O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
clinica qu_e Prescrevem os remedios. Cada um dos_ d•t~~-sissimos a g·entes naturaes de malefic• 0 e i •n. o se u antag onista, cada cel– lula e cada or"•ão <lo coq 1 0 teri am as 1rns defezas oa~uraei, em uns tantos remedios, symptomaticos, ou es pecífi cos decididos de cura. O org~nismo humano podia nn scer defi cie nte , cn a r.se defeituosamente, adqni– rir e roante r Vícios de alimentação, de in– tempe ra n ça, de v ida de,regrada, sujeita r– se a abu 5 ? 5 e e ntreg1ei·-se a excesso5, se r acomrnetti~o então de <1unesquer infest::u,ões, infecções, 111 l 0 x i~çõcs . .. nho importa, ha– ve ria sempre nas drn o-ar:a al <>·u1m\ ~ub- . om "' º º stanc1 a c -:iU e pro ver df'cisivamente, n o momento. azado do ala ;.me, ao mal decla– rad o. Se ri a g rande o mal maior o remedio: e en~i • 1 ª e st richnin a, a 1 atrnpina, a byo– ciamrna! ª morphina , a cocaín a, o mercu,r io, o ars~ n !co, 0 . estroncin, o baryo, a platina, o r1:1b_1d 1o · · · •n ter viriam para um r esul tado dec1d1do. E st a va e nv enenado o orcrani smo por peçonha, tox ina ou toxicn, envene u:i– va-s~ com um outro venen o, supposto c(ln• trano ª. e ste - Professor de tli eraptouti n. e dos ma iores rn edi cos modernos, Hayem, inaugura~ do O seu curso cm Paris, resumiu assim o l! bello: ' 'a p roporção cios cas o ele envenena_mento chronico pelos med icamen– tos 1m cli entela das t:idades é, tomando em bloco todasª. doenças chronicas, de 80 º~ 0 ... " Para concluir : "a tberapeutica fundada so– bre <? uso dos ~1edicamento é uma tl\era– peu1~1ca_ comb:tida, que j á fez o seu tem– Jlº· Am ei a nao, in fe li zm(1nte; não 11&~ 9 u1 tão depressa os erros. Alguns destes venenos- raríss imo s con– tados, tal vez_ sob rem para os enurnerar o dedos da mao- curam, embora matem ,i~ vezes; muitos de ses venenos al ivia m cm- ' bor~ façam mal es menores ou mais despet - ce_b1clos; todos cs cs venenos conso lam, pcr– m1ttem esperar e, muita Yez:es, si nào qua i ~empre, recoll1em n-abos de salv:iç[LO, quando a nature za, a despe ito do medico e dú_S me– dicamentos, conseguiu, a custo, dar ao do– ente saudc. . Essa u )tima. v irtude das dro,:;-a· , o me– nto psycl11co, e o maior e. dada a. infinita credulid a~e humana, credulidade que m1- g-~1 enta ameia dc~proporc innalmente no sof– fr1m ento e no d~_ e · pcro, é a razfLO princi– pal da sua sobrev1vencia, mesmo á ev idencia de seu mal efício. Appareç,a uma drnga. qual– quer, venenosa ou inoffen iva, explorada po r experto que ~aiba clamar e reclamar, e não haverá mãos a medir no exit0, por- 9-ue os medicos a receitam, os do e utes a jJ ·i curam e tomam. O ma is admiravel é gúe se curam. E se curam, ao menos du– rante o primeiros tempos. Trousseau, g ran– de medi co e p rofessor cm Paris, disse-o, co1J1 sub til ironia, desses medicamentos, que se deve nproveitar em usai-os, em quanto curam. Por que o prestig io lh es passa com < moda. l\Joda. de m('di cos ou de doentes, que todos são homens, susceptiveis de no– v idad e e de esperan~a, 11fLO impede que o p1'in cipio dessa therapcuti ca S('ja empírico, porque é totalmen te cego ... não se lhe ne– gará q_tte consegu iu alg umas, muitas medi– caç,õts symptomaticas, its vez:es do maior va lõi·, innumeras outras totalmente impres– tavéis e, niLo raro, quasi semp re peri gosas e toxi cas, apenas dn a ou tres verd adeira– man te espec ificas ... -' uma comparação diz melhor dessa arte el e etHar. Imaginai urna bel-la an 1 ore que viçava magn ifica, qu:rnclo , cer to dia, lh e de– põe uma ave do ceu , nos galhos, damninho para. ita . Foi uma semen te de berva de pas– sarinl10, que brotou, introduziu os seus ten taeu los no cortex e cnmeçou a sug·ar a outra. En r:1rnava e crescia, emquanto a ex– poli:i.da emurcli ecia e des folhava. Que foz:er Jlªl':1 salval-a? A medicina occorren a esta doença, diante de taes symptoma s, revol– vendo a terra e ás Yez:es rnag-ua ndo as rai– zt-s, pondo-lhe nitro , g uano, esterco, que lhe queimaram rad icul as e se lhe deram mai s ale11to cl ('po is, nf10 o impediram de con– tinp.n r a perd er-se. A arvore, essa conti– nu ava a de rinh a r. (Jue fazer? Diante da i mpotencia therapeu tica, começou- se a pro– curar ina.ttin g inve is respon a.veis pelo de– sastre : n cli ma rn ri a certamente o culpado, tae. e quacs eoncunencias de temperatura, hurni"clade, ta lvez a ntindade da terra, tal– vez a qualidade decadente do vege tal, raça deg-cnernda. e incapaz de subsistir ... Ahi e·tA; com os homens é o mesmo raciocini o : ape1 3s, o g uano e o n itro qu~ no · düo é me rcurio , estricbnina, e outro · que taes .. que nos ajudam a morre r. A velha medi cina, se entend e, porque a noya, de esperada de nfLO poder occo rrer com remccl ios aos males natura es, procurou reconli ccer-llws llS causas, para as_ snppri:– mir, curando as doenças, para as evitar, ev i– tando os doentes, 11s egurandn a posse da sa.ude. Na. comparação, con hecido que a. b erv a de passarinho é um parasita., afastai-e da arvore, co1110 que radicalmente a cura.mcs,
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