O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
58 O EN8 lf\l) pelo valor dos metaes se aquilata a rique1/.a do sub-sólo,-tambem p elas co nce pçõe se ded uzem as qualidade do esp irito qne a,; an ima e do raciocínio que as illumina. O producto é que 1;evela o productor. Este, antes daq uelle, quando se u i'to t.orna incom– prehensivel, é a penas um zéro : - póde ser o pon t'l de partida d e t,ldo um nrnudr,, mas tainbem póde permanecer esteril , nullo, ab- ~o lu tnme nte zéro. • Ora,<• prncesso psyc holo g- ico que no po– d e faze r conhecer a solidez do ospirir.o e a ,;anidade do raciocin io é a a ualyse das res– pecti vas concepções ext.:: riorizada ·. Essa ana– lyse só se eflectiva completame nte com e auxi li o dos seguintes instrumentos: - a lo– !J ita ~ a dialectica, para os pensamentos e as ici ras; a 1·hew1·icn e a esthetica, para ai. irnua;ens. A c1·itica- scie n t itica ou liternria - não <li ,; peusa o_u não deve d ispt>nsar nenhum des– ,-0 , inst rume ntos : mas a grapholog ia só l"·c·ci a de um dell es - a estbetica, para a na– ly~i-i.r o caso especia l da imaginação. li: . que a imag inação re ve la a sua exi. - tcnc ia nas li nhas do g- ra pbismo. tw é pre– ei ·o le r-se o texto manuscri pto para sedes– i:.obri r a ri ca ou pobre imag inação da quem o f• creveu : - basta vêr- e o modo por que forn1n traçadas a letras, i to é, aualy ar- e as suas fórmas simples, se bria·· ou compli– e,-das. A iiuag inayão póde S!'r portanto: ri ) pobre, 1, ) l"ica ou 1·) excessiva. E' pobre quando o graphismo urw tem l1 a r mon ia e a letra é, em geral, mal feita e gros eira. São o característicos grap llolo– µ;ico s da 111 ·1 te rialidad e, da carcncia de cu l- 111 ra e da µouca actividade mental. P.' }'ica quando o gmpbismo, além de har- 111011ic o no conjuncto, é movi mentado, ele– µ.-a n te e fino. As maiu cuia , ou eflec tam a fürnia typóg-rnpliica, ou come~,11111 e te rwiu a111 por traços contrari os a todas as regras cali– g-rap lti cas. Certas letras. como ss, gg, ft r dcl, síta co nstituíd as por duas ctun1s in– ver as, - sig na l que revela a imagi11a<:i1 o !!'racinsn. · E' e.x:cessiva quando o graphismo é co111 - plicado, pretencio~o e floreado. Todas as- mai– usculas começam ou te rminam por vo luta desnecessarias, e mui tas vezes as respecti– vas l1 astcs 0 e contorcem ou enfu11 arn e u, diver os ponto:;, quando não sobem ou nfw descem a lém dos li mites perr11ittidos pela harmonia graphologica. O d ( miuusculo ), cui a haste e encarncola parn a esquerda , 1 o sig nal isolado da imag inaçi10 , e só ell e e sufficiente para revelar 11. sua intensidade, a qual está na razito directa da quantidad e e da amp li tude das cu:·vas es pirálicas . Se o g raphismo em que apparece flsse si- 1;ua.l <'~ feminino , <1stá- e ern prese nça de umu. forte propensiw para o ga rridismo. O exag·– ge ro dt- todos os sip:naes reve lado re~ da i111agim1çào excess iva indicn que ella dege- 11ero11 em grotesca e até em descqiiilib1·ad11. A imag·inaçào do, alienado rnvela- se g·m– phnlog icame nte pela ext!·avagancia do trn– çado em g·e ral e pela fo rma das letras e 111 particular. E' in confundível corno sig11al de desh armouia de desequi lí brio. Já deixamos bflm frisado que o pcw,a– meuto, a idéa e a imaginação nüo d pe11de111 da yon tade, po rque e~ es e lemento da ncti– vidade mental asseutam todos ·obre o e - pirito P. são mai s ou menos illumi nados pelas irradiações do racioci11io; mas, be o es pirito fô r bem cultivad/J, os effeitos dessa cultura l1 ii.o de rcflectir- e naturalmente cm todo, os seus productos. r Am é outro o esco po da i11stn1cção convenientemente combiuadacoin a educa<:,ào e fl experienc ia. 1\111s o certo ú q ufl nfto lm trabalho nem rnetLodo, nc111 tempo, que sejam capazes de faz er uma pedra tmnsformar-se numa Aôr ou 111111ir1, fl\'6 . Gosta. Sampaio 1 O ar, a lu z, a limpeza formam a base dt> toda h_ygiene. As salas d e aula deverão ser frequentemente art>jadas, para renovar o ar co nfinado , Ykiado pela respi1·ação. A luz é indispensavel áv ida: a plantas não brntam na esc uridão. Os e ·co lares pc– 'I uenos rebentos, teem muita necessidade da luz do dia. O sol é o melbo1· destruidor lios microbios: ·' Onde entra o sol não entra o medico", di1/. o proverbio. A:;sim as elas– . e:- devem receber muita luz.
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