O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez

• G3 ·~-~~,-..,.~~~-~ ~ --..-,._~"---~............... ~ EM f ACE DE UM PROBLEMA Dentro do brc>,·es dias serão po~– tos em execução os progrnm•11as cto e11sino primaria, ultimamente orga– uizados. Não ternos memoria de haYcr as– sistido, em assumptos desta natu– tureza, como agora, a identica lar– gueza de Yistas, presidindo ú e1abo– ração daquE:lles trabalhos. Fez-se· cousa noYa, dctC'rminan– do-se noYos moldes. Entregou-se a organização do serviço aos professorns primarios; aliás, no caso, esta idéa inspi1·ou os altos intuitos do Govprno que quiz commetter a tarefa áquelles que jus– tamente nella seriam partos inte– grantes. ' Completas as theses. discutidas amplainente e publicadas depois, foi cm seguida solicitada a opinião dos competentes em materia de en– sino, para manifestarem suas idéas a rPspeito. Não ficou até ahi, entretanto. o tacto administratiYo: commissões c>speciaes foram designadas. rom– postas de elementos elo professo– rado primario e do sc>cmHlario, afim de, em conjuncto. dar·em parc>cer sobre os programmas elaborados, h<'m assim sohrC' as opiniõC's rece– bidas. O facto (, digno de applauRos, merece mesmo pala,·ras durantes de louvor. ~ão occultamos o jubilo quP sentimos em YC'l', dessc> t>nte11- dimPnto, sahi1· pre::-tigiada a 1wrso– nalidado do m(>stre C'Scola: desap– par,•cC'ram rc>ccios, n alegria do tra– balho predominou om todos O!:-: animos, a lihcrdadP tio a<',âo ,·a ractc•rizou-s(• por um prbma, no,- tempos a<'tuac>s, inteiramente origi– nal. O pensamento que nos impelliu, todaYia, ao alinhavado destas phra– ses, não foi moYido exclusiYamente com o intuito de 1·eferirmo-nos ú ma– neira da confecção dos programmas, e sim sobre o modo ele cumpril-os. . Si a nossa palaYra, despreten– ciosa e sem Yalor. fosse es<'utada polos distinctos collegas, dir-lhes– iamos, como a nós proprio segr(>– dámos: Não bastam programmas, não de– vemos considerai-os obra perfeita. Co11Yem que, meditando-os, lendo– os detidamente, ponhamol-os em pratica. fazendo notas, reparos, á margem; porquanto, em futuras re– YiSÕC'S ( dispositiYO importantíssimo esse lançado nas leis basicas do eu– sino ), poderemos nôs todos levar um pouco da nossa ol>sc1·,·a,ii.o ao e5tu– do do Conselho Superior. O profossor conscien tc> elos seus lalJores vale um programma, como sequencia natural do bom methodo de ensinar. ~las, exactamento poris– so, é de stricta olJrigatoriedade, por ser um pl'incipio <.lo inteira comprc– hensão de deveres, termos os pro– grammas na escola como hussola ol'iPntadora ctos nossos passos. . P~·atiquemol-os. pois: ela expe– r10nc1a nascC'm os conhecimentos rea0s <las cousas; ~uie1110-nos por cllc>s , para <'0nsc·iC'nt<'nwnto dC'SC'm– pcnharmos as ::intuas rC'spon~ahili– cl:ulcs que no::- eabom no exercicio das fuiwt:õ(•s do mngistorio. SVLVIO NASCIMENTO

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0