O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
• 40 O ENSI O tanto os primeiros muitas vezes nem siquer necessitarão do zelo prophy– latico, inu til perante o estado são e hygienico que apresentam os seus organismos . Assim, na Sciencia, como na Vi– da >dominam os mais fo rtes. Naquel– la>na lucta contra as mol estias, ven– cem os organismo~ robustos, que uma hygíene constante fortaleceu e preparou. Nes ta , na lucta p ela exis– tencia, dominam os que são fortes pela in telligenci a e pela força , pelo espirito e pela robu·s tez physica. A hygiene, assim, constitue para a humanidade uma das suas maio– res forç:is contra as enfermid ades. Onde houver asseio não existirão microbios. E se> porventura, micro– bios ha que resistem ao mais forte dos antisepticos, certo não haverá nemhum que r esista á mais acurad a das limpezas. E isto se applica tanto ao organismo como ás coisas. Pois se até 1Jara a alma ha urn a hygiene! ! .. . Vêde uma que muito tenha padecido: na constancia da dôr, se foi uma alma forte, o que terá encontrado ell a? Ou o trium– pho ou a resignação. De qualquer das dua8 formas essa alma se enri– jou pela magua e, .n_a intensicla~e della achou o esto1c1smo que cria os fo;·tes, a coragem que faz os au- daciusos e a r esig nação que prod uz os abnegaclos . . . Na Sciencia porém , co •n o na Vi– da , ti;ido é r ela tivo. Se para haver saud e é mister h aver equilí brio fun– cciona l organ ico que só pode ser adquirido por uma hyg ien e geral , constante e racional , ~ell a não im– p lica em immortalidade. Saude é força; força é movimento; movimen– to é vida. Saude, for ça e movimento porém se adstrin gem á mesma nor– ma de es tabilidade e de equilibrio , egual, relativamente, a essa que pre– side aos mundos organiz ados e os faz revolu tear em torno ao Sol, fon– te benefica de luz; d e vigor. A Morte, essa é um incidente , um fim, pode 'até ser um desastre ... Entretanto, corno tudo, ell a é tam– bem r e lat iva, visto que o or gani s – mo. depois q u0 p erd eu a s u a vita– lid ade fun ecion a l, d epoi qu e m ,01· – reu, n ão permanece in erte : se dis– persa> se transforma, se di ffun d e e se integra até n a propria natureza, indo constituir a estabilida de de ou– tras vidas e prod uzir o equ ilibrio de outros corpos. Belem , julho de 1918. JULIO MUNIZ Ciru rgião- Dentista do In stituto Lnuro Sodl'é « ••• fomos ao Instituto Lauro Sodré, na avenida Tito Franco. . Tivemos ali uma recep~ão muito caribbosa, tanto pelo d i rector, dr. Antomo l\Iar– çal e demais pes~oal docente, corno pel~s. alu~1~os. Assistimos algum as aulns e exerc1c1<;>s m1htares. . A' sombra de umas mangueiras, ouvimos excellente musica pela banda de aln- mnos. . l h . d G O Em seguida, preparou-se, na propria sa a de _aula_, a symp o:iia o iwrany. maestro Cincinato ousa, pro~cssor da ~ula de mu sica, Jtmtou aos 1nstrum_entos u~u– aes un s como rufos , de madell'a, maracas etc., que produzem uma suggestao perfeita <la 1 figura do indio. Ha naquelle es taLelecimento ~~r~'l de 300 al urnnos: Cada um recebe in strucção de primeiro g ráu, e apprende um off1C10. • Não tinbamos visto até agora um instituto como aquelle •· DAs «NOTAS DE VrAGE~1t-Rocha Pombo. •
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