O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

O hNSINO Hymno Nacional rasileiro Eu que ad111 i1·0 mui to a Ingla– terra e a invejo , ás vezes, po1: suas instituições libera es, pela nobrAza e originali dade de sua raça. por ter produzido Shakespeare e outro s grandes talentos na sciencia e na litteratura , ao ouvir o hymno sym– bolico de minha Patria , os meus nervos então reagem tomados de subito enthusiasmo, e sinto um or– gulho immenso por ter nascido de– baixo deste céo tranc1uiJlo em 'llle Deus del'rarnou o seu olhar mais 1'eful gente, emL alada pela viração doJ,=mte, pela mu s ica soberba e solu– çante deste mar, sob a influencia deste clima exhuberan te, prod ig ioso, ao calor deste sol que brilha e sor– ri como um dom perennal do Cre– ador. O nosso Hymno é uma verda– de ira festa para a alm a, um verda– de iro sentimento para o coração. Embebeu-se na luz , vngueou pe– lo Infinito , tomou do mar a concen– tração de força, a magestade, inter– rogou os ventos, as fraguas , as montanhas, desceu aos abysmos ca– vernosos , ascendeu ás nuvens alta– neiras , gravou-se em arabescos de fogo n as paginas ele nossa His toria! Oh, que harmonias tã.o poderosas! Quo accordes de bronze cheios do volatas de crystal ! E' o hymno ma is sublim e do mundo inteiro , porque é fe ito de todas as cousas idéaes o puras que pairam cm nosso ambien– te: os raios de nosso sol sempre ru– tilante, o azul limpiJo de nosso céo, as bellezas de nossos campos e de ll0S$aS florestas . a f rti li dade de nosso ola . o m§murio el e nossa· fontes crystalin , aroma in ebri– ante e subtil ele no as flor es, o ly– ri smo ele nossos poetas, o poder crc– ndor ele 1101-sos escriptorns, o h eroi s– mo de nossos patrícios. Hymno sacrosanto de minha Patria, qua11do os teus sons arrebatadores vibram no espaço, doura-nos olsemblan– te _a luz r ~splandecente d , uma al<>– gna heroi ca , aflora-nos os labioe; um sorriso vespera l de kn·mu·a indi– zivel , e as no ssas alm as se ·erguein , os nossos cerebros como que se avo– lumam, os nossos corações se re:ves– tem de todo o heroísmo; e sentimo– n?s capazes do quebrar os g rilhões ,:is da Injustiça, da Malclade, alijai· da vida o Oclio, a Vingançs, a Treva; e erguer em cada a lma um templo luminoso todo fe ito de Amor ri o Justiça P. ele Dondade. Dit·-, e-i a que os filho s elas outras nações, ao ouvirem o nosso Hymno sentem-se como que abalados inve– josos de nossa g lori a e ele nossa grandeza , dom in ados pela convic– ção ele que o nosso Brasil tornal'– se-á um dia o prime iro de entJ·e os mais grand iosos paizes. Brasil eiros, amae , adm irae esiw bell o Hymno , - « Lnnçae n'n za dos ventos. Gritos, rcYoluções, ideas, pcnsnmcntos Como um bando irnrnortnl de grnndes ag nius bl'a n,•as,; V6s sóis, no fim ele turlo, ns ríjns alnYancas, Que bilo d e crg ne,· l'AI o globo no Dl\"CI do icleol ! ADELIA LACERDA O ENSINO é encontrado á venda nas livrarias Alfacinha, Martins e Pari\ lntellectunl e agencia Normal. O numero avulso custa $500 e o atra1ado. 1S000 •

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