O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
• O J:;::NSINO ~.,,..__ . .....,_,.._,_,,...,,,,._.._,..-._, ...,---..,,,-_ ...... ~~~ AALGEBRA NAS CLASSES PRIMARIAS O novo r egula m e nto d o e nsino p rimaria r ecomm~1da a r eso lução d os proble m a s com o a uxili o das e qu ações alge bricas. Por seu cunho de novida d e en– tre nós , a idéa, logo qu e fo i divul– ga d a, tornou-se o bj e cto d a r e fl exão d e t o dos qu a ntos s e co nsag ram ao . a rduo mister educati vo . C o mmen· t a rios surg iram. Como em outros m e ios, em que o a ss umpto t e m sido a lv itrado e discutido , t ambem aqui a prime ira impre ssão foi e m gera l J e s urpreza e d e accentu ad a d e sco n– fi a nça. Quere m a lg uns v ê r nessa intro– d ucção uma t e ntati v a in certa, ele ex ito in seguro e, quiçá, s e m uma jus– tifi cação proced e nte . bo na m a ai– lega ção e m co nside rar a inte lli gen– c ia in fa ntil impo te nte pa ra a rrostar com a s pre t e n sas clifficuldad es de– co rre ntes el a s equ ações a lge bri cas. E is um conce ito e rron eo d e ri va do da suppos ição a rra iga da no es pírito d e muitos d e qu e a a lgebra é um e f.tudo t ran sce nde nta l, ó access i el ao in t e llect o j á a pparelha d o po r um t iroc ini o s ufft c ie nte, qu e p ropo r ci– o n asse o conhecime nt o po r ass im <lizer -integral da ar ithme tica. P a r ece la bora r na m esm a di scu– t ív e l. i ntui ção o u p e lo me nos acce i– ta r -lh e o c rite ri o, a a ctual o r ga ni sa– ção o ffi c ia l d o e nsin o secunda ri o, q u a ndo est c1 tu e com o .::o ndi ção p re- 1 imi na r para a ob te n ção do p repa– ra to ri o d e a lgebra a posse d o de ar ithme ti ca . . Somos d e op ini ão q ue em futu – ro prox irn o o e n sin o dos d o is r a mos -da m.a tb e ma ti ca a bst racta se rá fei to concomitan t e ment e . de accord o com o s bo ns aucto r es, e nt re os q uaes podemos cita r o professor Pâque de Li ege. ' Ampe re, o g rande sa bia , já pro– puze ra a unificação alludidã, sob a Cil enominação de ar i thmolouia para . o ' a qual devemos conside rar um passo apreci avel a disposição do r egula– mento , de que tão o bscuramente falamos . Ali ás, é co nvicção professada por di stinctos mestres que det erminar a esphera de actividade da arithmetica e el a a lgebra ,. na hy ~othese em quP ca da uma a tivesse el1 ffe rent , é ve l– le idade, por emquanto. Que r isto sig nificar qu e, nã o o bstante lhes con_hece rmos os pape is, não podemos fi xa r um campo de acção di vc rso,privativo de ca da um a: ellas seexercem c0 njun c t a m e nt e sobre o mesmo obj ecto . Em outros termos : não ha probleIP as aritbme ti– cos e pro bl emas ::i lgebri cos; haverá · qu ando muito solução a ritbmetica e so lu ção algebri ca, elifferenc ia nel o– se uma el a o utra , simplesmente, as ma is das veze~, p o~q~ e a segunda reveste um a d1 spos1 çao m eth odica qu e, a li ás, fa cilita a dete rminação d ~ valor procurado . Em de fesa desta asse rção vamos to rn a r algun s exemplos, atravéz do quaes resa ltam ::i s in estimaveis v an– tagens da aprendizagem das equa– ções a lgebri cas . Suppo nhamos qu e se que r dete r – m ina r um numer o, sa be ndo que seu tripl o é 2 1 . A so lu ção a r ithrneti ca segue es– te curso . Se o tr ipl o é 2 1, o nume ro é tres vezes menor; logo, di v idindo 2 r p or 3, o va lo r procurado é 7. A solução a lgebr ica acompanh a o m esmo ra-
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