O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
• O ENSI:::-.O e desgostos essa primeira e de astrnda efo– l'll<;ào. Vem pois a educaçitn do be rço, muito autes da razão , porque educa r é conduzir e t•ssa condncção prescinde da razào do con– duzido que pode au x ilia r e drve co llabornr nella, bem e ute ndi<lo, mas que pode ser co11- cluz ido para onde nüo quizeta e nito deve– ra. A educação tem, pois, uma raiz pliy ica e php iolog·ica iudisc uti-~ .l Exemplo mais ainda convince nte cio que o do recemnasc ido, é o dos orgams mesmo do nosso co rpo. H abi– t uarno...: nos, é o te rmo u sual, e o habite é urna disciplina OLl urna deso rdem, a d or mi r, a aco rda r, a ter fome , a taes e t:ies hom , e, sem um chronometro , que na v ida co nsci– e nte não di pensaríamos, as nossas funcções rhytl1mam a nossa vici a . Um homem é bom educado se lhe e ns in a ram ou e lle rrpre ndeu a educa r e educou as fun cções do ·eu co rpo: da~ fu ncções yegeLati vas mais -h u111ilclcs ús foncções ma is a ltas de sua sc n~ibilidade ou ,. .. eu e n ten dime n tn : porque e rchrna o vent re, corno se educa o ce rebro .. . E cxacto que l or uma e,stre ite 7.a de conceito, o te rmo cducaçào a nda restri cto ávida p ychica, qLie 11110 e'· diffe rente da ou tra, e todos susce ptivois 1!0 mesmo beneficio, que n fto é pri vativo rlcllas, porque a ordem, o rl1ytbmo, a dis– t:iplina, o dominio sob re si, tão necesbario e. preliminar a qualquer dominio, clella de– pendem. .'e a educação humana é um CU$O par– ticular de lei g·eral, e universal, é um con– t rastnso fa li ar em falle acia da ed u ação, por– que 11<'s deu resultados inesperados ú nos·a ceg-ue ira a dire.cçi'to contraria que lhe im– primiram os nossos esforços : educamos mn.1 -- é a consequencia unica que do no so erro podemos tirar. Ainda restringindo ao sign i– ficado psycluro e ocial, que é apenas ullla tfp ua siu· .1ificações, pode a educação ser de. finicla- a co uducta da ,·ida ao maio1· e melhor reudimento humano. A cduc.ti ;ão nacional falhou porque foi anti-humaua ou deslmmana na sua applicu– •:i'to ; porque transformou a' capa.c idade~ des– cuvol viclas pelo exercicio e pela cultura, 11 uo em um ideal de perfeic;iio nacional e humai10 clt•ntro da moral, que e a ordem ubj ectivn., ,na~ contra ou tros homens, contra a outros Jl,u:ioualidades, nmna desgriu;ada concepção ,t e grandeza - chamada por ahi imperialis- 1110 - resulta.nte não ela prnpria benemeren– eia rnas da depredac;i'to e da· mina de todos os vutros que nfio fos cm ou nrio ejam os no " OS Jt:1,• innaes ... Ahi est;i a raílilo cio desa tr<'. \. edtl(:açüo nacional, para a defe· a na– ciona l, pnra, a g-randeia nacional, de\'e pois tp 1· uma. outra direcção . . . Qual lhe daria– mos e lltr~ devemos dar no Brasil? 'eria nssumpto para um cur o : a curteia cl_a hora e a deferencia que devo á genero– s1clade da vos a I rese nc,:a me impõem 110 eus rar1os de11artament os tora r de lerc unm ou outra qncsti10 maior. .\ EDUCAÇÃO P lIYSlC.\. Para co111eça r, a ed uc,u;ào plty icu. A11da esta exprnssiw por ah i tambem 1·c tricta no sign ificado, e mal comprch end ida no alcan– ce. Restricta , porque uào é ·ornante a ed u– cac;üo pelos mor imcn tos cios museu los vo– luntar ios, e ain~a el e certo· g rupos de rntt5· c_ulos, ~:te const 1tue toda a educac;i:to ph.r-: s1ca. Nao se comp relt endeu a ed ucaçüo or– g~nica e fun cci\mal, que l' 11. ma ior parte da vida e que era , um dia mu ito breve, ahi incluida e que _s~ deve faier de de O brrço, como u11111. co ncl1çao ele , a nd e e de fel icida– d~ . E~ucan1- se a res[iiraçào, a circulnc;it0, a d1ge tao, 11, exonerac;ao dos cl e jcctos, a mar– clta, n palavra, a _v i i'w, a au cliçào, o g·osto, o somuo . .. ,, e uno apenas as contracções rnuscula.i:e . Comtuclo, dada a co rrelaçi'to fun c– c10n~ I, atncln m~s1110 e sa restricta eclucaçà() phys1ca _:iproye 1 ta a todos os outros org-fios e funcçoes . Os musculos _tomam apo io ll(),' ossos, de 011de, eom o mov_unento, Ytt ntagcm parn o esqttelcto; a rc p1raçf10 se accelcra com o angmento das trocas org·anica~ e O li['· pnmento_do csfun,o; passam tres a quatro ve½es mais ~ang·~e 1~0 t~u culos que se con– traem; a d/"'Cst,~o _e ma1_s pro_mpta, para cor– responder ,L nutnçao mai ex1g·e nte; as func– ções ne~·v_osas, por f1111, tambcm g·anh am eom o excrc1c10 cor['Or:tl: a exc itabilidade é mai s yin:t, o s~11ticlo muscular mai s perfeito. a coorcleuai;uo motora melhor apropr ia O 1110 • vimr nto , o que traz a rapidci e a delicndez.1. ~o traba lho, d:• onde a acquisiçâo de qua– l idades que ·ao rcsultant1• complexas de prat ic.l'e de habito, de iniciativa e de di ._ ciplina, de co11tr11si10 e de resolução ade– quadas, <pte colluboram 110 dese nyolyimcnto da intellig-cueia e na tempera do •aracter. Isto, prccisnmente, mostra como 11 cm srmpre se comprehende o alcance da edu– caçrw phy icn . Pensa- e que dese,wol\'endo << o muque >, fai- "e apenas snúde em um homem forte: ma.i , mui_to mais do que is o, faz-se n111 homem . Aqm !ta um rapam i11 - te 1·t•ssm1t~: in · ti11rtiyamente, ns c1·iani:n pro-
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