O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

• 38 O ENSINO + Aos H .er6es + u -; , ll l!lnlU '1 1 1\111 IJ ,r,111,11tll'II.IIIIUll1'1111Hllll'•IIHJIIQJl lll!I ,Ili 1!'111111rll 1111'11!1 l!lilllllll 1111111nrr11•11111c111•11 !1 1! 1 ,. l i li 11 1 1111111;, 1 ,ll lll 11,111•,111 m111.111r1• l l ,,, , Il i "I ·111111111m11m111u1•m1mr111.11, 111•1111,,, •• li 11111 lt l i 1 ,,,,u, ., 111,1111 .,,, 1Ul lh+IU!'l l,.ll!n11,.111111.11111u Aos nossos .marinheiros que partem para a guerra Quando, nos velhos tempos das a– venturas heroicas, as náus redondas e a,s caravell as ligeiras abriam as amplas velas e, ao nuto ele audaciosos ma rea n– tes, singravam as revoltas aguas dos mares desconhecidos, um mundo extra– nho , de extranhos, mara,vilhosos e in– calculaveis thesomos, surgiu e brilhou, ao fnlgôr elo cruzeiro do sul, numa es– plendida manhan de fl orido Abril. A gente ousada que o de ·cobrira ti– nha nas veias o sangue dos pristinos pheni cios-arrojados argonautas das ve– lhns idades. Ncicla a intimidaYa, nem o celebre e celebrado non plns ultm das bronzeas co lumnas de Hercules, nem a ave mythologica, pairando, sinistra, te– mível, terrível e ameaçadora, sobre « o mar verde, o mar tenebroso, o mar sem fim dos geographos are bes » . Pois bem, passados cinco seculos, que encerram os loiros immarcesciveis de mil victorias, os trophéos magnificas de cem batalhas, ainda prefulgem as velhas epopéas gloriosas dos antigos mareantes , ainda prefulgem os fe itos homeri cos dos titans ele 11 de junho de 65, no clest môr com que partem para os pni gos ·e as incertezas de uma nonL crusada, os intrPpi los descen dente. dos Uabmes, dos Barrosos e dos larcilio Dias. Filho el e um extincto combatente na– val nas luctas hrasileo-paragu;,Lyas, fre– me na minh'almá. echôanclo no meu coração , numa vib.ratibilidade d'evoca– ção commovente, o brado que de Ria– chuelo outrora se ouvira: « o Brasil es- pera que cada um cumpra o seu dever ». E elles hão-de cumpri l-o , os heroicos cle– fens?r es de noss_a bandeira, grandes e sublimes, transfigurados pelo amôl' de nossa patrir,,·qu '.1ndo travam luctas qu e, ele tamanhas, minha modesta penna rn1o ousa descrever . .. Marinheiros dos « verdes mares bn.1- . vios ela terra da·s palmeiras onde canta o sabiá », ava nte ! para os comba tes in– cruentos, certos ele uma grand e victor ia certos ele que trareis na fronte illumi ~ nada a estemma do carvalho de Zeus– a ugusto sy rr.bolo de immortal gloria ! Muitos dentre vós ides sacril'icar-vos --sacrifício sublime !-em holocausto d.. L lib fl rdade deis heroicos povos opprimiclos, levando, no e~tanto , no escuuo d aço de vossos peitos valentes, exaradas em_ car8:cteres de f~go as palavras dos leg1onanos de Fab10s decantados por Montaigne : « Iós juramos vencer e ex– clu sivamente vencer ». E vencereis o' combatentes de hoj e, o' vencedores' de a~ian?an- poi s, na~ fú lgidas paginas h1 ston cas de vossa viela guerreira, lá es– tá.o, :aylo1: persegui~d~ a esquadra por– t ugu sa ate a foz do r e30, Rodri go Lobo e Pinto Guedes vie:t-oriosos na campa– nha da Cisplati na, o almirante Greenfel tra nspondo o passo de '1 1 onelero fazendo si lenciar o formidavel bombar~leio das baterias argentinas. Sim, ven r,ereis o' combatentes de hoj e, u' vencedores' de amanhan . Julho--1918 MECENAS ROCHA

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