O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
,, 54- O E JSINO • i ll de J ull)o --------------- Fulgurante divisa essa da nobi– li ss ima campanha •da Bastilha! Ig italdade, li bm·dade, fraterni– dcule, - eis a formos a constellação, a cuja triplice luz radiante al voreceu a universal r edempção moral, soci– a l e politica das gentes; eis a concre– tizada sy nthese dos princípios mais solidas e das bases mais inderroca– veis da felicidade dos mundos!. Essa triumphadora refréga do d ireito de todos contra o absolutismo d'alguns, essa g loriosa lucta de 89 foi uma, aurora, a unica, taivez, que haja r a iado, ao mesmo tempo, para todo o cosmo. O r ei, esse falso deus, a cuja fim– bria da tunica sagr ada legiões de po– vos, de todas as nacionalidades. se debatiam apenas por tocar os labios humildes, tinha de rolar um dia, ao sopro devastador desse formidavel furacão, que é a ira popul ar em com– bustão, do a lcandorado throno divino até ao plano da ig ua ldade humana: o homem tinha de ser igual ao ho– mem, respeitado, embora, o princi– p io da auctoridade, indispensavel ao equilíbrio social e admi nistr ativ o das nações. Príncipes, ou simpl es cidadãos, todos teriam Jogar invio– lavel á grandiosa mesa eucharistica do Direito e da Justiça, todos com– mungariam as mesmas prerogativas em face da Lei. ão mais haveria senhores, nem serv os... A' ve lh a França, á heroica, á illuminada França, - centro maxi– mo da ci.vilização, séde principal do pensamento humano, - cabe toda a gloria dessa iniciativa de luz. Revolução Franceza ! - eis um dos maiores, dos mais vultuosos a- contecimentos, que a historia deste planeta r egista, enquadrado em duas pa lavras sómente! Deslum_bran t13 sol esse, que, raian– do no_s honsontes philosophicos, mõ– raes , rn_tellectuaes e políticos da gran– de patria ~e Ro~sseau, de Montesqui– eu, Voltaire e D1derot, despejou suas irradiações triumphaes pelos ambi– tos mais remotos do universo inteiro! •-X-•O Imprimindo mais accentuado re– alce aos actos commemorativos da tão aurea data, que se verificaram em Belem, realizou-se, no Campo Ex– perimenta l de Cultura, do Institu– to Lauro Sodré, ás primeiras horas do dia em que, ha quasi seculo e meio , fôram proclamados os direitos dos povos civilizados, a empo lgante e suggestiva Festa da Arvore. Pre– ced id a I elo sr. dr. governador do Estado , pelas principaes auctorida– des civis e militares e in computavel numero de coll egiaes e professores acorr eu a nossa élite social a assisti!'. a formvsa cerimonia campestre , cuj a impressão agradavel perdura ainda em nosso espírito. A ella esteve tambem presente o sr. dr. Camillo Soares, director ge– ral dos Corr eios da Republica, então de passagem por es ta capital, e que como a totalidade de quantos com– pareceram á Festa da Arvore, ter– minada esta, vis itou , em companhia do sr. dr. governador , o Instituto Lauro Sodré, tendo palavras de en– comio para o seu respectivo dire– c~or , dr. Antonio Marçal, pelo que vira e observara.
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