O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

O ENS INO 29 curnm o mov ime n to, dt'Lo- se a os j ogos e brin– q uedos; nas escola , n~s d ias ~ clnsses de !,;'ymnastica a ug·menta a '.requ encia _. .. Rece– bi. e n tretan to, qu an do d1rectoL· da mstrucçáo pub lirn , ya rias reclamações de paeb de a_lu– m nos contra as a u las de e.dLLeaç.:to phys1ca, porque. d izia m e ll cs, botaram o fi lhos na e cola para a prende rem e não para sc relll ncrobatas ... A c ivilização grega fl ori u das palestra , do gymn a" ios, dos jogos publi cos de esforço ; e sd 1y lo, que podia bater- se com denodo e res istencia c>m iHar /1.to na, So– crates que cm Po t id0a sn pportava fi ca r uma noi te in tei ra n uma mes ma po i,iLO e depo is a inda alvar ás costas Alce biades fc rido– fõ ra m no tave i por ou tras fa culdade,i. Os me– lh ores remadores e g:ymn asta de Ox ford e Cambr idge sl'lo a o me mo tempo os eus meíl10- re estudantes : Glad~tonc e L loyd George, Roo ewelt e " ' oodrow '\Vilson ni'to seembam– çam de di r ig·ir o mu ndo porque pocl cram aba– ter pinheiros faze r g rand es cai;adas, ou -erem campeõCJS de golf ou de base- bcll. e rtamen te que iaso lhes deu dr.cisão e fi rmeza para melhor diri g ii·cm o mundo . Por– q ue 11fto . ó quando tem uma ideia. trabalha e e exerce o cerebro, tambcm quando or– dena e faz execu tar u m movimento: o or– g·am desenvo lvido pelo exe rci..:io de fu ncçties da acti-.-iclilde fica ele envolvido parans func– çõe da intell ig·e ncia. E até a tempera do c:i racter . e foz pelo exercíc io corpora l. Per– rnitti-me que vos co11teu111a impre~·ão pes– soal, obre a qua-1 g-o ·to de in sist ir. (~ue pen– .·a is do jon-o do foot-ball "f E11 vos agscg-u– ro que ellc e tá reformando, -e não reía– zend.i, o caracter do Bra il. Lembra-me sempre a primeira vez que fui aqu i a um campo ele jog<!. Povo g-arri– do e enthusiasht, a rebentar a arquibanca– da para n sistir a um matclt, ele patrício·, <lernt'iados po r nma equipe estrangeirn, que atravessara os mures para se rneclir com110 ·– co. A honra já era uma victoria; certo que n Eu ropa, uma vez mais, como na canção J!Opular, se iria cu rvar anlc o Brasil. O jog·o começou, com applau o de animaçi10 e de– licadeza, nns ,,enccclores, aos vencidos, dis– po ·ii;ito muito mais amena que o ju lgmnento final, em que ha muita vehemencia e algum despeito a mesclar o entlmsia mo. l\las co– me,.ou e os applnuso coutinuaram, apczar dos no sos 11í:LO fazerem um ponto, embora um por um os estra11g-eiros uo razassem o hoal. Ganharam? (~uc importa, ganlian1m sem g l()ria. Faziam pc,sses succ:cssivo8, cada u111 occupaclo com a modesta posição que lhe cabia 110 concerto, extran ho ií. ass iste ncia, sem contar por si, mas ai1enas com&ig-o, para os outrns, para o teani, po r isso constan te– mente vencedo r. A victoria era clelles nf10 linv ia duv ida, scnl'e de 4 a O, mas era uma victor ia a div idir por on;rn, como bilhete ele uma lote ria : LLndec imos so rteados. Os nos– sos, nüo; tinham bravura, contavam por i e só co:ns igo. J á na attitude, voltados para as g·~ lcrrns, qu'.1-n d'-pocl iam, lobn gavam sem du vida nas mi l caóc,as curio as qu e ·OS fi . tavam admirados, uma, a ele ua tol'cedura prccl il ectn, ct~j os olhos bril havam ma is inqui– etos, clcnunc~an~o. um co raçi"w mais apres-- ado, como a 1 □ 1:; t1r num voto de triumpho. Desempe nh avam-se em attitude el e a tbletas, sempre co!-rcctos 3 preoccupado até o mo– mento da rn torve uçào . Qua ndo n bola Yinha, um slwot elegante soltava azas ú 1c vJada d?s ª.Pl' la_uso., ou á pericia do j ogo pes oal, cl 1ffictl, nao obtido crn pre, mas li onroso para cada u11:, es es driblings em que a ge nte faz bonito, embopL o temn ve11ba a perder. Qu~tro a zero . . . 11[10 valeram palmas , olho votivo~ , coraçõc revoltos, rnil ag-re cio indi– v1d1~alismo . . . . pe rdemo . O passes, o j og·o conJ_ugado, de todos para o grupo, a as_o– ctaçao das parcell as, deram resultado. P ro– cm:a semos _descu l]>ns, melhor adcstramen to, trema contrnuada, talvez até umn folnz cl o– licacleza aos _hospedes . .. nílo importa, ha– vwmos pcrd1clo . . . Com o zum-zwn dri multidão_que so ~ispersavn peio portões a– bertos nnha cahmdo a c inzenta melancl10- lia da tardo. Por Paysandú afórn, ande i tr is– te, ú procLLra cio razões ... Devia ser as im . .. Jií o era, com os nos- os antcpas ados; nfw o nossos avós, mas os douog eles~ terrn, que no-la deram, cnm os seus defeitos, dell a recebidos. Um ctllor e~l1an!tivo ú.s vezes, que impede a appro~ ximaçao; u~a pequ~na caça que di pensa a _col (abo1:açao; a ~ocaia atraz cio pau; a oli– dao a beira do no , ed ucaram através do seculos os prime iros bra ileiros 110 incl ivi– dualismo m~ninho, em que cada um fia ó– mente ele s1, e 11[10 pode, porque nfto tem, ~1_11 ~ucm ~-onf1ar. Os latinos que para aqui '1e 1 am sei iam como todo os latinos desa– pegado . uns cios outros, incapazes d~ e de– rem na rnd cpendencia ele cada um as quotas que~. º'.11mad~-, clào as nu1tag-e111 do povo, a v1cto11a nac 1~nal. o outros nüo . .• c1·er- rnanos - 1ior 1D • 1· . 0 _ ~ meto, a11rrl,1- axo n10. - P?r educai;ao, 8tt0 ag-gre.,ad~s. Um homem nao _vale enão cotuo fra~çào de soei dade; nm Jogador não conta . eni'to como parceTl a Ili

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