O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. jan-dez
o O E~~IKO ~ -.,..___..._~.._--~~~-,~------w-~ 7 Por tal meio consegue-se detel'– minar o numero, ó bem Yerdade; mas não é possivel cliscernil-o, isto t\ conhecer a 01·dem de sua collo - ·{'ação na serie numerica. Sô se consegue isto pelo p1·ocesso :,;ystematico, que consiste justamente cm cliscel'nir todos os 1w111eros da sel'ic natural, desde 11m a/11 o que -~e busca. Então, para sabcl' contar, é bas– ta,1te conhecel' todos os numcros e J-iauer passal' de riualquer delles ao quo se lhe segue immecliatamente, 1wlo accrescimo de uma unidade. Para bem patentear a diffcrença e11trc os dous processos de contar, ,·amos exemplificar da seguinte for– ma: supponhamos que um homem absolutamente inculto possúa um 1•usto de laranjas. Este pobre diabo, não conhecendo a operação al'ith– mctica de contar, só pode determi– nai: o numero do suas laran_jas po1· nH't0 espontaneo-e de que forma rudimentar !-retirando as fructas, uma a uma, do cêsto. e fazendo. concom ita1~ temeu te, successh·os ris– cos d_e lap1s cm papel ou madeira. ..\o f_1111, tem elle, com effeito, de– ter111111_:'ldo ,º n~1mcro que procura; n~:-~~ nao no d1sce1·nc. e só pode Yc– nl irai-o PlH qualquer instantP, por um trabalho ogualmen1e pPnoso. dep:ndendo, alem disto, da C'Ot1$Pl'– \'açao ele todos os risC'os. . O pro~csso systematieo, este a– bn_a a<lm1rav~lmente a opcrn,ão. pois stl ª pi·atica consiste. p1·eciirn– mc_nte , em consid.cra1· um a um os obJe_etos a contar, enunciando con– com1tantemente os different('s nu– mel'0S da serio natural ( um, dous. t1•pr-, Pte) consoantP a lei dP t'l'(•sci- ~..,,.,_ mento gradual que rege a formação dos numeros, e esC'1·ever ou guar– dar na memoria o numero cujo enun– cio do acompanhar a consideração do ultimo objecto. Como exposto se infere, pl'Ocesso systematico dimanam simplificações notaYeis e que consistem. principal– mc11tP, em prescindir-se rta repeti– <,:ão de signaes e discerni1·-se o 11u– mero determinado, por meio de uma reprcsent::u;ão e uma enunci:-H;ã<• inC'onfundi,·cis. .\ opernr;ão in \"Prsa da de co11- tar-ou seja desfontar -- Yisa deter– minar o numero que resulta de SP · parar-se dentro uma dada e0llec<:ão de unidades. consideradas uma a uma, succéssi,·amenre: e como a– quella, podo realizar-se pelo pi·o– cesso espontaneo e pelo systematico. Pelo primeiro, o numHo dado sendo reprosentado 1,or um acen-o de signaes, a operac:ão consiste em cancellar ou inuliliz:ir, um a um, su– ccessiYamente:>, tantos desses signars quantas as unidades de que consta a collecção; o numero pro,·nrado scrú .o dos signae::; 1·esta11tes. Pelo p.roces:,;o systernatico, o nu– mero dado estando pel'feitament<· definiclo, a operação eonsistc cm dis– cel'nir , enuneiando. todos OR nunw– ros que sP lhe seguirrm 11a ordC'm decrescente. até eonsidt>t',H'-SP a ul– tima unidade da C'Ollee,ão . O ulti– mo numero considerado 0 o resul – tado da operação. Em summa , para estar-:-;e em condiçõe::; de realizar systematica– mente as opera,ües dcscriptas, (, mister e (• suffieiente conhecp1•-se a 11 UmCl'UÇÜO. Josu~ Frcir1: Senhores, que possuis alem do que exigem as vossas commodidades, beneficiae, com os vossos sobejos, as "CRixas Esco,~. es".
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