O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez
• O 8XSIXO banleio systenrntico ás cidades aber– tas ao ultrage ela propria Yirginda– dc.- ao correr, pressurosas, aon– de quer que se levantasse um ge– mido ele dôr. Então, deante do ca– tre dos hospitaes e das ambulancias de guerra, punham no amargôr elos soffrirnentos elos soldados feridos a doçura desse mél de humana bon– dade que escorria, (!Uai cloirndo fio rle luz celiflua, da ro,rna commis:;u– ra de seus !'.lbios entreabertos em sorriso. Sim, a :\Iulhcr faz jús ás nos– sas homenagens. precisamente quan– do reentra nas doçuras languiclas da Yida domestica, após os tumul– tuarios dias de lucta sangrenta. ap6s os ingentes esforços que dei– la S" <>xigiu: Qu? essas homenagens fiqt: ·:11 aqm registadas com a tran– scripção de alg11mas velhas e esque– cidas paginas escriptas pelo cluo– nista: - ... quantos homens, irnbuidos de preconceitos retrogados, não sup– pôem, no cliie1· de George Sand. < que a mulher é um animal domes– tico, proprio para manter o arran– jo do interior da casa. dár ordem ao jantar e servir a mesa ·,: Xo emtanto, da mulher do secu lo XX. possuidora de uma nlma verdadei– ramente fort". Sully Prudhommc. o dc•lieado aurtor das Vans Tanuras, diz: A mulher fatalmente se dedi– rará :'is scif'nrias exactas. expcri– mentaes, sri ·iaes o politicaH; dispu– tará com o:; estudantes as banradas da:-; p..;rola~ dr direito P de mcdiri– na. os diploma:-. e (·a1Teiras, de quc1 dias artualrncntc• tf•rn o pt'<'Yile<rio. '.\Iuila:-: dentre ella!:i tf•m dado 1~rn– ,·ns dP que a mulher nossue fa<'ul– dndPs intl'lleC't11nc·s pai-a e;-;sas cal'- 1·t·ir:1:,; (' profissC1es. Elias Ht' ado– pt·11·a1n 111ais e mais a l's:-;<• 110,·o !.!'t'IH'l'O de Yidn, o eo11(·01TL•1·uo por si mesmas. para SP l'X1in~uir•pm c•n1110 inutPis para :i ronqui..,1a dl; 11111 m:irido, as diffl'l'PIH;a:; c•st·llw- lccidas pela natu1·esa entrn os cara– cteres estheticos dos dois sexos . Eloquf'ntemente, apta a todos os misteres, brilham em qualquer es– phera ct·acti,·idacle e dos empreen– dimentos humanos. Xo mundo sci– entifico. mme. Curie é insig:10 col– laboradora do esposo na applicação do radiwn; na estatual'ia, para dis tingui1· apenas uma conterranea il– lustre, ,Julieta França debasta o pe– daço impe1·feito do marmot\3 em uruto, torna-o perfeito, animado de um corpo extrnnho, de uma Yida tão mysteriosa quão pl'ofuncla, pondo ante os nossos olhos deslumbrados o pel'fil de um capro ou do um deus pagão; Duse. Adelina Patti, Sarah Bernharuct, Rejane e Suzan<> De– prés, n'arte clramatica, onde quer que a sua yoz se erga ao lado dos modernos Carusos, fazem JUS aos unanimes applausos ela critica uni– Yer::;al, parta ella embora d~ argu– to e infloxi,·cl Sarce; na poesia o na pro::,;a litteraria, citando patrícias nossns, Julia Lopes ele Almeida, Au– ta de Souza, Anrnlia BeYilacqua e Fran('isca ,Julia da Sih·a appare– cem cheias do inspiração soberana; Loio Fuller, n ol'iginal ereadora ela dança serpcntinn, envolve-se nur~1 phantastico ambiente de luz 0111111- culor, pondo 11a grar,a do ('01'J)O que revoluteia <'Ili ehoreias vertiginosas, estonteantes, o:;se poema de sedur– ções indefini veis que brilha nos ges– to:-;. n'olhar, no ri .-;o das mulheres artistas; Ru1 h Saint J)pnis, nos bai– lados mp;ticos dos hrahma11cs, t•v<Í– ea a deusa Hadha. roh0rta elas ma– g11ifit·(111C;ias orien1ac'3; Anna Pavlo– wa rf'nH.•mora. ntra\'(,s da chOn'· graphia, os antigos frisos f{l'Cgos do Parthenon, as Y<'lhas n1t1tudc•s romana!> do tunpo d<' Vonatello, as dan(,'ns sagradas da:-; <°iI?s phara6- 11i('as, os tradi<'ionaPS hailados nu-;– sos; <'llHfttanto, nas pugnas la•ilico– sas. surg(•-nos A1111i1a Oaril>aldi qul'. d<'pois d(• a1r:iv<•:-;:-:ar pampas
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