O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez
O EKSINO 1:2;, Educação e saneamento Uma preoccupação , domina ex– clusivamente o paiz. · D4 cogitação dos medicos e hyg ienistas passou a loga1· commum dos jornalistas em falta de assumpto, aos conferencis– ta s á cata d e applausos. E' a "do· <'nça <lo Brasil" .\ principio isto era uma rnara– vilha, o proprio Paraíso terrestre. ,\ nossa certidão àe baptismo, a ~arta de Pero Vaz Caminha, ó hym no d o lou,·or , o primeirn ela serie 111- infindaYois outros á g randeza da terra. Depois viera,n os aventu– l'f'iros, os ,iajantes, os sab io., os exploradores, todos atinados nomes– mo tom . O que h aY ia por extrahir 1• ex portai· lá se foi. nestes quatro Heeulos: o que ficou, co nstruido e productivo do lado de cá , não foi muito. Fornm Yindo as decepções. Os politicos queriam que os males fossem dos outros políticos o o Paiz andou para uns <' 011t1·os , quando 11ão pos:miam o poder, á beira do abysmo. Os europeus nos manda– rnm dizer que o clima seria o res– ponsavel, porque só o clima da Eu – t·opa <' capaz ele civi liz nçfio ... Bu– ddo foi mais preciso: t•r:1111 os a li– s';los do Atlantico, carregados do hu– midade, Yasados na encosta dos .\nd<>8, a causa de tudo: a t<>na farta do riquezas, a uature7a pro– diga do seiva, flora e fauna exubo– rante:-;, não deixavam Jogar para o honwm ... Entreta11to,o homem vin– gara n vinto o tanto milhões delleR <lesmenlilllll a fantasia tonta do phi– losopho. ~Ias a gente Pra má, ou quasi ii>so, para o estadista. Uom effeito .Tamr,.; Bryc<> passeou por aqui o seu olhar severo e, ao cal.>o, cotejando Brasil e brasileiro,.;, per– g unta , com lelicada incerteza : se– rá mesmo este povo digno da ter. ra que habita ? Está-se ouvindo a r espos ta secreta, que o imperialis– mo germanico deu sem rebuços– era preciso s ubstituir por homens capazes essAs detentores. indignos ele um immenso pr.trimonio, que mal– baratam. Foi então, e não poclo11- clo affirmar, ú evidencia, a nossa s uperiorid ade, que procur amo:; uma excusa , se não para nos consolar – mos n e ll a, f-10 menos, aos mais pa– triotas, para corrigida, nos affir– mannos depois del la. O clima é in – corri gí vel , a gente não se póde s ubstituir ; h a, porém, a doença, que, depois de climatica, depois de tro– pical, passou a ser evitavel, o que ó meio caminho de ser evitada . .. Sempre foi essa minha convic– ção, e a poclcr q uo posso, não só venho defondondo clima o gentes do Bras il , como propalando em vin– te annos de escriptos ( mais de me– L::idc ele professorado) que os nos– sos males JJOdcm e devem ser e\'itaclos, porqu<' são evitaveis. Com effeito, tudo depõe disso. ~falaria. fehrc amarella, ancylosto – mose, dysenteria, tuuerculosc>, ava– ria, feridaR bravas, cobrar; vf'neno– ic:as ... ludo G de cau ·a conhecida<' rlebellada, sc> e;ombati<la . Só falta trabalho. Por toda a parte uo paiz a mesma avol'iguução vem f-Cndo feita . No Rio. em Bolem, em l\la– náos , no Espirito Santo, Oswnldo Crn7. e seus discipulos extel'mina– ram a fehr{' amarrlla . Ame1·icnnos.
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