O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

,egura, sadia, capaz de todas as u tilidades de habitação. A instrucçào dava o conhe– cimento, como galvanização exterior que nã o pod ia atting ir a trama intima do metal que r.lla revestia e portanto não pod ia modifi car ,,equer, nas qual idades que se exig iam dell e. O doi rado a pin cel coutentava, como se fôra, l iga de oiro de lei. A criatura humana criada ú lei má do mundo recebia na escola umas noções imperfei tas ou aperfe içoada que· lh e enri queciam a intelligencia, - e o s •ntimen– to, com que se faz a mora l, - e a von tad e com que se edifi ca o caracte r, fi caram aban– do □ aclos , in cultos, pri mitivos, gros,eiro , in– stinctivos, portanto deshumanos, ape11as ser– vidos para o mal pelos propri o conhecimen tos que a ins trucção lhe porporcionara. A instrucção nfto devia ser portanto o fi m, senão o meio, um dPs meios da educação. E sta era ou seri a a rcdempção do genero ]m- 1nano . E cada povo civili zado ou próspero, dentro de si mesmo, se po z a modifi car os seus processos pecl agt>g·icos para consegu ir a edu caçfw nacional. O futuro cidacl uo ser ia tomado nos primeiros anno ·, dar- se- lhe- iam an tes da escola j ardins ele i11 fancia, cn.sas de crianças, educaçflo el os senti do a, da ensibi– lidade, do conhecimento, da in tell igencia, da Y0 11tade, elo caracter, com as pratica insis– te ntes da bondade, do raciocínio , da acção, rri m o endereço cívico que seria o fecho da ahobada desga maravilho a construcçilo. Bom, in tell igc 11 te, fl ctivo, o homem estar ia prepa– rado para ci·dadíw. A sua seu ibil idade se <> rnpreg-aria m querer a patr ia, acima d tudo, e mais que a si mesmo, de onrle a a bn egação a t,í o sacrificio proprio, embora ~ac rificando quem quer que fo se, homem ou homen oppostos. ua in telli gencia eria. destinada a aug1nen tar o patrimonio com– rnum da patr ia, cuj as vantagens de ide ias e de r iquezas de todo o genero, que trazem as ideias, eriam todas a dquirida· parn o pro– veito unico e exclu ivo do, concid:tdfto . A sua actividatle v ig iaria. con stan temente por adquirir, con er var, mu ltipicar o meios el e acçiío da patria contra todos os obstaculos ma– te riaes que lhe impedissem a expm1são e a gTandeza incontrastavel. Os homens e ng randecidos pela i11 trucç~i o individual niw ev itaram o crime ; as nações •mgrandecidas pela educaçlio naciomLI deram rn1 guerra, o crime coll ectivo irresponsa– vel. •. A cu lpa fôra da instrucção, su ppos– tn. o fim, quando é apenas um meio de edu– e11çíLo ; te rno de conclu ir hoj e que a cul- 1'ª é tambern da educação dada como o fim nacion a.l, quando ell a deve ser exclusivamen– te um me io ele perfei<;ào humana. Não é do p r ocesso, por ém da má dire– cção delle. Po r qu e a educaçiio é apeuas uma a pplicaçâo h umana ou bi olog ica, ia di zer pbys ica, de uma lei uni versai. Educar vem de ecl·ucere, conduzi r fóra, isto é, levar pa ra al ém, sej ~t esse além, para ond e nos con– du zem, o es r aço ou a vid a . Se não fôrn sem p ro ve ito eu vo po~ri a trazer, desde a or dem phy ica do c0smo , a té ad i ciplina biolog ica das es pecies, os exemplos '}Ue aferidos na ling uagem corrente r epresentam essa lei gera l da 1,atm eza. Intere· a- no , apena , o caso h umano por ago ra. E não lhe e capa n ri homem a mesma in t imidade do ser. O homem é um mi cro– cosmo, dentro no qual nós podemos, como no mund o exterior, Pstud ar a ucce fLO do phanomenos, di cip linada e metbodica, qu e é a ordem da v ida na na tureza, que brada apena. a monoton ia pela inte rcadencia cio rh yth mo, que torn a a indfl ma is evidente o crimpasso el a disc ipl ina. Como o dias e a 11oites, os <'ycl()s lunares e a e tações ... li a rhythmo em todas as funcções da vida - r hythmo do somno, da activiclacle, ela fo– me, da sede, da Pxc reçõe~, dos hab itos, do c,oraçit0, ri o amor, do pensamento, da 1ioe ia. E que o rhytl1 mo é a medida da orrl e.m uni– ve rsal. Mal a.caba de na cer uma criança e nito submettida ain da ií. di ciplina pela mu– dança C()mpleta e radical que S<' operou em todo o seu ser, com o vir ú luz, e jú é sus– ce1 tivc l ele se fmbmetter, para. a sua van– tagem, a e sa ordem, i to é, ele ser educada, que é ermo se chama pro1, riamente o ca o applicado á human idade. Se lhe dão cio mam– mar com intervall os r egu lare , feita uma pausa á noite, ell a acordar:i nos momento precisos, ou só o raclamará nesses momen– tos, como se o contracto tacito que fizera não devesse, para ell a inco nscien te , ser que– br ado pela ina.dver tenc ia , ou de a o, do con cientes. Se não a agitamos no berço, ao om de cantilenas, dormem tranquil lamente, sem o reclamar. Dansai;1, poderiamos di ze r, conforme s lh es toca. E a prime ira educa– ç[LO, ordem a que a suas fun cções se pr . t~m admiravelmente. Uma má edu ação con– s1_te em não ter ordem, ni"Lo r espe itar tempo , fora dell e dar alim nto, não o dar no momen– t~ preciso, e tar acordada á no ite porque de d13: a fizeram dormir . . . rl e sor te que, anar– ch 1zad~ a natu rei a, a pobre criatura é victi– ma da rn en ate7. dos eus p rimei ros edu ca– dores, que vem a pagar com cl obrndos labore •

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