O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

• O ENSINO justiças-elevava ás r egiões ser enas e alcandoradas, onde a .nature za canta eternamente o h ymno da liber– dade, a prnce do captivo ch eia d e dôres e soffrimentos a que o misero s uccumbi a com o « t inir d e ferros e estala r de açoute, ' nas see nas phan – tasticas e profundame nte dolorosas do Navio Negreiro-.poema de tortu– r as e maguas-que o se n timento n a – cional transformou nessa epopéa d e 13 demaio d e 1888. Com Cas tro Ah·es. Joaquim . a– huco e José do Pa trocínio , inteme– ratos demolidores ela escr a varia, o fecundo autor das <. Cartas de Ingla– terra, » com a s ua p enna mag istra l de advog ado d e todas as caus~s justas, constroe o Pa n.th eon em cu1a cryp ta dorme o om11 0 e terno d~ mo:· to-Gloria, d a morte - Resurre1- ção - o inolvida vel Visconde do Rio Branco. Derrubada a rnon archia sem o minimo protesto do seus defenso– res, prova flagr an te de uma in~ra– t idão sem 11 ome, R uy Barbosa 1~n · põe-se ao governo que su_rgia , dando todo o auxilio d a sua mtel– ligencia e do seu vas to abe r a · essa nova ordem d e cousas, q ue uma revolução feliz implantára ás con– sciencias bestificad aR pelo successo que vinham de o bter as f~rças ar– madas do paiz. ca nçaclas , diz-se, de soffrimentos . O que foi esse pe ri odo da orga- n isação republi cana , tlil-o bem alto a rapida transfo rma ·ão q ue exp e– rimentou a nação, dei:;on ,·olvendo-se e progr ed indo , ainda que , algumas vezes, abalos e commor,ões internas tenham perturbado a marcha regu– l ar do sou evoluir. A intervenção d e Ruy Ba rbosa, em todos os a<1tos da nossa vidu republicana, é clara, manifosta, re– saltando seq1pre o alevantado do seu espirito liberal nessas conquis– tas democraticas em q ue a liberd a– de, o d ireito e a justiça são a sua raz ão de sei'. Difficil é acompanhar os r emi– g ios d ::i. aguia brasileira ; ell a se eleva no espaço e pe rde-se na immensi– dade. As etavas do seu per egrinar são a Conferencia de Haya, a Con– venção de 20 de agosto de 1910, a celebre lic0ão de Direito Intern acio– nal, em Buenos Ayres . com que 0 emin ente patri<1io esmagou a Al– lemanha barbara e prophetisou a , ictori a do Direito sobre a F orça , indica ndo a posi ção do Br asil n a Lio·a das Nai;ões, com o predorni- b nio dos Alliados na nova d irecção do mundo , primando ::;obre todas as cousas a força do direito , nu e vo– lução da humanidade para o Des– conhecido, que a doslum bra. O E ' SINO, atomo dease g rnnde corpo q ue é a Imprensa BL"asileira, obedecendo á lei da nttracção uni– ver sal, dirige-se, no conjuncto har– monico das extraord in arias mani– festações dos intellectuaes, para 0 astro quo o attraho e o arrasta no seu movimento. Ruy Bar bosa é o Brasil iu telle- ctual ! 13 cio agosto ele 1918. Dr. Anfi,mno M~r~~i

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