O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
fJ 2 O ENSINO O ENSINO reenceta a campa– nha do Bem: as batalhas que tem de pelejar são de extermínio do obs– curantismo e de destruição do mal de qualquer maneira que se mani- feste, procurando deixar reflectir no espelho da nossa consciencia a imagem sagrada da Patria integra e forte. Dr. Antonio Marçal 38C Embora generosos e benevolos pr1ra comigo, não deixaram de ser justos os que ligaram o meu nome humilde á casa de ensino e educa– ção aberta aos filhos do povo, o~ quaes para ella entram creanças e pobres. em sua mai or ia \·ictimas da des\·entura, que os orphanou, sem te ·10 e sem pão, e que de lá saem, le,npos depois, mora l e material– mente for tes. E' que em verdade sempre tive os meus olhos \·o lvidos, com cari– nho e com zelo, para o in stituto des– tinado a abr igar os que serão mais tarde opera ri os intelligcntcs, bebi– do que seja o ensino, que nclle se lh es mini tra. ~ o seio e.la sociedade moderna a tarcfn e.los que professam as artes e os officios exige delles a preparação inclispen~aYel, a cultura do esp írito, que só lhes perrnittirá ser os instru– mentos uteis e fecundos da obra de progresso,, cresc imento, que a hu– manidade atravessa agora. Mal andaríamos nós si, qua1~do cm derredor de nós, em todo o mundo policiado cada ,·cz mais se dignifica a missão do opcrario, que é u;11 foctor consciente da obra de civiJisação e de avanço, que vae conduzindo a humanidade a largos passos para o futuro, nos quedasse- I mos ine rtes e indifferen t es, como si os nossos o lhos não vissem o es– pectaculo, que nos offerece o mun– do culto, como si aos nossos ou- idos não c h egassem os c lamore~ dos que bradam 1 vezes e m grita, pedind0 luzes para o espirita com. as mesmas ~meias com que os famin– tos pedem pão para o corpo. · Tambe rn entre os milagres, que se estão operando cm nossa t e rra , lia el e figurar a somma gra:1de d e esfo rç os e c.lc sacrif'icio~ que se es– tão fazendo para que a instrucção dia a dia suba de nível e nós pos– samos em tempos, que não t ardem, saudar a aurorn, que nos alumie e que não tenha que deixar-nos ve– xados porque cm nosso meio vivem. homens analphabetos. Só en tão serão legítimos os nos– sos orgulhos de paracnses e de hra– silei ros. D'ahi, pela minha parte, o empenho com que curo de quanto se refere ao en'.;in e os meus sin– ceros applausos :10s que lidam por se aperfei'çoar a si, ,1pcrfc içoar.do os outros e se instru em, instruindo. Es– ses applau sos, be:n os merecem os que tiv~ram a idéa, tão para louv~u-, de pôr cm publico O E:-;s11w, cm que sairão estampados os fructos de seus estudos, as lições, que uns clarão como mestres e que outros aprcn-
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0