O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
70 O ENSINO isso tudo, sem educação, - ao conta cto das patentes su periores, r emissas ou j á r es ig na– das, qu e tra nRformavam o se r vi<;,o da patria na burocracia mais pacata e mais sem fa di ga. da adrnin istraçã.o publica. Ni10, isto qu e ex fr– t ia, e que e ra incapnz de n os defende r, des– morali zava n ão só a instituir,:à o mili tar, como infundi a o mais indev ido despre zo pelas classes :.. rmadas. A cam a ma io r do mal é o volun ta r íado; o meio de o e vitar cabalmen te é o ser viço mili t.'tr obri g·atorio , no qua l todos os bra– sil eiros, dos mais bumil!es a os ma is fe li zes, do mais mod es tos aos ma is ca pa zes, procu– r an do pa g a r a sua pri me ira di vid a á Patria que os cri ou e que os educou , com o de fen– dê-la, reg ene rem - para tod as as g ran des respon sabi li da des qu e lh e cabem- 0 orgmn e senc ial dessa defe sa, qu e é n exe rc ito na– cional. Quando S3 fala em de fesa nacion al a p ri meira ide ia qu e aco de a o le vian o , imbuí– dos de umas pb ilosophi as fn<:e is com qu e pe– dan teiam con hec imen tos p rofo ndiss imos . . . é que isso no;· con du zi rá, fatalmen te, aonde n ã o que r emos, que é a g u e rra . (E n tre o insta nte cm que e crevi e ta I'ª lavras P. es·e em que vo-las dig o occo rreu a confi rmaçiio del1 a , com o desmentido do prnloqu io po– pula r: ainda quando u m nã 0 quer , dois che– gam a bri g ar. A inda aos pacífi cos pode a g-u e rra serimpo ta . .. ) Di zem ell e que e. te e pi rito militar despe rta do, a c;u laclo, p repa• rado , erá presa faC'i l ela ten tação, el e aven– turas, e a amb ição do man do, de promoção, de conqu i ta, fará o r sto. Preparamo s in– con. eientemen te a g u e rra e a aggrc ão, cu idand o a pe nas em serv ir á dP fesa nac i(ln nl. O r ac iocín io podo ter a lg um a lcan ce: entre– tanto o op1•0 to , o qu e ell es quernm, (, p r– sitivame11 te a bsurd o. E' como se d i ses emo· : 11 fLO p re paremos o remedio a n ti-oph idico porqu e vamos con e r var o venono á cobra;; l icen ciemos o corpo de bomhein s po rqufl a irn aca ba mo com os incend io , sã.o a dvo– g-11.dos, juízes, policia, penite ncia rias que p e rpe tuam o crime . . . Pois hem, no cl1 a– mado pac ifi mo es tã o inclu ídos todos es es ab,;ur<lo$. O se rmos pacifi cns de índo le , de costumes, de in te resses, de id eaes 11à o nos imped irá - como nas dtias veze em que fomos e que somos obri g-ados a fa :;,:e r a g'ue r– ra-de se rmos a tacados e ag-g redid o e -ai de nó ! :e nã.o es tive rmos em condi– ções de nos rl ef nder. ão f'n i a G rec in di – l igP.ntc, s ub1,il, a rtísti ca, pb il osophica qu~ atacou os i\ledas; a g ora mesmo, gafada dP, socialismo, syndicalismo, lmmani talis1'no in– tenrncionalismo, nem !JOr isso se protegeu ,t F rança, e esteve prestes a succumbir contra ambições que não suscitou. No mundo con– te mporaneo es· e pacifi smo é a cr iação, a educaç[10 , a prepara ção JJara ser cordeiro quando ha lobo soltos por abi além. ão ha doutrina ma is myope de in telligencia, se tem por acaso bôa fé : tambem antes desta guerra os oociali stas allemàes exhibiam os mais ternos sentimentos in ternacionaes. Fie– s~ lá a gente em tae~ lyricas decla rn– çoes . .. Por coircquencia, pre paremos a defesa uacwnal, parn uos defendermo , se a even– tualidade se produzir - será mesmo a melhor maneira de a ev itar-:--sem entre tanto esque– cer ele nos premuni rmos ~ontra o espíri to de a\"entura e de couqmsta que exi stiu sempre no mund o, que a inda ha de existir, porque o numero dos estultos foi e é infi– n ito. Deve ser mesmo a Pducaçã. o, que n os prepara para a lucta possível, que nos evi– tará sermos os provocadores dell a. Por isso, para impedir _tal damno, cum– pre qne se mu de peclagog-1carncnte e velho n perigo o Pndereço el a «écln caçtw nacional». E ll e é el e F ichte e tem mais de um secul o, naquell as exhortações pat!·ioticas a Allerna– nha, para se libertar , se reco nstitu ir e. fi – nalmente, se impor ao mun do. Sabemos ~omu o conselh o foi tomado: sob accl ama ções em 64 , <'m 66, em 70, que rendiam b osana · aos mes tres classa «edu cação 11ac ionah; na decepçào dn bote perdido, das riqueza, malbaratada , das g·ente sacri ficada do futuro comprome ttido, agora em 1918, o que deve ser t11rnb m a ttribuiclo aos mo~– mos auctores da «educação nacional» . \ rnzíie do erro fun damental dessn cducaçilo i10 ' ntre tanto evidentes e ell e <i insen-ato _e a Lü ri~i culr,. Cada povo põe- , a fr~z<' t', a porfi a, rn vocando o patriotismo, aqmll o me mo que condemnaria f.l u m do– . cu· nacionnes, se o fiz e se a si propri o: é o unicn nobre, o uni co dig no, o unico ca– paz, mandado por Dous para reger o mun – do ... Se ouv i ·semos i to de um homem, diriamo que ell e e ra louco : en inamos Ho entretan to nas escolas, nas e colas e urnpéas, amcri cn.n n. , asia ticas, nfw n. um, mas rt todos os po vos. E' o µriu cipio da «educação na– cional »- o delírio dti g:randezas, a paranoia collec-ti vn, cul tivada n as esco las . •. E i to -essa fina fl ôr da cultura ped:i • ;:i;og-ica- i'· o ah urdo mais antigo e mni primitivo da humanidade barbara ou lh
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0