O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
• 188 O K SLNú ~~~-~~--~~~-~~~~~~~---- ança passa a cons ide rar- se tarnbem alguma cousa e aclq uin~ a comc iencia el e sua di– g nid ade, o que é be11 efic io moral. Ordina– rinmen te atacamo· mu ito o amor proprio : é um erro. O nmor proprio é o 111ais pode– roso r ecurso para a cclncação, e cre io urw exaggPnu dizendo que todos os ou tro s e prendem a e ll e. Ha pouco tempo, eu ass is– tia :'t arg·u içào de geographia numa classe. ,.\ res postas e ram dadas corn certa diffi - c nldade. ~ -Nfw e:;tuda1~1l1or n h i-to ri a '? per– p;un te i ,i, professora . -A u ltima licçã.o foi. .. Eu disse na classe que, em nossos dias, seri a unrn. ver– g;o nha ig nora r-se um facto tào im)'ortante ela ltisto ri a, e todos a e,tud arnm tão bem, que sabem repetir quasi de cór a, diversas pa ·sagens da nota.ve l g uen a. A pa lav 1·as da professora foram effica – zes. r enhuma ameaça de cn ·ti~o teria ob– tido ta nto. A cri ança que obs<' r va os se ns pro,;-rP,s·os de dia para di a, e adquir iu o l1 abito de tra– balh ar ,·om me th odo e p;osto, na calma e serenidade propi cia ao r.sfo r<;o do espírito, em vez da opp ressào da se veridade irritada sem duvida algum:t s_e affeiçrw l10 mestre e' á escola. O relaxamen to da di ciplina, fa– vora vr.l á ta.gare!ice e ás traves tua,, não torn a a classe agradavel. Na realidade, o amor {b escola tem por fu ndamento o tra– l,alho proveitoso, dirig·ido por um mestre estimado e res peitado , na paz, na applica– ção, no contentamento de si mesmo. Si todo s os nos os alumn os gostassem da escola, o problema da frequencia seria mui– to faci l de resolver. Em vez de confessar: id\Ieu filh o não quer virá csc0 l:u, diriam os paes: <Q trnndo quero pre11Clel-o cm casa, foge para vir à e cola». E depois de terminar o seu curso, o ado lescente teria sempre uma alegria nova em refazer o caminho de outr'ora, para tes– temunh ar sua affeiçào ao an tigo mes tre, em cuj a sociedade sentiria apurar - se o 0 ·osto adquirido , na escola, pela vida in tell ectual. H. CHRONICAS c,v-~:::::::::::::::1.,./b~::.:::::=::::::::::::::;::::::~~ O ch roni ntn, ze lo o de que já– mais o aco imem de suspeito no elog io a homens vinculados aos aitos i n tercsscs admin istrn ti vos, tem, de sobejo, a precisa indepenclencia p'r'a verdadeiro. ana lyse dos factos que se prendam aos assumptos que despertem-lh13 a attenção curiosa, despertando a a ind a mais curi osa e ex igente n.tten ção publica. lnicianrlo estes r abiscos , traz á bail a li geiros commentarios sobre os nobres intuitos que nobremente orientam o patriotico governo ele Lauro Sodré, no illimhado horizonte de sua política benefica e humana– mente conci liadora . Uma breve chroni ca, indubita– velmente, não compórta nem a lu– minosa synthese da excelsa existen– cia fecunda desse preclaro cidadão. Sim , basta que se repita o que muitos outros, em quadras de an– tanho e de hoj e, em togares de aqui e de além-mar, tem dito das pe– regrin as virtudes cívicas e privadas do notavel republicano: sempre o caracter integro, quP- se norteia por uma infl exível linha de proceder austéro, vindo do mesmo rumo, caminhando para o mesmo fim , atraYés do agitado mar da vicia humana. Limitemo-nos, pois, a encarar o •
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