O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
O ENSINO 18!) ....,._..,._,.~""'.,..__,.~,.._,.._,.,,.,..v--.,~~~------.,...,,,~~~-------~~~---~~ que ha fe ito e ainda objec t.iva fazer, para o bem-estar de nosso n a tivo rincão, in teressado que está em ab rir , sob o arde nte es plendôr cio velho só l adusto, tantos caminhos quantos se fiz erem mister p'ra a l– ca nçar a meta e o apogeu el e seu vasto programma de govem~ . Q,ue impo rta q ue a deléteria en– xurrad a de lama de passiveis oppo– s ições systhem at icas e o::lie1ttas tente conspurca l' o brilho adamantino e semp re novo de s ua Obrn mag nifica, se esta ficará en tre nós como esses t r ad icionaes pad rões de millin a ria s g lorias, que diz em elas grandes a.:; de um país, ou do valot· de uma raça! · Qual o gove rno sem oppos ição '? Sem opposição, os govemos de ixa – riam de viver existencia propria e verdade ira - porque ou benevola , ou violenta, ell a faz-nos auferir de que quilat e ':l de que tempera é fe ito o metal dos monumentos onde s'erguem e se perpetúam os nossos g randes estad istas. E ' sab ida a enornn somma d'e– nergia despendida pela actua l admi– nistração, pal'a o equilibrio de suas parcas finanças. Pois bem, apesar de tamanho empecilho ao sur to de seus di gnos almejos, entre ob ra j á fe itas e outrns a in da por fazer, avulta a cornpan ha contra o ana l– ph abetismo. As vehementes po lemicas fe rida s através da palpitant e q uestão da r efórma do ens ino, mostram o en.– thus ias mo d a pugna e o va lor dessa importante med ida. Realment e, é imposs iYel con tinu ar num ve rda– de iro ca lws, o q~evera, h a muito, es tar sob a to ler a, mas energ ica acção do go verno. Triumph ante que se j a a santa ca usa a bençoada, ter á a Ol'i enta l- a o es pírito cul to de Paulo Ma r anhão - o ma ior jorn a li sta do norte do Brasil. E que ell a fique como in– delevel sulco de oiro nos annaes da historia de um governo q ue. afasta ndo-se dos acu leos das cl'iti – cas fe rrenh as e mesquinh as, espa– lh a um estendal d e magn ificas 1·0- sas odorantes sob r e o povo que o elege u , que o elevou á cathed ra onde, para es perança e fe licidad e n os:)a, a inda hoj e se acha, animado dos pul chrns id eaes democr aticos que são outl'Os tantos fa naes acla– rando o céu semp r e sereno de su a a ltiYa e nob r e co nsciencia. -- Outu lJro - 9 18. Mecenas Rocha. P e lo :Brasil Sem unidade não lia patria . Quatrocento. an 110s le esperança e de tortura fizel'a111 esta nação, dada á humanidade, pela continuação de infinitas acções generosas, pelo es– fo rço de um pequenino povo,-menos de dois milhões de almas, em uma estreita faixa de terra,-descobrindo, povoando, explorando, artilhando, defendendo mais de seis mil kilometros desta costa; pelo ímpeto das bandeiras e pela bondade dos apostolados, desbra– va ndo as selvas, as aguas e as almas; pelo sangue dos filhos e dos netos dos povoador es, derramando em prol do patriomon io; pelo suor e pelas lagrimas de uma raça martyr, .arrancando, do solo u1·uto, a riqueza, a felicidade e o luxo; pelo heroi mo ele successiva!< gerações, combatendo pela liberdade, pela integridade, pela justi a e pela g lo1'ia . . . E' horrível pensar- que esta esplend ida construcção de quatro sec ul os- possa er d esman – telada pela inercia, pela ignorancia, pela preguiça moral, pelo egoismo ! i\'las, não! Unamo-nos nós, os elas classe. c11lt1s; nó , os q ue temos iutrucção, pen– ame nto e consciencia. Olavo Bilac
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