O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
78 O EN SINO ~~~~~ CAIXAS ESCOLÀR.ES Um dos capitulos d e oiro do actu– al Regul amento d~ensino primario do Estado é , incontestavelmeme, o VIII, que i'nstitúe as '(C,aixas Es– colares». Creadas estas para fun ccionarem a nnexas aos Grupos. alevantado e a ltruístico é o fim a que se desti– n am: «fomentar a Instrucção , por meio da assistencia aos alumnos po– bres, festas esco lares e acquisição de premios com que r ecompensar os mai s assiduos ~ estudiosos ».. in guem ignora que, na sua qua– s i tota li dade, a in computavel popu– lação escolar, qu fr equenta os nos– so"' Grupos, é cons titu íd a d e crian- as pobres. \. lg umas, muitas cente.– n as d es tas, menos ainda aquinhoa– das da fortun a, são comnellidas, á mingua absoluta d e r ecurso , a com– parecer ás aul as sómente de chin elos, da ndo , invaria ve lmen te , dua fa l– tas por seman a, afim de se r lavado o uni co fato ou vestido qw~ possu 111. Ma l nutriii as e sem a necessaria hygiene d e domi cilio é tão cornmum cahirem enfe rmas, ás vezes de mo • Jes tias g r av es, e ficar em dias lon – gos e ang ustio sos, e, não raro , mezes successivos, ahi para um canto do lar modes tíssimo que habitam, onde es– casseia o p ão e onct e não entra, pela mão salv adora do medico, o antidoto providencia l da ciencia 1 que restitúe a saúde, a v id a. Por outro lado, numa situação de apertura g era l, em que a crise monetaria avassall a a todos os r u– mos da actiYidade, na quadra quiçá a mais melindrosa que o Par:í tem atravessado , é natural não possa o governo attender ás necessidades todas da Instrucção, na sua parte .referente ao fornecimento gratuito de livros, papel, tinta , pennas e mui– tos outros materiaes escolares, in: disj)ensaveis ao ensino. Exactamente ao encontro deste acervo complexo de difficuldades conjugadas em torno da educação popular, vêm as «Caixas Escolares1,, inspiração feliz das mãos hab fl i que , em bôa hora, el::tboraram o nosso Regulamento do ensino , em vigor. Apenas incorporadas aos Gru,– J?OS, _se:ã_? essas «Caixas,, gen uin aR mst1tuiçoes de caridade, organiza– das e mantidas pela ennobrecedo– ra acção particular, em beneficio da grandiosa e meritoria obra da in – strucção do povo , que a todos eo-uai– mente intere. sa, por isso que della depend e o amanhã naciona l. eu re ursos grangeados, parco. que sejam, in es timavel auxilio prestarão aos esforços officiaes, na dignifica – dora campanha da luz , em que to– dos estamos empenhados e ,por cu– jo insuccesso seriamos todo. ros- ponsaveis. , Como nós, pensa , indubitavel– mente, a sociedade paraense. que jamais recusára o seu apoio e a sua proverbial philantrupia ás causas dignas e justas. Que suas vista , pois, se volvam, num gesto nobre de protecção e de affecto, ás <fCa ixas Escolar es;,. Peveiva de «astvo
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0