O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

- , O ENSINO 103 das palavras, dando-se · preferencia, em collisões difficuiltosas, menospre– zar o que ha estipulado em relação aos dissyllabos. ás abreviaturas e á collocação de syllabas no princi– ·pi_o e no final da linha; aliás, pre– fe rencia esta menos importante do que defeituar o espacej amento. Ainda quanto ao modo pelo qual se deve executar a divisão das pa– lavras. ha a considerai-o segundo as fórmas etymologica e syllabica por– que se deve fazel-o, as quaes, ape– zar de bastante acceitaveis, existem preterencias de applicação quando se tenha de attender a uniformi– dade da composição ou praxes es – tabelecidas previamente. Nesse empenho , seria um tanto desairoso dividir-se qualque r pala– v_ra, i::em saber-se da fórma prefe– rida ou consultar do dever de uni– formisação , mesmo sem contar com a~ eventu~Iidades que tal discrepan– cia poderia aca_rretar. Muit0 impor– t.ante , sem duv~da, será não se ig no– t?r _ou confund1l-as , para não cons– t1tmr faltas ou havel-as no dividir . das palavras p ela fórrna e tymolo– gica , co!no estas: in-spe-ctor ou d cs– a-c~·e-di-tar, quando pelo modo syl– lab1co o deveria fazer: ,i n s-per,-ior ou de-sa-m·c-di -ta1·, etc. . S~ bem guo não seja extranho o md1fferentismo com que são em– P~'e~adas estas duas maneiras d e di– ~1d1r _a s palavras, pois como pratica J am~1s se d e verá concluir ser uma medid a sensata, tendo-se deanta d ella a methoctiz a r não somente a s ua d evida contextura ortho o-ra– phi ca como a diYi s ibilidade em toda a extenção do traLalho. Dentt·o d es te mesmo circulo ele obse1~vações : islumbram -se al g u– ma s 1rregular1dad os em va rios si– g naes empregados n a composição. Não deve r á ser infenso a com– n:~um applicação des te ou daque ll e s 1g nal n a composição com o p ropo- sito de significar a mesma idéa. quando em cada signal usado ha a distinguir uma acção ou uma fórma de idéas , segundo os seus n:~spectivos característicos e a neces– sidade para a qual foram creados. A aspa , por exemplo, signal cuja creação teve por espe.cial fim des– tacar trechos transcriptos, ou di~– t.inguir palavras ou pensamentos doutrem, as su1.s funcções jamais se deveriam con1\mdir com as do dobrado apostrophe, no r eâlçamen– to de títulos ou outr, qualquer pa– lavra. Do mesmo modo o parenthe– sis, caracterisado pela sua missão superior d6 encerrar as palavras ou phrases portadoras de idéas se– cundarias, não se inte1·viria nas at – tribuições do colchete, o qual, ape– zar de lhe facultarem qualidades analogas, todavia é mais distincta– mente empregado em al g umas fór– mas de opE:rações arithmeticas e em composição de versos ou ue diccio– narios, separando, no fim da linha parte da me sma ou o final de qual– quer pel"iodo . Acha-se em identicas condições o quadratim de risca, muito embora cabendo-lhe ser o signal de subtrac– ção ou lhe possa advir outros en– cargos na repeti ção de palavras, qu ando collocaclo por ba ixo das mesmas fazendo as vezes de aspa, virgula e apostroph e dobrado , ne– cessita da sua di stincção no alto mister de des tacar palavra , phrase ou período da composição. Tambem não será de uolde a não haver increpações justas, pela razão de se encontrar estes e mui– tos outros signaes em funcções dif– ferentes das qne por direito lhes competirem, supprindo falta s ou de– sempenhando qualquer serviço r e– clamado pela esthetica do trabalho , pois que, se dever á r eprovar, so– mente, não ser á a acção que elles exercem, mas o modo indistincto por que a representam.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0