O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez

1 1 .l 1 I 1 • ~ ~_.,.,__,,__.,~~~'-"-_,,__.,~~~'-"-~~~~~-~,-..,,._,,.. .. ,.. para lhes diYisar os profundos e te– nebrosos recessos, os desfiladeiros tortuosos, as urzes, as lianas capri– chosas de matta impenetraYel ! Oh! felizes aquelles a quem a ex11erie11cia não ensinou que o pt·esente é egual ao passado, e que o futuro é como o presente. Sim. A vida ó a mesma. Foi assim hontem. E' assim hoje. Sel– o-ú assim amanhã !.. - E vimos sempre surgindo das 1·uinas da derrocada tremond'l de castellos formida11dos ... dessas paragens a;mes. dessas 1·egi– ões chimorieas que l>useamos sem– pre, e de onde ,·oltamos sempre com a alma Jfüiis desilludida e o col'ai:ão mais vasio. Só ha, portanto, uma felicidade: a renuncia absoluta de todo desejo, de qualquer aspirnç-~o, trnnquilliclade deliciosa, a pai bem– elita do quo nada mais c?.'IJJcrrt, nada mais clcseju . .. , A osperarn,a foi a cousa melhor <tue os cleusos uos deixaram ,.. -Não µoeta. E ha nada mais torturanto, <lo que a esperança·~ Tu, formo:-;a esperan<:a. tu, riue symbolisas! - Du– vida. tortura, ancia, angustia, mi– ragem fugidia, clarão transitorio de uma alegria c1uo se osvac ... fogo fatuo quP tlcsappnrecc. no vago, no indefinido de um .;;u,;piro ... Pass::u: rndiante com. o teu cortejo de sonho:--, esparzindo luz na penumbra do ca– minho que trilhas. E pensag que a todos póc.les illu<lil', que todos des– conhecem o rendilhado de tuas tra– mas, que ninguf'm yf• 4ue essas flo– res immal'cessiveis que ci11r1cs ao collo e com que pretendes coroa•· as frontes Yirginaes, essas centelha:,; gloriosas com que vaes illuminar a:,; almas dos poetas, as almas dos qm• Cl'~em, são as mesmns que Y<'m atre!– ladas ao teu carl'o, fanadas, apaga– das entre os estertores <lo;:; ideaes agonisantes entre o ptí e a cinza tla1- illusões mortaes, dos sonhos acaua– dos ... E's, pois, symbolo intangin•I e eterno de eterno engano ... Vem o Amw Bum, Yao-se o An– no Yelho que se despede a repetir sempre, qual toada plangente, a cer– tos que tiveram a ingenuidade> de> crf•r C1 esperar: '4Mol ~ valoru :l tu,t almu vi~iounria Silonciosu e triste ter pu .-~~ucio n1riu, Por ('Utn• t' 11n1111lo ho:-1tll e u t11rl 1 a t~em \·er umn ~1i flt.r ,.l.i ;-; mi1 t\llC u111:1-.t•• Com otlio, rnivu, e dor. que tC"l' tioril11tdn, O ~ h•mho14 hl c nt• .t qU<' t,·1 11m1h ullh 0 '. 1 Adelia ha~erda O maior bem que se póde prodlgalisar á infancia desprotegida da fortuna é conceder-lhe os meios necessarios á sua educaçào1 as "Cai– xas Escolares" do Estado, que visam tão altruistico fim, BJ>pellam para os corn<;>ões gene1•osos da ter1•a paraense, solicitando-lhes. neste senti– do, a coopern<;>ão efficaz dos seus esforços.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0