O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez

J apparecimento destes apparelhos, elassificados machina-fenamentas, .crearnm para as artes metallurgicas uma phase inteiramente noYa, pelo Yasto desdobramento das suas ap– plicações e pelo esplendor da per– feição que lhes imprimiram. Do con– juncto dessas machinas as mais usadas são as abaixo mencionadas: Calandra, martello-pilão, engenho de furar, torno mecanico. plaina rneranica, saca -bocados. thesoura meca1_1ica, machina de tarrachar, mach111a de c1·avar, machina ele fré– zar. machina do rebarbar, machina do soldar, prensa. etc. Ellas rPce– hcm o movimento prnduzido pelos motores, por intermeclio ele trans– missões apropriadas que lhes accio– nam os orgãos (lue recebem as ferramentas ou as pe<;as que têm de ser trabalhadas. Em Yarios ap– parclhos o material a 1·cceue1· córte fica immoye], firmemente atracado por parafusos cm peças especiaes; <'111 ºl: tro_s são as ferramentas q uc se mantem 11~1m0Yeis durante o tempo cm que cffectuam um córte ou serie de c_órtes dum vasso. desc0nclo depois com o apparelho porta-fer– ramenta, automaticamente ou á ac– <:ão do ope!·ario, a profundidade de 1:1111 a dois millimetros, para pro– duzir no,·o córtc. No trabalho dos 1ornos mecanir,os são ambos ani– mados de moYimentos. Os carros ou os pri!1ci pa_<'s orgãos accionaclos ctas machmas-fcnamcntas. deslocam-se al~~r11atiYanwnte sobro planos re– ctilmcos. curvos, circularPs ou cm torno do sou proprio eixo trans– mittindo ás faces ou ao inte1'ior da poça cm preparo, essas mesmas for– mas, ái:; vezes modiCicadas cm parte segundo a direC('.ãO do opcrario . O metal de ond0 hn dP s:1.hi1· a obra. quasi s0mpro f trn(,'ndo . Esse sc>rvic:o (' feito por um profissional • o Ensino :m1 competente, o serralheiro traçador, nas grandes off~cinas e. 1~as peque– nas, pelo proprio operano á quem 0 confiado a sua execução. Nas officinas de serralharia me– canica, hoje denominadas, officinas ele construcções o reparações meca– nicas. cujas peças de ordinario ex– igem fórmas rigorosas. dimen(,'ões precisas. foi subdiYidido o serviço ele varios misteres, estabelecendo-se esp0cialidades para as phasos dif– forentes da execucilo ciuma pe(,'a ou para dc:terminados genero::; elo arti– gos. E' uma co11v0ni0ntc medida porque eleva a eapacidado de pro– ducc;ão <lo operario, garantindo ain– da a perfoic;ão dn trabalho e a sua requisitada segur::rnça. Os apparc ll1 os e machinismos. fabricados ou installaclos. que des– envoh·0m potencias cl0\·aclas são submclti<los a urn:1 pro\·a cil> 1·e::;is– te11cia sup0rior ú cxigicln p0l0 lra– ballio de r<'ginwn, sob a direc<;ilo duma comrnissão 1L'Chnica do au– toridades ela cidaclo ou do porto. Achando-se esta especie de acti– viclade i1wariavelmente sujeita ás leis e rngras da nwcanica, requer dos operarios que n<'lla se empre– gam o conh8cim0nto das materias . seguintes: Língua portugueza . nrithnwtica, geometria plana, desenho geral e industrial, algehrn 0l0mcntar, geo– nwtria descriptiva elenwntar, phy– sica e chimiC'a ekrnontar. Sem as noções 0sp0ciaes destas sei011cins a aprendizagem é muito mais clifficil e o opcrario a::;sim fri– to não attinn-c.i a faeilidacle e o des– embaraço p~oprios dum profissio– nal complt>to e• perfPito n0sso ramo do tra bulho. BrlP111, 1ü1!1. Simplicio Torres f • j o melhor meio de eng,·andecerem-se as collectivida(/es: e11g,,a11decer-se o individuo , •

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