O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez
• , ' • , . • • • r ~~~ 1t,, CHRONICAS 'J. ;~ ·:> (...1 l l 1 , iuc:m ainüa 11ãu sc:11tiu o tt·a\'o de u~na <'ritica injusta, aniquiladora de tnntas csperan<;as moças e tão cscripto;-; l', c;omtudo, nunca aelio~ o 1;u11lio de porfoii;ão que l11€•s qut· · l ('u,· de zera imprimir. Pois w111. ' ., l\Iuupassant punha ::-oh julgam<~nt? de Flauuert - 110 <:aso. o '.\lostrP ex– ercia o critcrio de um exre\lontl' critico--alguns d<> seus hoje celcbi·e_s contos. Flaubert <'ortanl-OH aqu i. augmentava-os aeolú. doixando-~s cheios de intcn•oo·a<·Oes e entrell– nhm;, e delles ape~a~ H}H'OYf'itnndo, mói· parte da~ yezes, unu~ 1:hra~_e mais hella. uma ou outra HlNl 011 · gina l. Podia cond0mnal-os, absolu– tamentl'. :i'\ão os condemna\"a. p 0 • n~m, cPrto de• <ili<' o discípulo. uiso– nho ainda, seria um dia o mC'strc que então foi . hc:1\(,s sonhos ju\'enis ·~ . Dessa critica, diz Cal'los ~Ia– ll1Piros Dias: ~ ~ão a lêio. ;,;ão me intcrcs:-;a. lteconhe<;o melhor do que ella os meus defeitos. 'Xão ac;redito • na sua sinccrictu<lc, quall(lo me ug– "l'ide, nem lhe agradeço a sua bc– ~eYolcmcia, quando me lisongeia. Procuro, eada ,·ez , fazer melhor. Demais. a eritica ,·iyc do csc:riptor. :,:,em a nos>:ia olJra, não existil'ia o <·ritico. l'ara a malar. has1a,·a <LUC n rom ·~ 1cista. o poeta, o drnmaturgo dcixa:,:,em dt· cst·re,·er. ,\ critica ,·i,·e do tt·alrnlho alheio. Tenho rn– lJt·e ella as wcsmas opiniücs de Bal– :--ae. ~unca lhe deYi nada de hom . ;:'\11 emtanto. ponc\o de lado cs,;a nol,re e alti,·a opinião. pensamos quP o V<!t·da<l«'i1·0 1•1·iti<·o do\'e <·on– <lc-mna1· as myriaclP:-1 ele im1n·dci1.;ü,,s ,,ul· n1ltúam dl'tltre o e11xa111e das obras im1>erfeitns; sP11<lo. po1·1~m, gc·ntil cm dizor in<lelkudesas-uma tl<:licio.-,a i1·011ia <le nosta11<1 na lJOC· <·a d(• Cyrano <l<• B<•rgP.rae,-- quando <ll•-;cubra nalguma <k aciuellaR obras a ,·agu p:;p01·an1:a <111 uma promei;sn [utura, para que nüo pen•t.;a em bo– tiío tanta-; int<"lligeneias Pm flór, 1,oi;-; ni'í.o í· cl,t • :u a todo:-- na:-;cc 1· ,,·c– nio c·omo Yic•t,n· 1 í11go, tal<•11tu c·o~10 :\laupasf.a11t. ~im. o ,·m·<lacloirn cri– ti<-1) º"''" oxl'n:1•r :13 l'u11<·1:fH•~ d<· ,·er<.lad<'i1:o m,·slre. dando Sl~mpt·" l'.011s e:-;t1m~1lo. ._ au:-- H<•ophyto.; da l1fp1•atura. l•, a pl'opo~ih1: l•lnul11•i·t 110' 1equi11to dP 111•1·ki1:ii.o d(• :-lia~ olirns, soff1·ia 1ortnra,-. ,·niei;-; . Era um 1•:xig!'11te 110 ln11·iln1· cln-; ~eu~ Qual o critico possuiudo. c•_nti·I-' nús, a alma julgn.dora, <10 u111 I•1a~– bert ·~ üla,·o Hilac Sim. Ola\'O I,i– lac -- quantos aiuda hoje ig11orn 1~ 1 Nisa b<•lla fei<;:io d<' s<·ll bc•llo e:;p•~ rito. nas SUf\H \'Ollfcl'üll('ÍUS ü na:-– suas clt1·011i<"n.s, aqu<'llas publi<:ach:-1 L!m lino. estas (lisporsas pch~;-; •·e: Yistas P pPlos jornac!'>, possu1_u. ~i:-- 1>rcdic;1.dos de um porl'Pilo enlH_~ - 80 UC'aso a ironia esfuzila \':l do di,i– mantc de sua pP111w ele oiro, da co111missu1·a <l<' 1,0us lauios e11t 1: 1 ;u– h0l'tos <:m sorriso, do suaYe ln·il 10 de seus olhos c\P myope, es:-ia mes– ma ironia l'l'fl. mais a doirada sceu– telhn °dC! Ulll alto 1':--piritO uell_('\'O IO, que ú:--c·ua <lUI' qu<'i111aHS<' _lu 11 dt bi,.tul'i qu<> r:u,gassp fo~·t~'.. aqtH·, 1 .: a qu0111 Pntão "1le s<' dll'lJIS:-l('. ~t. po . 'llH' ci'<'Oll <'Ili redor de sua 111_– dividu:tlidaclt• litcral'in u111:1 aul'l·ol.i ,!(, :,!lol'ia <· sy111pathia qw• ~L•ll11' 1' 1 ' o a1•0111panhc,u 11a ,·idn. . • ( Pl'tv, c•:--S1• ~l':tllol(• p0t•l:l, ::plll·
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0