O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

• l 'ti O EN:sIKO ~-~~""'"-~~-.,..._,~~------"-~~~~'-"--__,....~-~~~ contra o seu cri t e ri o classificado r, e a lgu mas d e v;:; lo r in es tirn aYcl como a d e H e rbe rt Spe nce r. C o mte , diz-se , enxe rgava as co u– as , a tra vez d e um prisma bem di– Ye r::. o do r a l. Para o fund ado r do Pos itivismo, o objec to d e uma se i nc ia é sempre umc1 classe d e se res. Ell c fundou a sua c lass ificaçã o ~ pr0pria nature– za d e stes serestlll' H oje, a sc ie nc ia ,1ctu ..1I , tanto os cons idera e m s i. co rn o e rn s uas re· lacõc s . · O objcc to d e uma sc ic nc ia pode, d e t a l modo, constit uir- se pelos seres qu e a ex p ri e nc ia immed intarnente n os re ,·ela, concretos, d e t e rmin ados. Amor Es tes, po rem, a ana lyse no l- os di ssecc1. qua l re ixe ou compl exo d e phenome nos-As sc ienc ic1s, poi , que os es tudarem, occ upam-se dos ph e– no rn enos cm sua pl e na re,1 liL1ad e co nc re ta. Cada um dos muitos ph e nome – n s , co11\'c rge ntes na fo rmação dos seres , pode co nstituir obj ccl"o de sc icnc ia di s tincta que e co ns iJ e ra á pa rte. po r ,·ia de abstracçã o . E, sob rc.: todo os se res e phc no– menus, pairam as re la ções abstra – ctas de es paço e tempo. coex istcn – c ia e s uc ccssão, cath ego ria s sup rc..:- 111:1s do Uni ,·er~ o . Crepory Franco E~scola ~ A maior pa rte da cria nças auo l'rccern a c~cola; é tri3tc termos de confessai-o. Qnal o motivo desta indifferença, ou tal vez, a ,·ers:io ? Em prime iro lng·nr, deve– mo~ recon h ece r que a escol a niw atisfaz :ís necessi dad es da sua naturez a phys ica. O inst incto que as leva a procnr.u· rccrcaçôc :w :u livre, jogo cm que se exercitem os ruusculos, e se descnvo l\'am os org·ãos, com mo,·i mcmtos fuceis e variado : ora a escola attende pouco a ü,to. Em segundo Jogar, 11ão . e mnolda ao dc · euvolvimcnto i ntell ectual da criança: e ta, nas suas relaçõe obrigadas com os se– re e as cousas, ,,liserva, emprehende, ex– perimenta, imita, r\.J pete, i nterroga, segundo as ci cumstancias, a n ecessidade do momen– to e a p l'opria dispo içáo. B il a rnesrna in– dirn a direcção que eleve ter. As irn como os se us actos sí"LO re fl exos desconhecidos ou da phanta ia infantil, fl ua facu ldades t'Otram e m jogo espontan eamente, sem a inten· enção de uma vontacle ex te rior p11 ra diri:..: il-as. E cRte ser, avido ele movi mento, de e - piribo naturalmente vo)uye], é encenado numa classe, con, trang-iclo :í immobilidade o 110 ,i le11 cio; ohrig11 do 11 urua tarefa tvda artificial, condc11111ado a est11r om·i11clo pa• lan11s que lhe não interes nm, extranlra á ·ua l'id a co111111um e aos se us pensame11 to habitune ·; tem de conse rvnr- e attento, por forç11, e deixil r ir o es pírito 11ondc o qui- . ze rn111 lenu·, ·111 \'ez de . ntisfi1zc r no pro– prio gosto . Como si não b11 tass c rn csla quasi vio– lencias, de d cedo a crian<:a é ameaçada com a esco la; e Na escola, obeciicncia cega, iuíio . .. cu idado! .. . » O mestre é u111 ver– dadeiro papi10; pouco lhe importa a am izad dos cus alu rnnos, faz questão de se r te– mido. Durante muito tempo se cntendc11 que, para ·ubjug11r a criança a occupaçôcs tüo contrarias á sua natureza e aos seu,; desejos, ó h avia um meio: o constra 11g-i- 111ento sob a sua forma ma is brutal, a p,il– matoria cou1 toclos os se us Hcces· orio, , o cas ti go de fi car em pé, <ll· j o !Ir o , ·0111 os braços abertos, etc. E ' po si1·el te r amo r 111, mestrn f' á e·• co la nesta s condições'? Tambern, nfto se fa. 1. ia questão d 'isso; pen ava-se como o im– perador tcutonico: ,Podem odiar-111e. com– tonto que me· ten 1am !»

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0