O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

O ENSrnO l r, m os . e nquadral-as e se ri ..11-as, o gen ia l pbil oso pho propõe o celeb re princ ipi o : As scien cias se d eve lll c lassifi– car na ordem da comp l exidàdc O'escen tc e da ge ,zera lidade e s im– pli c ida d e d ecr escente. D e fa c to, as div e r sas sc ie11cú1s , no d e lata rem as re: lações ge raes que co nca te nam e tra vam a multidão in– d e finida de pb e n o m e nos d as va ri ,1s provincins e m qu e o co nhec ime nto hum a n o se: fo i a os poucos d es taca ndo e di ffcr e nci ,rndo , pat nt e ia m urn a hi– crarchi a d e Je is que se e nvo lvem mu– tuam e nte, das mais geraes e mciis simp le s [ ara.is mais comp le xa s e es– p ec iaes . A n ;lture za se n o s a nto lha d es te modo, qual syst e m a h a rm o ni oso, na unidade do todo, na multipli c id ade d as partes. Soh es t e pri°n c ipio . as sc ie n c i,7!:> runda m c nta es se descl ohram , 11 cl se– g uint e o rd·e m: i'-L1the 1na ti Gl . As tronorn i,1. Physica. C hi mi ca . Biolog ia . oc io log ia . ,1 d .1 urna destas é m a is s imples, mais ge ral , m a is íaci l, mais ont iga que as que se Jhe seguir m , das qua es é inde pe ndente; e m a is espe– c ial, mais complexa, mais dirticil, m a is n ova que as precedentes e das quaes d e pe nd e . Comt e colloca cm prime iro lug,ir a matb e m..itica. c uj as ve rd ades sao, :10 m esmo t e mpo, m a is geraes, sim– pl es e inte iramen t e iodepend e nt s l,1s o utra s . Esta se subd ivide, em - SL" il' ncia do s 1u111w ros, q u e é a s ua pa rte mais a b s trn c t a e contem a Ari– thme ti ca e a A lgebrn; a .ff i r 1tcia do cspaç:o, o u Geometria; e scfr 1zcia do 111ov imc11to , ou ~l ccnnica rnci– ona l. ( V em logo após a ..\stron omia, isto é, o es tu do ela s leis da g r,wi – tação, que, pe la simpli cidade e ge– nera lidade, não suppõ m se não as da i\fathe111a ti ca . Está em te rceiro lu ga r ,1 Physi – ca qu e estuda as fo rças da notureza: e, segui damente, a Cb imi ca qu e se occupa dos co rpos parti culares; a Bi.1J log i..1, estuda '1,.o ri pe n,1s as trans– fo rnrnções de e~~ co r pos chimi– cos comp lexos ( ? ) Como fec ho do sob rbo edifi cio sc ienti fic o, Comte asse nta a Soci o lo– g ia, nova sc ic ncia, po r e lle fund ada para estuda r 8S relações dos ho mens em soc iedad e. E' de lamenta r que o gen ial pen – sador hou vesse om itticl o a Psvcolo– g ia, pela não cons ide rar sc"i e ncia propria , cli stin cta e auto noma . R e – legou-a para um ca pitulo sec unda– ri o da Bi olog ia so b a e pigraphe ele« sc ie nce el es fonction s ce rebra– les ,> . Fa !ta a iiás cl esculpave l, em v ista do pou co desenvolvime nto qu e esta hav ia log rado, como sciencia positi\·a, expe rime ntal. O qu e neste sen tido ex istia , com o titul o pomposo ele Psyco logia Rn– c io nal , era mai s uma abe rraçãc m e– ta physi ca, resquí cio imperti ·nente de urn a· philosophi a mo rta, que esq ue– cera aos gra ndes innovado rc do se– cu lo XV llI. Mai para ensura é o pret nd e r ri scn r a Logica do co ncerto gera l das sc ie ncias. Nem se i como exc ulpaJ-o, por olvida r que, sob re DS relações ge – racs de quant idade, pa iram os supre– mos princípios que regem a intel – li genc in humana, base e fundame nto de todo o sr1her posi ti vo. * l)r:) H uito se tem cscripto , muito se ha de esc rever sob re ,1 obra monu– rncnhll de Augusto Comte Cri ti cas scvrrns se têm lev,rntHdo •

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