O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

O E SINO 49 ~~~~ lação, satisfeitas assim as reclama– ções de sua c.lirectora ». Como se deprenende das pala– vras do Chefe do Estado , procedem as allegações qu e fazemos, embora r econheçamos a sit uação premente com qu e óra luct a o thezouro para ve nce r a t antas difficuldades. Mas é de notar que o descaso se vt>m accen tu ando de annos pass :tdo~, a des pe ito dos re ite rados pedidos da distincta co llega que nos a nt ecedeu na direccão d0 es tabelec ime nt o. As– s im, ao ~ssumir as fun ccões do ca r– go, procure i, na medidá de rninbas fo rças, e com o proposito delibera– do de não aug·meotar os embaraços fi– nance iros re feridos, reali zar o que de urgecte era poss ivel , dando po r es– sa forma uma fe ição mais sympa – t hi ca e an imadora á installacão exi - te nte . Com tal intuito, nad a ma is v isv do que se r vi r conscientemen te aos inte resses da in strucção, em pról da qua l tudo se rá pouco e por cuj o dese nvolvimen to tenho já dispendi – d~ alg uma co usa de minha vida pu– bli ca e de meus desveJl os como mis– ~ionario _dess_e nobre sacerdocio que e o mag iste ri o . A lem disso, um~. casa de e ns in o dev_e ser an tes de !udo, u~11 Jogar de atti ahente conv1v10 espiritu a l no qu ~l re inem pe rmane ntemente; ale– g ri a, a saúde, a mocidade e o tri– umpho. . Foi assim_ pensand_o que me ap res– se i em subst1tu!f a tnst za qu e a en– yolvia pelo contentamento que h o– Je se nota, r e_nova ndo o aspecto pe– sado e sombrio que esmagava o ani – mo ?º vis itante, para em seu logar pa lpita rem a graça e o encan to das cousas so rridentes e sa tis fe itas . . Este deveria ser o meu prime iro cu idado e já o foi , embora incom– pleto, p elas razões atraz expostas . Seguidamente, tratamos da ma– tricula de alumnos e das aulas; ti– vemos em,ejo de verificar que h a paes qu e procuram burlar a acção do mestre, a llegando, em favo r do filh o, edade maior que aquellc1 que elle rea lmente t em, não com o pro– posito de vel-o cedo instruído, mas de livrar-se de suas di a bruras no la r. P or t al fórma , ha creanças, antes da edade escolar, frequentando escohi , con:i redobrado traba lho dos prores– sores e ne nhum prove ito para ellas, cuj as fac ul dade! i ntellecti vas pre– coceme nte se atroph ia rão. Encaran. do o caso sob os as pectos peda– gogico e phys iologico, t emos priJ– curado remediar o inconveni ente , indi cando methodos de e nsino :1d e– quados com suave appli cação, para não de ixar sem resultado a perma – ne ncia de taes alumn os na aula. Pretendemos, porém, corri g ir ra l– t as seme lhantes do anno vindouro em dea nte. De acco rdo com o R eg . vigente, r estabelecemos o ens i,1 0 de cantu, de desenho, dedamação e p re nd as e instiw imos o da g m nas ti cn súéc;:i, aprove itando para esta o tempo do recreio , o qua l, pr in ci pa lmente para o~ rapazes, é de tal forma desorde– nado e prejudicial qne mais va li a não h ave r. O in structor, u m ::ictual alumno nosso do lnst ituto Lauro Sodré, pres– ta obsequi osa men t e os seus se r viços, sem custar augmen t o de cl espeza pa– n.1 o thesouro essa iniciativa tão pro– ve itosa . A esses cuid ados indispensavcis em uma casa de e nsin e, pretende– mos junta r o de ver in aug ur~d~, ainda est e :1 11110, uma pequena b1b l1- otb eca esco la r adquirida tarnbem sem onus de esp cie a lguma para o Es– t ado. E' nosso desejo pedir ao exm . sr• Gove rnador a designação do dia I Q de agost o ( data da fund ação do gru– po) para ser nelle declarado chamar– se oficialmente G rupo Escolar Benja– min Constant, e rn homena gem á me– mo ri a do fundador da R e publica . •

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