O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
1.. O ENSINO 253 ~~~ ~~.....,....~~~~ ~ ve r: « Be m ay e ntu rad os a q uell e s qu e faze m a g ue rra, po rq ue ser ão cha– m ados filhos lie O din , qu e é..5n2_? is do qu e J e b ovab ! -;-, E o s ini s t ro fa rc is ta dava aos se us compa tri o ta s o segui nt e ?cbn– s elb o: « Sej a m o s implacavejs !» Es ta t e nd e nc ia á c ru e ldad e sy t ema ti ca , á v io l e nc ia contra o a d ve csa ri o ro1·- 11o u-se uma pra ti ca co ns tan te. Co mo pôr d'a ccordo es te procedime nto c o m a d o utrina luth e rn na o u ca h i– ni s ta ? Como ha rm on iza r a in voca – çã o pe rpé tu a d e D e us com tan ta c ru e lda d e e tn nta pe r ve r sidade? .. O · qu e be m co nh ecP. rn os a ll emães me lho r po d e rão e x pli ca r est a cd n– t ra di cção . A r e li g ião a ll e mã t orn · u– se uma r e li g ião de ex teri oridade e se co rro mpe u d e um mo dô s in g ul ~r . P ara o s all emã e s, o Todo P ode – roso es tá ao se r v iço das su as a m– b ições , e o k a ise r co nta se mp re com c ll e como se u a lli ado. « Av ida r e– i igiosa, d isse com razão Gns to n C ho isy , é uma co nt inu a deso r d m, po ,·q ue , toma ndo o pro ble ma e m co njun cto, e lla é, e ntre os se us d i– ri g e n tes, um e m bus te consta nt . 1> Pas to re s e fi e is . o ka ise r e o , se us cortezã o s, corn o o s pharise us , asse– m e !b am -se a a l vo s se pulc hro s cuj o i nte ri or está che io d e os ad as e d e mate ria s e m d ecompos ição . ã o é ve rd ad e qu e se ve m no– t a ndo, ha j á a lg um t e mpo, q ue es– c ript o re s d e nomead a e me smo pas– to r es co nrund iram com o cnlto d e C h risto o ele Wotan? A isto cha– mara m o n eo-wotan ism o q ue pre– t e nde r e unir o cu lt o d e \ I\To tan e à o · se us a nte passa dos cum o cu lto d e C h r isto, para co nstitu ir uma reJi– g ião nac io na l. A um d eu s incli ge na ajunta m- se a ido la tri a da fc rça e a a do ra ção da g ue rra. Mo ltke d e sej ava qu e a g ue rra fo sse exterm inado ra , , como ho me m e como chri st ão ! » T re its– c hke só ac reditava no « appell o a De us)) qua nd o se tratava d e a tacar o in imigo com successo e de es ten– d e r as pro pri as rro te iras . Lêde os j or naes, 8S re vis ta , os di scursos, 8S proclamações, os se rmões a lie– mães e e nc_o1 t ra re is sem pre ph ras es co mo eS'tas : « A gue r ra é d iv in a. – Fazemo l -a cru e l e iml-' laca ve l po r prin c ipi o de burn anidade .- A pi e– dad e é fraqu eza. - O nosso o tra– cte r nos im põe que sej amos irn pla- C8 ve is . >) • P ,1ra o 8ll emão , o id ea l é asse– me lh a r- se a urn a rér·a, ~ urn a nrn– chi na ro rte , se lida e te rri ve l, obs– tinado in imi go do li v re pensame nto , exultando d e sa ti sração q uando rea– li za o bras de ruin as e de mo rte . P e rmitti-me reprod uzir as maxi – mas e do utrinas a ll emãe s, r e fe rid f1S . po r e lles prop ri os. Elias, a uth e nti cas todas, me lh o r di rão do milita ri smo pruss iano : « Não nos deve com mo– ve r co ns ide ração a lgu ma el e huma– ni dade . To ch1 s as doutr ina s mora s de vem se r abo lidas. Passo u o tem– po do se nt ime nta li smo . De nada te· mos qu e nos desc ul pa r O ma l é le– g itim o qu a ndo se rve aos nossos in– te resses. A gu e rra act ua l é um e ífe ito d,1 le i d ivi na . A forc a c rêa o d ire ito . Eli a o antecede e fi rn acima de ll e . O m ilitar ismo é um Estado ac ima do Es tado . O mi lita ri smo· ind ica o ma is e levado g rá o d~ evo lução rea li za_da até hoj e pe la c iv il iz&ção . O ex e rc ito é um ins t ru me nto d e domin io ao servi ço d a poli ti ca ; é o se u me io ma is e rfi cal. A g uerra é um j ulga– me nto d e D e us .-- A g ue rra é a mais alta expressão da c iv ili zação . - O Estado é o se u pro pri o j ui z. Não ha j uí zes s upe r io res a e lle .--Tudo o qu e os nossos so ldado s ímaginar em pa ra foz e r ma l ao inim igo deve ser acce it o com a ntec ipação .- Uma le i de Ce rro nos impõe a du reza, q uan do es ta é pa ra a li v ia r o nosso [.' O\' O.– Faz- e mi litari smo co mo se raz byg ie– nc. E' a le i da Yid a o a niquilrn nento do rra co pelo fo rt e. 1 um mund o de mé! lcl ad cs, somos o amo r , e De u
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