólo ; fi cam depositadas nelle por a lg um tempo. germinam. depois crescem, desenvo lvem-se ma– nifestando-s n nos actos pensamentos e costumes." E' portanto a familia. rep ito, quem mais deve cuidar da ed ucação das ~:riancinhas . Sou levado a assim me pronun– ciar porque - « A primeira forma que a educação reves te na historia da humanidade, na opinião do prof. J. Cesca, é a familia a qual tem co– mo sua tarefa peculiar e essencial a criação, os cuidados e a educação dos filhos; e essa tarefa pode ella desempenhai-a com maior felicidade e efficacia , porque só oor meio cio arnôr reciproco cios pais e dos filhos se pode obt9r a acção educativa, continua e directa , vigilante e cu i– dadosa, attenta e desinteressada. O amôr tempera a autoridad e cios pa\s e _predi spõe os filhos para a obed1enma, para o respeito e para a ~onfiança._A famili_a _educa po1· me10 do ensino e da d1 ·c1plina, ma s a su&. acção melhor e mais efficaz resulta do contacto pessoal continuo entre pais e filhos e do exemplo vivo das virtudes que elles offerecem a es tes . » Eduquemos as criancinhas. Façamos que em seu coração predomine os sentimentos nobres e puros; que a sua alma seja generosa e bôa, que em ~eu peito a virtud e tenha um altar. que seu caracter se– ja portador de acções nobilitantes e a ltrni stidas . Eduquemos as criancinhas. « A educação é um conj uncto d~ acções que se exercem sobre um individuo para apressar a melhorar o seu conhecimento organico e psy– ch ico e [ ara o tol'llar mais apto a viver no ambiente phys ico em qu se encontra, e. na sociedade de que faz parte. .,. Diante das opiniões sensa ta s cios mes tres que fazer? Educar . Educar para assim ter– mos uma perfeita e verdadeira ins– trucção , amoldada nos principio que fortificam, desenvolvem e alar– gam as facuidades intellectuaes , tornando o cerebro da criancinha um manancial de conhecimentos que o farão um aproveitavel e di gno cidadão. Eduquemos, pois, as criancinhas. FIGUEIREDO SOUZA
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