O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez
VIDA.NOVA ~---~ ()(J ::::::::::::---~~ Vida NoYa costumamos a cha– mar. quando, justamente no trans– correr da nossa infancia a enfren– tamos, transformando, quasi sempr2, !odos _os nossos fagueiros plnnos 1nfant1.s. fllll novas esperanças ... Quando, tão descuidados o at– ti-ahidos por tudo aquillo c1uo de nada nos serve, - a Ociosidade. -– guiados pelas mãos d'aquelles co– n_heçedores do :\Ial e das conse4uo11- c1as por si causadas - -cheo·amos em fl'ente a uma das ,~mplaf <'stradas que temos a percorrer. e abando– nando múos hal>itos, encontramos o balsamo renovador dos bons sen– timento;:;, que 110s dú força e cora– gem para agir resolutamente co11- tra as tentativas do nlal, e alJraçar co1~1 effusão. o anjo consolador. o an10 da Felicidade,- o Dmn.- E assim f pois, que S<' nos apre– senta a J)l'in:eira \'ida X ova ... A se– gm_ida, a tC'1·ccirn, a quarta e as dc– ma1s, encontral-as-emos d<' caria vez que nos achamos juntos dr outros horizontes ... - -Eu que. ú falta d<. 1 rflcursos para obter armas com que pode;:;se me def_e11der das tréYas da vil Ig– nornncia, e receber tamlJem o calor uado pelo sol vivificante da Instru– cção, fui amparado - o-ra\'as {i Pro– videncia e a gener~sidad~• do exm." s1·. dr. Governador do Estado. o ltual attendendo :í solicitai:ão f<'ita P?lo meu pt·otcctor, cm meu faYor. dignou-se a dar-mo entrada na Es– cola Profissional <lo Estado do Parú. - o Institutô Lauro Sodr0, - Senti– me um outro homem: jú mati·il'u– lado, comecei a haurÍl' pl'azenteira- • mente, a aragem embaloU<:;ando os lindos ramos da Sabedoria. ~ollc encontrei os carinhos dos dircctores, affectos dos professores, mestres, inspedores e demais su– periores, consideração, estima dos meus bons collegas e amigos. Nelle encontrei a an-ore do Tra– balho. a fonte do Saber e da Yir– tucle ! E, nara saboroso;:; fructo,- colher ( di"O ê.·om 01·<rulho ( 1 de cahe,a ('l'– gui:la '.) meus...., l)l·ac:os e::;tendi á_ a~·– vore da Sciencia, e tudo apron'1te1 ! Ila porem nm senti1nento que me pi">e em sobresalto. E o qm' oc– casiona a amea<;:a feita pelo futuro, a mim e a muitos dos que Yivem da mesma profissão que alJrncei. Desfructei o meu officio; {> el!e o meu mai;:; seguro bordão no la– butar desta vicia tão escal:ro::;a; mas, na t>poca actuai, é quasi que com– pletamente falso o passo qu<' devo dar. quanto mais no futuro. Pobrr officio ! A Linotype te su– bf-ititui11do, 01wia-te ao repouso per– petuo. :\Ieus cm·os eollegas de offieio - O typographo, para o futuro e, hoje mesmo j;'t é, pelo linot_vpista. arremessado, sem piC'dade, ao des– dcm, ao abandono completo, como as cousas toscas, c1ue não Wm pre<;:o. Por isso eu gosarei irnmenso, quando. o bC'nPrnerito Oov<'rnador do Estado, certific:rndo-sc da ll<'Cl.'s- ~ sidade inadia,·el quo tem o perario de hojP do conhecinwnto pratico e tlworieo da engrnhosa machina, in– troduzir nn typogl'aphia da fü;eola Profi~6ional do Estudo do Parú , • •
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