O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
72 O ENSINO escuso, po is que nos res tam todas as possi– bilid ade de conseguir o que pretendermos hon e t,imente, mas a de íe a contra nós mes– mos, con tra n nossa inercia, contra n nos– sa di persãr., con tra o no so el e cuido , no adi amen to pregui çoso ou desat.tento das nos– sas aspirações lit.:itas e naturaes. E só pela instrucção poderemos alcança-las todas, ins– trucção imprescindí ve l a um povo li n ·e, que deve começar por g·ove rn ar-se a si propri o. Comprehende- se que velhos pa izes aristo– cratico poss_am confiar ílj obernno ou á sua nobreza a missão cio governo, não se conce– bem democracias sem in strucção popular, com qu e se escolh em e fi scali zam os dirigen– tes, que de fin em e norteiam os rumos da hi storia. \ defrza nacional que el e vemo · preparar, nos protegerá no mu ndo mau que a i11da ha– bi t,mo , em •1ue as pni xões el e g-an h o e de posse andam soltas e cond uzr.m á ~ervidão P i morte o povos inerme , nos educará para a pos e de nó mesmos, den tro el e nós e para a ~ituaçào de respeito e de a preço na sociedade intern:i.cional, <'clucação que d irit ao Brasil cs a palavra que a inda an– cioso- esperamos, sobre o no so destino– para onde vamos, aonde devemos chegar .. . o mu nd o ba Jogar pa ra todos. orno nas 11 ossas ma ttas,as arvores g rande de- ~ - ~ vem permi ttir ás peque11 as que- á sua som– brn subsistam, sem peri go ; ellas são g ran– des exactamen te porque a. con tiguidade, na, emulação, cm buscn. da lu z, as fez cresce– r em e as tornou _rnbusta s P, firmes, para sup– portarem, sob a mtcmperi e, a infinita rama – r ia de sua coma. Se no fu turo , pelas forças na tl~rae_s da Listori n., esse amplo dominio terntonal corresponder 11. um povo immen– so e di gno delle- e só 11. educaçfLO nos fani e nos proverá neste des tino- se como nos promettem os versos propheticos d1J Patri– archa : Qual a palmeira que domina ufan a Os al tos topos da f101·esta es pessa, 'l'al bem presto h a de er no mundo novo O Brasil bRm fad ado . . . que sej am estas palmas a corôa pacifi ca el e uma civilisação, ampla, g-en~rosa, fe liz, que não faz sombra, ma tambem não tem in– vej a a nin g uem, que no céu olli a com se– renidade e confiança, fi xa e fo rtes n o chito da realidade as raízes innnmer:weis da de– dicn.çftll e elo sac rifí cio dos B ra il e iro , sem– p re vig ilantes e sempre dec ididos a tudo, para a de fesa nac ional ! Afr an io Peixoto N" O I\1.1:.A.G-I S 'T' E:: Ft.I C> (Esboço- .\. .\. . P. ) E s te é los mais antigos phalang iarios el a nobre cru zada do en. in o, no Pará . Na ampulbr ta d'oiro de sua vid a el e apostolo mais el e setenta jan eira s têm escoado, Cabeça q uasi por inteira nevada ; physionomia a uster a, in spiradora de confi an~a; olhar penetrante e pe·r scrutador, conservando ainda esse b rilho vi vo que viera da mo– cidad e e r esiste á velhice ; bigode pouco espe. so; estatura commum, m as aprumada; gesto d is tincto; palavra facil e correcta; passo fi r me e compassado; trajando, invari a– velmente, a côr propr ia das solemnidarles,- 6 o typo respeitavel do c<;l u aelor de merito e do jorn ali sta criter ioso. Sua polyforme e solida .cultura, alli aela á r r ofi cien te e vas ta prati ca el e longos an– nos ele magiste ri o, lhe tem g ran geado o ap reço e a es tima , qu e frúe 110 eio de quan– tos o conh ecem e lh e ad miram tambcm os r ar os attributos de cor a~ão, que parecem r efl exo s naturacs de seu e pirito illuminacl o. Apezar de inacliuo, pelo acto j us to de sua r ecente jubilação. se encon tr a, prese n– temente, em fra nca acti vid ade, no desempenho de J10nrosa commi ssão, cujo exito vem o governo ele confiar ás s uas luzes e ao s u devo tamento á causa da ·Jnstrucção. De Angelis ========-=--=--=---=-=-=--======::::::=========--=-==-=-=-==-===-=-=-==-=-==-=========
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