O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

• • • y todas tns-Jiel!!!.Jse aca./Jaran P S2~!=25252-S25252525"2..~Sc'52 • tJtJ•.,t. f)t_.('t)' f)() • o ,;NNO BOM ... AN:\10 BO~I... ~ Semp r e a mesma es- 0 pera n ça u ngindo..,.a a lma ., o s up e r stic iosa dos homens, o o ..,ooto0♦ oot-o e sempre a mesma a ng- us- ~ tia domin ando-a, sempre ~ a mesm a tl'isteza ·,í:l. baten -- Ji/i · do-a . ~t An no Bom. po ·que? ,tl" Porq u e o não co nhoce- Jlt 111 0s. Só o fu t uro é optí- m ista. 86 o descQnh ccido 1 agrada. Só o que h a de vir conserva a doirada e eterna ill usão que nos p e rsegu e. \.ma mos o que nos parece inatingi vel. Queremos o q ue a nossa mão ainda não a lcan– ço u. Desej amos o qu e paira longe, mu ito lon ge, n a curva rnyste r iosa de um son ho... Toda r ea li dad e amarga como o tedio. Tud q ue é, assombra. Só existe uma feli idad e : esperar. A l~a nçar é sy noni1110 e angustia. Não h a phi lo,:ophia que conforto a saciedade. Não ha .reli– g ião <1uo fa a do conhecido um po– mo dourado .. . A:1110 Bom, porque? Dentro dos seus tresen tos e sessenta e cinco dias os leões f icarão cordeiro.·? as serpentes transformar-se-ão em co– lumbas ? a iucta pela vida arrefe• ce r á? os r-rimes deminuirão? a mal– dade prrecerá '? o egoismo será s u– plantado'? a dôr fu g irá batida pela alegria ? Diz-nos a experiencia que não. A vida é a mesma. Foi assim hontem. Ao Dr. Antonio Marçal E' assim hoje. Sel-o-h a ass im ama– nh- ~No emt an to a nossa esperança n ão desfa ll ece, a nossa fé n ão se apa– ga. Continu amos presos aos mes– mos on hos , v ia jando p or mu ndo. invis iveis e immensos, n a ancia de conq uistar o q u e o nosso ideal pro– clama Gomo o p rin cip io da Felici– dade. ) O an no q u e passo u , como os ou trns, af undo u-se no sangue dos h eroes, mergulh ou nas lagrimas dos , fffictos. Teve momen tos de prazer; teve iilstan tes de glori a; teve hor as de ven tu ra . Quase q ue e ll e ass iste o n a u.fr ag io da Civil isação . . . Pas– sou. porem, e j á não nos interessa. Dell e nos r es ta ::.penas uma longa saudade , uma r ecordação esbatida em sombra . .. O que nos preoccupa é o Anno Bom. Espe,ramol-o anciosos. Amamol-o. ada b cca, hoj e, é uma interroga– ão . E' um hymno de Fé. E' um canto do esp e ranç-a. Formosa inge– nuü,lade, a h umana! Emquanto o tempo corre, secu– los traz seculos, na sua impassibi– )jd, el e fr ia e immortnl, nós corremo tambem cm busca do nosso deses– pero . . . Os annos pa ssam. E nós p assa– mos tambem. Outros chegam. Outros desaparecem. O que não passa ja– mais é a lucta; o que não passa jamais é a esperança. Venha o Anno Bom. Queimeníos.

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