O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

.. 1 O ENSINO ~ ... ~...,..__,, . ....,,..~~-~~~~~..,.....,......,...,~- íl"~~G~ ~ A r OFFICINA é o compl o- ) ";) rn ento da escola pl'ofis- ~ ~ s ional. Nesta se aclqui- ~ ~ r em as noções das scien– _.,-2.)/f(-' <! cias applicadas ás artes ../1\~ e aos offi cios, nnqne lla t se aproveitam esses co- nhecimentos no preparo de artigos uteis e incli spensaveis aos nossos usos. Os corpos bl'utos, as nrntori as toscas que prodigamen te nos apre– se11ta a natul'eza, ahi se tran sfor- 1rn:1rn ad mirave lmente em objectos de feições r eg ulares, d con torr.os be!los, ele formas primol'osas. A officina gera lme:1 te é um p ro– dígio de acções scie ntificamente di– rigidas e praticamente executadas , cujos effeitos surprehendentos cm– cantam a nossa vista, a ssombram o nosso espirito. Effec tivame nt a s impressões q u e nos offer ece qua i sempre, peb confecção das suas obras, são tão agradave is e inte n– sas que embevecidos im ag in amo– nos diante duma sRgunrla natu reza puramente 8abia e inte iram cntA di– vina. Como é r espeita ve l pola especie da sua acti vicl ad e, e x traordin a ri o pelas maravilhas que produz e no– bre pela s implicid ad e ela s ua a lma inge nua, o pobre ope raria humild o'? ! A officinn- esse abençoado templ o do labor, sumptuoso theatro , mui ta v ez , d ftS pomposas mani festações do bello, das espl ondidas apo theó– ses d a Arte -- foi uma cr eac;ão s u a . Hoj e, pnra,que ell a possa paten– tear ma g nifi camente tudo isso, é 1rncessa rio que tod as as s uas sec– ções sejam inteiramente banhadas de luz , co nveni entemente arejndas e limpas . Estas co ndi ções indi spensa veis ao saneamento do se u r ecinto, ond e o artista, o obreiro passa um ter ço da s u a viela, propina, conjuntamente com o confo rto , com o bem esta r r eparador, um augmento apreciavel el e proclucção. A d isposição de s uas secções e ele seus artigos, a ordem ele seus müteriaes e de sm1s ferramentas , constituind o figuras symetri cas , guardando as condi ções mais acces– s iveis aos respectivos preparas, im– p r ession am bem a visão do profis– s iona l technico como a do vis itan te in telligcn te. As ene rg ias, as lll~ te rias e seus detri ctos comple tamente aprove ita– dos, proporcionando dum modo p r e– ciso o seu maxim0 r endimento ex– primem pe rfeitamente o resuÚado pos itivo duma va liosa conqui sta que, em r esumo, é a d esejada eco– nomia, a prosperidade certa, o tri– urnpho c!as acções bem diri g id a s. Na v ida afanos a da offi cina s e exper ime nta tambem as o-rata s emo– ções propl"ias dos feitos ~ 1 ictoriosos a~ intim as a legrias dos clins d 0 g lo~ ri as. I s to a contece quando a s luta s do p ensamento humano. n este va s to campo d e actividacl es profícuas, ven– cem tot a lmente as d ifficu ldades qu e a ppa r ecem sempre á r eali s ação dos •

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