O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

• dos membr os do magiste rio, ma s a bacha– r eis em d ir eito, d ou tor es em med icina, en– genheiro. , m il itar es, letrados, q ue, sem n oção de pedag og ia, sem p ossibilidade de a adq ui ri r , s e impr ovisam mestres de me– th odo s, qu e totalmente ig noram! No Bra– sil, ha escolas qu e se propõem a formar professor es publicos, n ão me cons ta que ex is ta a lg uma ond e se fo rmem os m estres d esses fut uros p r ofesso re , capazes d e os en sin ar em a ens inar. Pe r isso dell a s se diz. até em d ocumentos publ icos, q ue s ão ly ceus d e preparatori os, com uma cade ira d e pe- dag og iL · Exis tem alg uns bons professor es JJri– marios? P osso d a r o pu blico tês temu11ho qu e p or aqui ha n o Rio, mui tos q ue se com– pa ram aos melh ores de qualq uer par te: formaram-se na v ida, aprenderam a en sinar, ensinando. Ha na s escolas norma es profes- ores excellen tes do curso nonnaJ ( n ão di- go que não o sejam da s mater ias q ue leecio– nam,. nego qu e satisfaçam a fina lida de elo seu ~fficio ), tambei11 posso a ttes tar, ma· r.onst1tuem a ínfima minor ia. No dia em que cios melhores e mais dedicados mem– b1·os do magister io p r imaria e secundari o se r ecrutarem os professo res cio. lyceus e escolas nor maes, os di scípulos e alumnos m estres que clell as provierem saber ão o que aprenderam e -saberão tran smittir o qu e devem ensinar. Ha no Brasil 11111 pl'oblema de vida e de morte da nacionali dade ou rle sua forma d_e equilí brio -poli tico e social, a democr a– crn? Para começar, do come o, a r esolvê-lo, creemos mest1·es capai es, ensinados na. escolas normaes por esses professores ido– neos, _c~mseguidos nos ensaios e p rovas rio excr c1c10 p edagog ice. Afranio Peixoto C:: IF"'~.A. S .AN'I lVl:.A.:O C> R.A. S Casua lmente nos v eiu as mãos u <:n numer o do Jornal do Commerclo , <lo R io, no qua l se nos deparou o or çame n to <l a r eceit a e despeza do Districto . F ederal , par a o anno v indou r o. R.qu ell a mu lti dã o d e cifras , occupando quasi quatro pag inas do gra nde orgã carióca, despert ou -nos a a ttenção e as nossa s vistas voltaram-se para a pad e r el'e r ente a i ns trucçào. Lemos e rel emos com a t tenção as iver s as verba s a lli cons igni1das e, por a ha r – mos oppor tuno, r esolvemos pa ssar para as nossas columnas as ci fras destina da s ao e nsino. R. somma total da des peza com a instrucção publica G de 12,144:759$9 48, a ssim d iscriminad a : directoria geral da instrucção publica- 437.360$000; instrucçào primaria - 9 ,8 7 2:419$990; E scol a N orma l-552:95 9$952; Pedagogium-38: 920$000; Escola de aper fei çoamento - 118:780$000; 8 escolas p rofi ssionaes- l. 624: 320$000. Ha 317 profes s ores ca thed rat icos de escolas p rimarias, vencendo cada um, a nn u alme nte, 6:600 ooo; 243 adjunc tos de l.ª class e, a 3:600 ooo; 486 adju nctos de 2." clas– se , a 3:000 ·ooo; 9 21 adjunct os de 3.a classe, a 2:400 ooo ; 2 professoras ca thedraticas dos J a r dins da Infancia , a 6:600 ooo; 2 adjunctas de 1.a clas se a 3:600 ooo; 4 de 2.a a 3:000 000. • E, deante d.o que a hi fi ca cluramenle expos to, pasmem aquelles que ainda tulga o s u perfluo o pouco que dispend emos com a ins trucção. - --------=--=--=--=--=--=--=--=--=---- -- - --

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0