O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

l !J:! ~'-"-~.,....,..~~~.,,_,.~~~~~~~-------~~ do, q ue não lhe permi ttem prescindir dos seus melhores elcmr ntos con– stitutivos. l\Iissão não menos espinhosa que a da paginação, pelos suus trans– cendentaes enca rgos, verifica -se na responsabi li dade da prntica ele es– tamJJa t· a compos ição. Sem visos de qualquer r ese~mento pessimi s– ta, bem se affit·pP[·ia ser ell a a que mais ener g ias physi cas consome. Do seu infatigavel operador , á quem algumas vezes o extenúa de– masiadamente, ella exi ge as mais inilludivei s provas ele real contpe– tencia profission a l. Devem ell as subsistir desde o principio ma is elementar ao mais complexo ela ar– te, passando pol' todas as var ia– díssimas e complicadas minud encias do mechani smo das suas machinas. A ,. ·,e oper ario, que se dá pelo appe!Jido ele impl'essor , e algurc!s, machinista, um outro titu lo merece– ria qqe exprimisse mais honrosa– mente o claro a sua qu ali dade de artista conhecedor de todas as com– p lexid ades da sua ar~e, conforme . e usa em di scipli nas congeneros: professor, most re, etc. Infcliimcntc o qualifi cntivo ty pogr apho, que deveria abr:rngc r um ..,entido restricto, dá-se- o Yagamente áq uell e que prüduz parte dos tra– balhos typographicos, muito embo– ra o sendo um humilde compositor de cheio ou simpl es marg inador de papel. ~fos a despeito do tudo isso, Jogares ha dn extrangeiro onde se tem conferido titulo honorifico a pessoas doYidamonto preparadas cm tod as as materias ela typogra– p hia; cabendo ás demais pessoas tí– t ulos correspondentes as suas habi– litaçõo,,, possuí das: compositor , im– pressor, ou margi nador quando as ap tid ões sejam medíocres . Ali ás, o traba lho ele prélo ou mi– nerrn o de outrn qualquer mach ina não pódo prescindir do nenhum dos co nh ecimentos d 'al'te . ão ell es d e inte ira nocoss idacle todas as v ezes em q u e se occnsionar q u 3Jq u er ac – cidente no acto d e impô r a compo– sição o u de adapta l-n. á impressão de côres . A lem do ma is é uma fun c– ção qu e r eq u e r d e longada pratica e s olidas conhecime ntos sobre a particu lar idade · mate ri a es da typo– gr ap hi a, esp ecialme nte machini smo , q ne somente p e lo p erpassar dos a n – nos poderão se r d escortinados com a n eces sa ria egura n çq de Yista . Is to, e ntretanto, tem proporções m ais altas a se d e frontaren, com outras ca u sas diffi ce is ge ne r a lisadas p elo de te l'Íorame n to cio mater ia l, pondo em contin goncia o cred ito do tra – balho e produzindo outros males não menos p erni ciosos. Tudo , om– firn , d ev e se r pormenorizado e at– tendido com muita soli citude d'es – piri to, principi a ndo p ela obse r Yação da d e Yida e lasticidade dos rolos: f lexíve l ou con s is tente; p e la quali– dad e das t intas : espos~a, fraca , luz fórte ou transpar ent e ; p elo r eq ui– si tos do p a pe l: massn fina ou g ro s– sa , r esistente, fraca ou oleosa ; e finalmente, t e rmin a nd o p ela den– s idade athmospher ica : b a ixa ou aita em r e lação . ás circumstan cias cios me ncionados m atcr ia~s. Tudo obedeco.Jdo á d e vida r e latividad e do Corça e do h a rmonia. In justif icavel n egli gen cia se ria perder-se d e vista e t as bases d e organização do trabalho e procurar effectual-o sem cogitar dos d ev idos meios preventivos, sequer sobre as tintas que do ,·om estar em r e lação ao paJJel, aos rolos . e ás Yariações elo cli ma. Sem es te modo intuitivo, to– dos es tes factores da irnpeessão se submc tte l'i am ás s uas t encl encias fól'ies ou fracas d o occas ião, om constante propcnção pa1·a se d ep re– ciarem mutuamente e fru sta r em a execu ção elo trnbalho. A t emp eratu– ra muito inegular , sobro modo, ora comprimilldo, ora lilatr. ndo a ca-

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