O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez

• O EKSIXO das as suas varias modalidades. O:,; vestigios dessas continuas mudan– ças 0ncontl'am-se bem impressos em todos os factos. Os ultimos aconte– cimentos bellicos que tão rndemente contrariaram o genio <:la humani– <iade, que tortural'am im111ens:::i1Po11- te consciencias esclarecidas e que ainda prendem a attenção do mun– do inteiro com as suas sequencias fal'tamente urdidas de problemas melind1·osos, hão de, po1· longo tem– po, fazer actuar sobre todas as faces da Yidn, as suas forças transfor– madoras. AtraYessamos eff ec ti" ame n te uma epoca singular, um momento de transição profunda. Portanto guie– mos, sem vacillações, todos os nos- sos actos aclmini.strati,·os sou os legítimos influxos do vatriotismo, pel'cebendo bem que em tudo o que se passa pl'esen temente 11 o uni ,·e1·– so ha o sulco dum aviso, a grnve linguagem dum conselho bom. que nos revela a con veniencia de or,ra- . ~ rnzarrnos com methodo, dentl'o de princípios humanos e positi,·os, a vida e o trabalho <las classes labo– riosas, tornando-as mais effiC'ientes e mai::; suaYes, afim <le passarmos com valor mais elevado ao novo e;:;– tadio de civilisação qu0 já C'ome<;a a opernr no planeta. Belem, 1919. SIMPLICIO TORRES n 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 l • I -• 1 1 1 1 1 1 1 .. 11 Assume propor<;ões amigas c!R um axioma. a necessidade <le ron– gregar em torno de um mesmo ide– al, todas as mr.nife::ita~õcs mais pu– rns do clese1wolvimonto artístico de nosso meio. Libertada de egoi:,;mos pessoaes, emancipadas de pret01H;ões isolada:,;, Iine de preC'onceitos ata,·icos, a no,·a geração pnraen::;e tem sobre os hombros o edifício grnndioso de um Ye1·dadeirn renascer artistico. llPnascer que traduz u111a tl'Uns– formação (•spiritual d<' saluhe1Timos 0ffeitos, encandil:rndo as sem;ihili – clades, na proveitosa campanha pe– lo lwm, pelo IJello, pelo civismo. pelo amor e pela n•nlacle. Centelha divina, isochronismo perft>ilo entre a particulai·isa<la intel– ligc•ncin e aquolla <'Ollectiva. a A1·– lP concatena todo o p,·olui1· de uma '-Otiedade. Ao depararmos as ohras gloriu- sas dos mestres da escultura gre– ga, vêm-nos ao pensamento toda a somma da ,·asta civilisação helleni– ca que produzio Socnltos, que pro– duzia a Antigone e foi a patria do grande Solon. Arte, Arte pura, ,\rte austenii– al, vivendo por si, 110 cgoismo <lt' sua propria transcendeneia, sem tem– po para reflectir as t1gruras terre– nas , tremeluzindo a golpes meta– physicos de absoluto, canleando con– vicções de humildade e poqu0nez. ante a soberba manifestação cren– dor:1 do ,\rtista dos artistas, 0is a arte Pm si, que agonia,·a Pntd'hon em hesita<:ào pp1•e11ne anto a rela– ti rn perfeição. Façamo:,; A 1-te, .\.rt0 pum, .\l'tP propriamente dita! Por ella, firmaremos a <'arncteri:-: – tica perfeita de nossa nacionalida– de: - C'Olll SPU auxilio, trnremo,, ;í. luz, do 1·eeondito da alma, 110:-::-:a:-:

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