O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
Ensino Prof·ssional Notas sobre a composição typographica A composição typographica, effe– ctuada em typo commum, de remo– tos tempos a esta data , é technica– mente conhecida pelos appelliclos: composição de texto e composição ele cheio. Apoiada na sua man eira um tan– to accessivel, é das partes a mais ele– mentar da arte, e ri gorosamente o seria se não fos se exigir regular somma de preparo intellectual mais que as demais partes da me&ma a rte. Pois,log icamente não seria bemcom– prehendida, uma vez executada de accordo com as negligencias ou defeitos de que são mesclados mui– tos originaes offerecidos K compo– sição ; alem de tudo affectancto alta– mente os creditas do compositor. Conscienciosas razões tambem n ão presumiriam ser da obrigação cio operaria as correcções do origi– nal, quando apenas contractado para o desempenho de sua profissão. Comtudo, não haveria moti Yos para excusas, sempre que subsista accordo ou razão acceitaveis para não ccnsiderar a composição pura– mente como um aggregaclo Je ty– pos, mas a maneira de fo nnar com os mesmos, trabalhos os mais pos– síveis correctos. E isso não fSe po– derá fazer, pelo menos se não hou– ver alguns conhecime1~tos das ·pri_n– cipaes no l'mas da escr1ptura patrrn. Deste ponto, divisa-se perfeita– mente o que deve ser o composit.01· e quaes os elementos a possui1' em relação á composição. Dahia neces– sidade delle se constituir :não so- I • mente em corpo mechanico como ainda um corpo intellec tualmente consciencioso . Visando este obj ectivo, j amais se deverá iniciar qualquer trabalho sem primeiramente submetter o seu origi– n al a um li geiro exame para annota– ção dos defeitos , já quanto á cons – trucção, ortographia, lapsos ou qualquer outra incorrecção. Aliás, serv iço es te que incide em grand9 vantagem, tanto na devida unifor– midade da composição, como na de– terminação dos t itu las e subtítulos, especialisando ,mais aind a o des– bravamento da má calligraphia; a segurança e perfeito conhecimentü do assumpto; maior r egul aridade e desen vol vimen to de acção, com me– nor sforço, quer physico ou intel– lectual. Posto que devidamente examina– do o orig inal, e collocado no r especti– vo divisorio, dar-se-á começo ao trn– balho. Antes, porém, faz-se mister um rapido ollu~r em torno da hygiene e da compostura moral por occa– siao de emprehendel-o. Todo o esfo rço ou acção indivi– dual, physico ou intellectual deYe equivaler a um a. relatividade' de or– ganismo . Descombinadas, estas for– ças _tendem em pouco tempo esfalfar, senao molestar os orgãos propulso– res e, portanto, inutilizar a idéa ar– chitectada . Do modo contrario har- . , . ' momsaaos mteJ!igentemente, todo estes apparelhos de actividade pro– duzem, alem da rnalização do fim ,
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