O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez

O l:n~ino ~,.-> ~--- _,_ ....,..._.,.,...,, . ...,.._...__.....,_...,..____,.__,...__,,..,_~~~ Formol ................. 5 gr. Essencia de menthe ..... 2 gr. Essencia de badiana .... 2 gr. Alcool a 90° .......... 150 gr. Este liquido perfumado é do emprego muito agradaYel e acal– mará, graças ::io formol que contem, a inflamação da mucosa buccal, dan– do um grande alliYio ao doente. E' inteiramentE: inclispensavel fazer a limpeza da bocca e a sua lavagem com agua de Vichy ou agua bicarbonatada , toda a vez que o do– ente tiver tornado qualquc>r alimen . to ou tisanas assucaradas. Insisti– remos na necessidade de que essas lavagens bicarbonatadas sejam re– petidas e realisadas minuciosamen– tE: cif,pois de cada absorp,ão de leite. l\Iuitas vezes, quando o doente está febril e fraco, tem uma corta inclifferença em praticar a hygiene da bocca. E' nesse momento que ~ preciso insistir e ajudai-o, tanto quanto se possa, afim de que se não dê negligencia al g uma em todos os detalhes que comportam esses cuidados. Em resumo, o mau estado da bocca, mais frequrnte do que se pensa, ameaça constantemente o individuo são e torna-se, em caso de doença, a fonte das mais graves e inesperadas complicações, até nos indivíduos muito pouco attingidos, seja pela grippe ou por qualquer outra infec,ão. E' racional. pois. concluir que , socialmente , a hygiene diaria da bocca tem uma importancia capital no cl uplo ponto ele vista da conser– vação cios dentes e do bom estado da sa1íde. Julio Muniz. f'irurg-iU o-de utista d<> In ~titu to Lauro Sodré ôRACOLô MôDERNô ____________________ .,....._.._ Diz-nos a Historia que na mais remota antiguidade, quando os ho– mens tinham necrssidaue de esta– bC'lccer os principias de governo, instituiram os "Ürnculos", cujas sen– ten,as serviam ele fonte de doutrina -um Jogar c0mmum. - para onde convergiam todas as aspirações <: de onde partia a ordem fatídica. a (]Uai, envolta <:m mystel'iosos arca– llOS. impunhn •SC' aof': rspiritos mais prlo trnor do qur pela convicc::ão da verdade e da ju'3tiça. Tal era n'outros tempos a maneira de uni – ficar o prnsamento, a solidariedade de id0ns, a lei ,1ue todos deviam obe– dccrr , sem sciencia nem conscicncia. O oraeulo era o orgão de um po- der invisível, que, enunciando-se com o dom da presciencia, tinha a presumpção de nunca rl'l'ar , e, para não falhar as suas prophecias , usa– Ya ele uma linguagem obscura , que as Syl>illas e Pythonizas interpre– tavam cm sentido claro e sentido occulto, para conformai-a forçada– mente com a natural successão dos factos. Hoje, felizmente. gra<:ns ao pro– g1•f'~so elas idades, P ií. cmancipa<:i'ío da razão humana. todos têm o di – reito de examinar a pala \Ta de or– df'm. venha ella d 'onde vier. D' ahi nasce a discussão franca e á luz do dia: os pensamentos encontram-se, as opiniões chocam-sr . <' a hoa ideia,

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