O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
52 O ENSINO e ia e ntre a multidão, cada vc:t mai s purifi cada e m a is b P. lla, aureolada do g ra nd e m ys tc rio da Re d e rnpção, radiosa · exce l sa, indicand o o rurn0 d'aquella estrella qu e, desappareccndo, d,! ixá ra nas almas o s i~nal edificanle <la v erda– de ira Luz .. : S eu s olho s, <le um azul carregado, qua l o dos c imos do Car– rnello, já não guarda.am n as pupillas m a n sas a cõr es emocionantes d a Lra– gedia do Golgolha; agora o c n lhu– s iasmo, o arrcubo do Infinito , o m.ys– terio da resurreição os illuminavam, e qual doi s astros fulg uraol<'s a rolar na orbitas qu e lh es serviam de firmam en– to, indicavam o caminho g lorioso e triumphante) o cm bl(rnrn dC'finitivo da v id a futura ... Filando-o, tinha a impressão de cnntempl ar o fiuo perfil do Ha Lb i, o l. rno e i ncomparavcl a m ante das cria n– <;ns, o dulçuroso vale• que llws estendia os Lraços, repelindo com in r.xcc divel bondade - « De ixae virem a mim as cr ianc inhas ». E senti a-m C' a rr •batada, sob a sen sação d e ouvir os so n s doces e ha rmoniosos de mus ica dol e nte . tang ida a l1~m, no infinito. E como t: ~ sonho, parec ia qu e uma nuvem s i! nle, baixava do cé.o e se transformava em um balé! subliii ss imo que, drs li ando mansamente pC' las ag ua s do TibC'riade ·, me levava_ a uma plaga longi11qua r– drsconh ec1da . O horizonte como que se tornava em crys tal fi niss imo, a tra. v_rs do qua l divi sava 11ma rPg ião fi o nda, rrsplandecente, cheia de deli cia - dr onde vinha um gozo in<lizivel, uma paz, umaso lennidade de co isas ct!estes.' Coh?rles aladas pa savarn alegres <' somd_e ntes! E 11 0 peilo pulsava-mr com Jorça o coração; ao longe jul g uei ver o rosto bello, o olhar mavi oso dr~ algucm q_u e j ft havia co ntr mpl arlo co rn embcvec1mr nto profundo r adoração infinita; alguem que me hav ia em– balado a alma á cadencia de idylli os mais uaves do que as cy tharas e as fl autas, mais so noras do qu e as lyras gemedora pulsada pelas mu sas cas – tas, de so nh adora melanco lia. .. . E numa apolheosc s urg ia o mesmo radiante vulto ... Era o proprio J es ú . o olh ar bond oso baixando para a hu– manidaJ e. Oh!vulto idr ral , oh'. iJéa l J e us, dá-m'o e levarás comtigo a mi– nh a a lma! ... Adelia liacevda ·····•·•· -····•··· - ···•··•~· .............................................. ___ «A limpeza da classe deriva da limpeza do alumno. O escolar deve tomar banhos frequentes, principalmente no verão; as mãos e o rosto devem ser de asseio irreprehensivel, assim como as orelhas; as unhas devem sei· corta– das ren tes. ão se deve nunca escarrar no chão, nem roei· as unhas, nem levará bocca os lapis e os cabos de canetas: a tuberculose é sobretudo contagiosa pela saliva e os escarros . Os escolares não devem troca r s uas roupas e chapeos, para evitar a transmissão das molestias do couro eabelludo, tão freq uentes em sua idade: as tenias, as empingens, os parasitas. Os meninos devem cortar os cabellos á escovinha para não alim entar na ca– belleit-a os germens dessas molestias. Os maus habitos contrahidos pela escrip ta e pela leitura engend ram o desvio da columna vertebral e a myopia. O alcooli smo muito com– mum nos estudantes produz mais tarde tristíssimas consequencias. O escolar não deve fumar para conservar intactas suas facu ldades intellectuaes , maximé a memoria. •
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