O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez
• O ENSINO tographi a, out r 'ora diffi cilima e im– per fe ita mi ssão some n te da li tho– graphi a . Co rntuclo , as Ol'g a ni z;:i ções a nti– gas, s e bem q u e atr avessando con– sid e r a v e is e r as , n em p or isso deixa– r am a s u a c leganc ia primi tiva, em– bo r a se defront a ndo o p e r ioclo fr an– ce z , o epitaphio, a cota marg ina l, o t ri àn g ulo h espa~1 1 ou f6 rma ar- ch a ica , e ta nta , t r as de grnncl e import an cia p a a composição, es- pecia lme nte pelas s uas supe l"i or es qu a li dad es a ssunilativas . A q u es tão dos titulas não se en– con t r a tan to n a f6 rm a , como n a escolh a ut car acteres com que se tenha d e r ganiza l-os segund o os seu s corp s , luzes e dezenhos os ma is conv n ientes ; ou n a 15l'ecisão de limita l-os, sem empreh 1:mder mi– l agrosa t arefa, n a q u a l tivesse por fi m de termin a r o nume r o, a quali – dade ou a in te ns idade d e sensações q u e um ind ividuo q u a lq u er po.desso sen tir doan te d e um facto ou obj e– cto impression a n te; e apezar de h a– ve r q uem possa asse r ta r obedecerem os t itulos á corpos de lettr :is igua l– mente ao da comp os ição de tex to, o á luz es e d ezen hos os ma is suaves, haver á n isso en treta n to a predomi– nar a id éa, a pratica, o conheci men to, o g os to e a in te lligencia, os ma is cri – te riosos. · Assumpto aind a ma is trn nscen~ dental, inques tionave lmen te, é o que está r elacionado á con fecção de cha– pas. E' a parte ma is complexa o mais in tegran te da arte , o horison– te, a liás, ma is vas to , onde se devem descortinar as fórtes impressões d 'a l– ma, das b ell as insp irações do amôr, d a intelli g encia, da r igidez do ca ra– cte r e da soberani a da vontade. Condições outras, não h ave ri a para se e levarem mais q ue as mo– raes e esp ir ituae8, por mais robus– tas e bona nçosas ella s possam p ar e– ce r . Por isso, est'arte exige um cons– ta nte d errama mento de aptidões e do energ ias que a cond uz am sempre do gráo perfe ito para o mais perfeito, do util e do agraclavel para o maL u til e o mais agra cl avel. e ass im suc– cessivamen te. Nes·se auge, as idéas e aa fórmas a se embaterem e se transformarem n 'outr a<s idéas ou fó rmas mais ca– rac terísticas, quer sej a encarando– se o simples ca r tão de v isita ou o mais custoso trabalh o el e luxo, tan– to quan to o ori g in a l imp resso ou mn– nuscripto soffrendo as mais conve– nientP.S adap tações que não desres – p eitem a inv iolavel essencia do seu fun do, quaesquer que sejam as 1110- d ificaçõ,➔s ou idéas poRtas em praticn, tendem, entretan to , a se exercer li– vrementfl sobre a coll ocação ou o conjun to dos ti tul os, quando tenh am a dar-lh es novos moldes ou 11ovos caracteres para s uscitar maio"r r e – levo ou elegancia. Simpl es illusão, no en ta nto, seri a desej ar- se r efrear a p rodigalidade ou fi xa r a sobri eda cl e.d as luz es, de– zenhos e tamanbos do ma teri al p ar a dete rmi nado.;:; trabalhos, ou r epr o– va r a acção pacionte que se devo– ri a ter par a melhora r o r ealce de qualquer p arte d a composição, pe la comparação ou substitui ção des ta ou cl'aquell a quali dad e de lettra ou p eça de ornamen to. Mu itas vezes, é por es ta pratica que se tem conseguido mui tos fe li – zes res ul tados, mas sem se de ve i· conceb er que, par a o fim p roposto, ell a não sej a ma is do que um p re– cioso auxi li ar da efficien te coll abo– ração das fórmas especialmen te ar – chi tect&das pelos processos p r aticos, theo ri cos, e pela ma ior ou menor densidad e de d iscip lin a mora l , in – te llectual e materi a l ; e sem os qu a cf" omprehend imento notavel a lg um da– r ia en trada no mages toso cer tamon das concepções, que não perdesse a sua capital importancia, ou resva– lasse para o tumulo do esqueci men– to .
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