O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

5li O ENS INO almejado o devido equilibrio da fun– cção organica, que é o que se de– nomina estado d e saúde. Tendo-se isto em consideração, necessita haver muita calma e muita lucidez d' espirito para melhor se examinar , r eflec.tir e determinar conscientemente o trabalho sempre– juizo·de ordem material ou de outra qualquer esp ecie. • O corpo, principalmente, have– rá todo o cuidado em não consen– til-o em posição desperfilad a que po~sa causar curvatura na espi– nha ou nas pernas e de modo a impedir os golpes de vista sobre o original e os caixotins, visando as lettras que for em levadas ao com- ' ponedor e o possível numero de pa– lavras a ser contido n a memoria, e de fórma a adquiril-os a mais van– tajosamente que possa ser. Serias cuidados deve merecer a caixa de composição. Francamente, ell a antepõe-se como um dos maiores abysmos á vida do compositor quando descurada de limpeza e a– vulte nos seus caixotins considera– vel quantid ade de pó. Assim consti– tuída, ella é realmente dos g r andes agentes da infecções pulmonares e outr as molestias de difficil tratamen– to q ue têm devastado um incontavel numero de operarios, e ta mbem g ran– de empecilho á devida marcha e cor– recção do serv iço, sobre tudo estan– do pessimamente distribuída ou or– ganizada. Ademais não se comprehenderá bygiene sem preceitos de moral. São fa<.:tores que resumem a mesma cou– sa, e por tal motivo desnecessario seria profligar, como )Jernicioso e contraproducente, os habitas ou ses– tros adquiri dos, entre os quaes os de Later repetidas vezes com o typo na borda do componedor, segurar o material entre os labios ou fazer, com os braços, cabeça, olhos e boc– ca, gestos grotescos, já compondo ou lendo o original. Varias praxes, embora um tanto rasteiras, existem como norma a obser var na confecção da composi– ção de cheio. Em meio dellas levantam-se duas grandes correntes de opiniões, as mais acceitaveis pela maior par– te dos compositores, como que solu– cionando a melhor fórma de espace– jamento, e a mais elegante. Proclamam alguns o espaço me– dio de 2 1/ 2 a 3 pontos para o typo corpo 6 a 8, e 31 / 2 a 4 pontos para o corpo 9 a 12, alargando ou dimi– nuindo-o um pouco quando o mes– mo typo fôr alongado ou compa– cto e são accordes em espacejar com 1 a 11 / 2 ponto os signaes: ponto e virgula, 2 pontos, pontos de admiração e interrogação, qua– dratim àe ri sca, parenthesis, etc, Outros, entretanto, preferem r e– gul ar o espaço media pela 3.ª parte de 1 m minusculo da lettra em com– posição, embora adaptando o mes– mo espaço dos signaes acima men– cionados e o alterem de igual ma– neira. Concorr em todos para dar a possivel uniformidade de claros mas differem no modo de o executar, apezar do resultado ser quasi o mesmo. A maior ia das pessoas, n;:; impos– sibilidade de uniformiz ai-o devida– mente, tanto do lado esquerdo co-· mo do direito da composição, esta– beleceu augmentar ou diminuil-o uma vez á direita e do mesmo mo– do á esquerda , mesmo tendo em vista a rAducção que em taes casos se deverá fazer noQ lagares onde existam ponto , ponto e virgula, dois pontos ou Iettras arredondadas aparentando claros superiores aos outros. No concernente aos claros das aberturas dos periodos, definitiva– mente só ha estatuido um quadra·– tim para as bitolas inferiores, fican– do as demais ao alvitre de occasião

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