O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

226 O ENSINO Ao 11.aymundo Machado ê@@@@@~@@@êeeeeeeeeeeeeeeee ee • ~ f A E;PRESSlO mais s i- ~~ gnifi cativa do Nata l es- ~ tá na sua simplicidad e, ~ na sin ge le7.a com que as festas deste g randioso din encantam , prendem os $&– res humanos num mesmo élo de vivas lembranças , rl e enthus iasticas emoções. Na chri s tandade não ha d ata tão maior; nem jubilo maior existe senão esse que irrompe dos corações dos homens num protesto de g ratidão A'quelle que dos altos dos esplen– dores celes tes- todo graça e h ar– monia - dirige á humanid ade ins– tantes de extases e bemestar. Extases ás a lmas piedosas que sympathisam com o bem e, no sof– fri mento sabiamente supportaclo, huscaram o segredo da feli cidade e da paz, conformando-se, na distri– buição equitativa dos meios , com o que lhes coubér, sem maldizer-se da sua. situação; bomesta r a todos in– distinctamente sob os influxos ela luz irra.diante que emana do Eterno Seio da Crear.i"in. derramando espe– ranças e confortos , delicias e doçu- 1·as . E ntremos o palacio do rico: lú dentro, no conj un cto das coisas opu– lentas, Yamos encontrai-o prazen– teiro nesse g rande dia, homenage– ando o nome de J esus e, si elle effe- cti,·amente o adüra na sua· h11mil da– cle, na g rand eza de sua obra divina, r eparte então pelos pobres, 11 ão a miga lha das iguari as, ma s o suffi– ciente da abastança , na certeza de que, dando aos necessitado.-, eni– m·esta a Deus. Penetremos a casa de um a fami– lia de méd ia cond ição. Ainda o con– tentamento explod e, e por todos os motivos procuram tes temunha l' a ado r ação ao eleito de Deus: hym– nos, canti cos, sons festiYos. par tem de labios muitos, numa manifestação agradecida ; apostam-se, alegrns, em dar nesse mome11to o que el e bon– doRo lhes transborda dalma. O instante, porem, em que o olha r se nimba de clarões suaves, o co– ração se toca de ·sensações agrada– biliss irn as e a imag in ação se apo– c:lera de idéas emocionan tes, é qua n– do se nos depa ra a casfnha sin ge la e alva <'! e um casal obscuro. O es– treito espaço do lar contras ta com a grandeza dos seus corações unidos; a escassez dos recursos não obscu– rece a prodigalidade dos bons senti– mentos, e as lagrimas que surprehen– rl em ás vezes os olhos não têm o traYor do desespero e da b!aspl~e– mia : representam a expressiva 1111- guagem das leves commoções, qu~n– do a palavra emmudece commonda tambem . Dizem ser esta a melhor ventu– ra -s~ntir-se grand e na pobreza, bem como a mais funda das tortu– ras é-imaginar-se de bens que se não possue.

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