O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez
r O EJSINO ~ ~- .... ---- ...,...__ , __ ...._..........,._,....., ---~ ~ dos ami gos e dos es tranh_? :- Não se devem esquecer os be~e l1c1_os goza-– dos, mas, ao contrario . se dev em re tri buir na medida das fo rças c1 cada um . Da verdade.-Aqui in sistirá parti– cu larment e, ob rigando o alumno a folar sempre a ve rd ade, faze nd o-lhe vê r como a mentira r ebaixa e des– bonra, aca rre ta ndo prejuizos e ve(·– g-onhas . Nun ca, sobre tu do, me ntir em prejuizo de outrem . Da /ustiça .-Pa ra rn cutir o sen ti– me nto. e o amô r da ju stiça , não bas– t a rão as preleções , élÍnda ,is ma is bellas: é necessario qu e o profes sor seja um exempl o viv_o, qu e r na aul~, ciu e r fóra, como part icula r. El le ev i– tará qu e o s seus alum nos façam mau ju ízo uns dos o utro s. ant_es os leva– rá a r eco nhece r os me rec im e nt os de cada qua l, es timulando-os com o ..1diantamen to ci os seus co lleo-a s, sem lhes de ixar medrar a menor ponta ele inveja. O proíe~so r, com a c~ n– sura qu e ti ve r de laze r J o r uma in– justiça, falará firm e e sereno , cens u– rando sem !1 umilh ar 1 aconselh ando sem fer ir. ])a modera cão . - Ensinará qu e não se deve prati ca r acto alg um v iol e nto , sa lvo em extrema neces– s idade; ne m dizer co isa alg unrn sem re f"l ec tir, prevenindo futuro s dissa. hores. Outros im , q ue nada se deve fazer cm dema sia: o qu e é clem8is é vene00, diz o pro verb io. Ser pru– dente é da m8xima co nvcn ie ncia : nosbr inqueclos, qu e devem se r in e n– t.os de per igos; nas discu ões, não se procurand o nun ca impôr 8S op i– niõe pro p ri a,s e res peitando as nlh e ias. E' decoroso e sensa t o niio ::i ttrnhir nun ca sobre i mesmo , na rua, as v ista dos trans euntes. Do trab,il/10.-0 trahnlho é urn a das comli cões ela vida . In sistirá o professo r 'na nece:is idade de semp~·e se empregc1r o tempo em co1 as ute 1s, mostrando se r ell e um c.1rita l que , uma vez perdid o, nunca ma is se re– cupera. Da persever ança. - O trabalho sem pe rseverança é pouc? o u nacl ": remun erador : quanto mais a rd ua ' a tarefa , ma is productiva. Não per– se vera r é não alca ncar soffren j o a inda pelo es forç o despe ndido. O Jes– an im o é propri o dos fracos e ele · incompete ntes· ao alumno cumpr> se r per severante nos seus e tu lcs pa ra ob ter bons fru ctos do mesmo . Da economia .-0 professor nã o conse ntirá qu e os seus alumnos e: – t ragu em ou des pe rdi cem _o p8pel , ,\ pen na , os cadernos, os JI\ r os e de – mais obj ec tos nece ssn ri os ao estudo. Mos tr.:ir-lhes -á que n economi a é a base da pros pe:·idade, emquant o :1 p rodiga li dade é a precursora da mi· se ria. Si a 8Vareza é um triste defei – t o, a prodigal idade não o é menos. quando não seja a m.inifestação de desequilibrio mental. Poupar quando ha, é ev itar a penuria íuturn. O in – dividuo economico firma a sua in– d epend e ncia e livra-se de humi– lh ações pela sua sã ?rev idencia. Do habito.-0 h8bito é urna ~c– g unc.la natureza, diz o prove rbio: ~ n ecessa rio, port an t o , adquirir o: bons e ev ita r os mau ~. Evitar os maus, tugindo á más compa nhi as e ouvi nd o ,1s observações de quem es teja, po r sua idade e expc ri encw da v ida em condicõcs c.l e dn l- ,1::-. Antes só do que ma't acompanhado -adverte a sabedoria geral. Do brio e da dig11idadc . --0 brio é o sentime nto da di gn idade propria. A di g nid,1 du é o modo de proceder qu e impô~ o individuo .. w r espeito dos se us_ irnillrnntes. O in– dividuo dign o e brioso sabe cumprir os cus deveres. O hri o e a digni– dade li gam-se a todos os actos d.1 viela, ai11Lla ao menin os. O alum nn digno e brio. o estud a, cumpre ri– goro amente os eus J \·eres e pro– cura e levar-se peh1 correcção de, eu~ actos.
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