O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez

:m2 o Ensino A PsycI;olo~ia En tr e d etermin ad as scic>n cias, <·omo entre certas c rea tura s, ha uma approximação a ccen tuacla a qu e . neste ultimo caso, ch amamos pare n– tesco. E ' as::; im que p od e n1 O:,; COJ~– siderar irmãs gemem;, a P ed a~og1a f' a Psycholog ia. Aber tos o::; nossos olhos d e pro• l'essores pela pra ti ca . p elas _!·eali– <lades da vid a , temos occas1ao d e ava li ar q u a 11 to a uxili o no::; püd o pr<:_~· tar o coHh ce imento da constn wc: ao psychica dos nossos a lumnos. ~a r cfa tanto mais d if[i cil qu a n to mHis nos appro , · ,11 amos da in do lf> in fa ntil. ainda l'1 11 bryona ri a. E' l)ectac",·o<ricamente c1 uc> d eve- ,... o mos instrui r e psyc il olog iea 111 c 11t o que devemos ed ucar. A pratica, a inda que muito cur ta , tem•nH' le>vado a crer q u e o melho r meio de obtc1· uma IJôa d i:,;cip lin a ,•:,;colar. t'· Lu1çarmos mão dos nos– :-;os conhecimentos µsydw log ico::::. Nada mais difficil de ~ntcnd er do que uma alma, mystcrio pro– fundo, abysmo insonda vel, p rin ci– palmente em se tratando não de a l• mas formadas e sim de a lmas em embryão. Para termos idéa do q u e (, t1111 a alma, leiamos Yi<!tor H ugo: - A a lma <-. o caJi (l ,; das chiméras. das ambições e das tentativas, o cadi - 11ho dos sonhos, o antl'O das id<;as vergonhosas; e~ o panclcmou io dos :-.ophismas, ,; o campo d<• L,ata lh a das paixõe:-;. Pench'ac atraYéz da fac;o livida dum ser humano o olhar por traz - 1'1" A. ESCOLA.- d olla, olhafl nes::;a alma , olhae uessa obscuridad e. II_a all_i , sob a s uperfície límpid a do s il enc10 exteri or . c;omba tes d e g iga ntes como em Hom e ro , bri g a s el e dragões e J e hy<lrn s . nu ven s e phant~s (n as ~orno em ::\lilton . espi– raes Y1 s1ona 1·1as como em Dante . , Poi s bem, leitores, nós, os mes– tr0s, temos 0111 nossas mãos os cro r– me ns d as fu ~ura ::; gc l'a(,'ões que pas– sri m pelo 1·ec111to esco la r ; d e futuras mães . de futuro s cid adão;:; , cujas a lmas acau aes <l e ouYi1· d esc riptas numa tempestad e de palaYras r eacs s ublimes . ' Entre colleg iacs . ha , cm mmia– tura , espíritos g randi osos pela bon– d ad e, ve rd a d eirnmcmtc ang-elicaes. mas ta ml>cm h a r a rncte1·os es tra, ra- ,, t . h uos. corrup os muit a YC' Z poi- h e r c - cl ita ri cd ad e . E esses espi1·i tos - hl o<·os d o ma1·– morn Lruto - nos são c utreguos para qu e• os façá mos um i\Ioys(•s, de l'IIi– /!UCl Angclo , ou uma Ye nu s d e Jlilo. Nós, os mos tres, somos os alchi · mi s tas mode rti ?s, a ud azes . pe rs ci·u • ta clor0::;. qu<' n ao dormem, não d es– can çam. A r esponsauilidat~P 0 grn ndo pe– ra nte a nossa JH'opna conscie ncia. Como tudo is to (> clifCi cil ! As c·1·ca nças, c· m ha nd o, são como irrequi e tas uo1·l,o l«'tas _qu e adf'_ja m dt • r amo em r amo, d e flúr em flúr d 0::;cu idosas , pueri::-. . . ' Os olho~ el e seus, •s piritos pe r– manecem amda 11 a o bse ur·id a cle ela ignoran cia.

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